por Aprigio Vilanova*
Por que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa renunciou o cargo de ministro do STF? Barbosa ainda tinha seis meses como presidente do Supremo e mais 11 anos como integrante da mais alta Corte da justiça brasileira.
Muitas são as análises dos bastidores da política. Não há dúvidas que é uma decisão que envolve interesses poderosos, mas quais são esses interesses, de onde vem e o que desejam? São perguntas que precisam ser respondidas.
O Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi o primeiro a receber a visita de Barbosa comunicando a decisão de deixar o Supremo, também foi o responsável por anunciar à imprensa a decisão. Joaquim Barbosa visitou também o presidente da Câmara, Eduardo Alves (PMDB-RN), e a presidente Dilma Roussef (PT).
Na visita a Dilma, pediu que a presidente mantivesse reserva sobre o conteúdo da conversa que tiveram. Barbosa teve uma conversa particular com Dilma e até um dos dois revelar, o que fica é especulação. O fato é que se tem muito a revelar.
A justificativa do “livre arbítrio” dada por Barbosa ou mesmo a das dores na coluna levantada por jornalistas, ou até mesmo as supostas ameaças sofridas não explicam a decisão de sair do Supremo. O anuncio feito foi a decisão de sair, não há um discurso explicando os motivos que o levaram a tomar tal decisão.
Barbosa declarou que a viagem de férias que fez a França e a Inglaterra foi crucial na decisão da aposentadoria. É aí que o caldo engrossa, como no momento tudo não passa de rumores e rumor não é notícia, ninguém afirma nada.
Esses rumores dão conta desde a articulação de um golpe de estado com a extrema direita, frustrada pela inteligência brasileira; até a compor chapa na candidatura de Lula à presidência em 2018. Muita coisa virá à tona, o prazo é a Copa do Mundo.
*é estudante de Jornalismo da Universidade federal de Ouro Preto – MG