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E se Alagoas confirmar que é um Estado de otários?
   23 de maio de 2014   │     18:22  │  4

Brasília – A presidente Dilma disse ao Lula que a candidata é ela e o Lula disse aos empedernidos do PT, que não gostam da Dilma, que é besteira pelejar para fazê-la desistir.

Mas, os empedernidos do PT não vão desistir assim facilmente; eles engoliram a Dilma atravessada e não vão digeri-la.

Oriunda do trabalhismo brizolista e com um currículo muito mais rico que os petistas que lhe fazem oposição, Dilma ouviu calada o coro de volta Lula na convenção do PT em São Paulo.

Ouviu calada, mas mão digeriu; quem a conhece sabe do seu temperamento – que não é de hoje.

Eu mesmo não esqueço do primeiro e único contato direto que mantive com ela, na condição de jornalista. Foi em Salvador durante um seminário sobre energia, promovido pela Petrobras, e ela era conferencista e eu repórter da GAZETA DE ALAGOAS.

A Dilma, então secretária de Energia do Rio Grande do Sul no governo do PDT, ainda que  pedindo desculpas disse-me que Alagoas era “um Estado de otários.”

A definição deveu-se à informação que lhe passei sobre a potencialidade energética alagoana, que produz 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia e não tem sequer uma termelétrica; não usufrui dessa riqueza – quem se beneficia do gás alagoano é a Bahia, Sergipe e Pernambuco.

Embora alagoano, eu não tinha como discordar da então secretária de Energia do Rio Grande do Sul; sem dúvida nenhuma, tudo o que existe em Alagoas que funciona e até o que não funciona mais porque destruíram se deve ao governador Luiz de Souza Cavalcante, mais conhecido como “major Luiz”.

É muito tempo para esperar alguém que viesse dar continuidade ao slogan do “major Luiz”, que era: “Surge uma nova Alagoas”,  slogan este que foi adotado quando eu tinha 10 anos de idade e isto já faz muito tempo.

E ainda assim não apareceu ninguém; tudo continua na derrocada e o que tem garantido a sobrevivência da economia alagoana não depende de ações do governo e sim da natureza – que é o turismo aquático.

E mesmo esse corre risco; se não fosse o governador Fernando Collor não haveria hoje o passeio das nove ilhas, por exemplo. Foi o Collor que trouxe do Rio de Janeiro a draga “Ster”, a mesma usada para os cariocas e turistas se deleitarem com o Aterro do Flamengo.

Mas voltando ao Lula e a Dilma, nessa disputa surda pela hegemonia da candidatura, seria oportuno que se aproveitasse o “cavalo selado”  para pleitear a reparação ao “Estado de otários” ao qual a Dilma se referiu.

Isto porque a disputa eleitoral pela vaga no Senado se reveste da mesma peculiaridade do pleito de 2010, com a diferença de que na eleição este ano é apenas para uma vaga e é importante para Alagoas que o Estado não perca uma voz em Brasília.

Senão, Alagoas vai confirmar a sentença da Dilma acerca da produção de gás natural da qual de quase nada se beneficia – ou seja, um Estado de otários.

A lição de Renan lembra o episódio com o Noaldo Dantas
   22 de maio de 2014   │     19:18  │  2

Brasília – Ao assumir a presidência do Senado eleito com uma votação que revelou o apoio maciço da Casa, o senador Renan Calheiros colocou em prática as medidas que muitos achavam necessárias e urgentes, e poucos acreditavam que fosse adotá-las.

São medidas necessárias, sem dúvida, mas antipáticas quando o costume é tergiversar ou contemporizar. E Renan mostrou que seria diferente nessa nova passagem pela presidência da Casa.

Primeiro, ou seja, antes mesmo da eleição que o levou novamente à presidência, o senador Renan enfrentou os adversários ocultos na própria base aliada do governo, e aí se inclui o próprio PT, que tentou usar até mesmo a presidente Dilma contra a sua candidatura.

Deu-se até o episódio interessante com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que é senador licenciado. Cumprindo uma tarefa desse setor do PT, Dilma chamou Lobão e sugeriu que ele voltasse ao Senado e se candidatasse à presidência e ouviu de Lobão o que não esperava ouvir.

Lobão disse à Dilma:

Eu volto (para o Senado). Mas para votar no Renan pra presidente.

A presidente então lavou as mãos e a ala do PT ouriçada quedou-se; a volta do senador Renan à presidência da Casa era inevitável para esses que lhe faziam oposição camuflada porque sabiam que muita coisa iria mudar no Senado e de fato mudou.

E o que mais tem doido nessas mudanças tem causa no fim dos desperdícios, das sinecuras e nos super-salários cujo teto é o infinito – ainda que a Constituição Federal estabeleça o limite.

Para colocar em prática as suas propostas, o presidente do Senado cercou-se de assessores da sua confiança e nas questões mais polêmicas, como o corte dos supersalários, ele mesmo tratou de cuidar para respaldar juridicamente as ações que seriam adotadas visando o fim das regalias indevidas.

Antes de dar a ordem para acabar com os abusos dos super-salários, o senador Renan teve o cuidado de conversar com o ministro Marco Aurélio Mello para discutir o procedimento cabível para manter as suas medidas de austeridades e ouviu do ministro do Supremo Tribunal Federal que a liminar favorável aos servidores atingidos pelas medidas apenas cumpria um rito.

Ou seja: o ministro do Supremo queria ouvir as alegações dos envolvidos ou atingidos pelas medidas adotadas por Renan.

Atendidas essas exigências, o ministro Marco Aurélio Mello se deu por satisfeito e disse isso ao senador Renan – que chegou a anunciar no plenário o resultado da conversa para preparar os espíritos sobre os cortes dos super-salários.

O senador Renan esperava que o diretor-geral do Senado, Helder Medeiros, que é seu amigo há mais de dez anos, seguisse à risca a sua determinação de não mais pagar os super-salários e se surpreendeu quando os jornalistas o abordaram para perguntar se tinha mudado de ideia, ou seja, se havia autorizado o pagamento dos super-salários.

Surpreso e intrigado com a desobediência a sua ordem, o senador Renan não teve outra escolha senão demiti-lo.

Isto me lembra a história que o saudoso jornalista Noaldo Dantas contava sobre a demissão dele do cargo de diretor do jornal União, da Paraíba, e que pertence ao Estado.

Foi assim:

Em pleno governo militar e na sucessão do general Medice, o jornal deu a seguinte manchete: “ General Orlando Geisel é escolhido presidente da República”.

Não foi o general Orlando, mas o irmão dele, Ernesto Geisel, o escolhido. E se não bastasse a barrigada, para a Paraíba tinha outra implicação porque o general Ernesto Geisel tinha sido interventor na Paraíba quando ainda era tenente.

O governador Ernane Sátiro era amicíssimo do Noaldo Dantas, mas não pode segurá-lo no cargo de diretor do jornal. O Noaldo contava que o governador o chamou e disse-lhe:

Para uma notícia dessas de repercussão nacional, só outra notícia de repercussão nacional. Infelizmente, Noaldo, você está demitido.

E foi assim que o  Noaldo Dantas se mudou para Alagoas, para sorte de Alagoas, que ganhou uma excelente figura humana e um profissional competente – o fundador de jornais.

Um alagoano será o grande campeão nesta Copa do Mundo
   21 de maio de 2014   │     15:14  │  6

Brasília – Se é verdade o que está circulando pelas redes socais na Internet acerca de uma declaração do Zagalo contrária à copa do mundo de futebol no Brasil, das duas uma: o Zagalo virou Olodum, ou seja, pirou de vez.

Ou então, o Zagalo está cuspindo no prato que comeu – o que é covardia.

Optei por acreditar que as declarações não são do Zagalo e que tudo não passa de montagem cibernética. É melhor assim, ainda que considere o Zagalo apenas dotado de muita sorte não posso deixar de reconhecer a sua importância na copa de 1958 e 62.

Digo muita sorte porque em 1958 os convocados para a posição foram o Canhoteiro, do São Paulo, e o Pepe, do Santos, mas o Canhoteiro tomou o maior pileque e foi cortado da seleção. Aí convocaram o Zagalo, que era um porta-esquerda que jogava recuado sendo o precursor do esquema 4-3-3.

Repito: prefiro não acreditar que o Zagalo tenha dito o que está circulando pela Internet como sendo declarações suas contra a realização da copa do mundo.

E, para a alegria do bairrismo que me aflora neste momento, temos que outro alagoano nos enche de orgulho neste momento. Refiro-me ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, a quem a copa do mundo no Brasil muito deve.

Nascido em Viçosa, o ministro Aldo Rebelo é um alagoano que orgulha a terra principalmente por ser a prova viva de que não se deve generalizar quando se fala da classe político. Filiado ao PC do B não renegou as suas origens e se mantem inatacável seja no Executivo ou no Legislativo.

O ministro Aldo Rebelo foi para o sacrifício, se expôs e continua na frente de batalha abdicando inclusive da reeleição liquida e certa para a Câmara Federal só para atender a uma solicitação da presidente Dilma – que lhe pediu para ficar até o fim do jogo, ou seja, preparar a copa do mundo de futebol e as olimpíadas em 2016.

E o ministro vem tocando a tarefa com competência.

Pelo menos um alagoano escreveu seu nome na história desses dois eventos internacionais. É interessante como nos eventos da copa do mundo em que o Brasil foi campeão tinha lá a participação e a contribuição de alagoanos.

No título de campeão do mundo em 1958 tinha dois alagoanos no time: Dida e Zagalo; na copa do mundo de 1962 tinha um alagoano no time: Zagalo; e na conquista de 1970 tinha lá um alagoano: Zagalo.

E na copa de 2014 tem um alagoano que, antes do primeiro pontapé na primeira partida, já escreveu o seu nome nos anais da história desse evento futebolístico: o ministro Aldo Rebelo, que já é campeão.

Traficantes desempregados no Uruguai se mudam para o Brasil
   20 de maio de 2014   │     19:53  │  1

Brasília – Não, não, não mil vezes não! Essa notícia era a última que faltava e agora não falta mais: os traficantes desempregados no Uruguai estão migrando para o Brasil.

Abafem o caso porque está causando a maior agonia nas autoridades brasileira, que não sabem mais o que fazer porque os caras tem dinheiro e quem dinheiro tem pode ser  papa.

Era só o que faltava, é ou não é? Estão abafando o caso para não gerar mais problemas nem incentivar a “importação de traficantes”, mas o fato é que o caso é sério. E agora? 

O traficante só existe onde existe a proibição, porque é onde existe a proibição que o consumo e o faturamento aumentam.

Se já não bastassem os traficantes brasileiros, agora o país tem esse reforço com a vinda dos traficantes desempregados no Uruguai.

Pronto! Se era isso o que estava faltando agora não falta mais.

O Brasil já vai à guerra
     │     18:58  │  0

Brasília – Agora se sabe que foi a maior mancada o Brasil sediar a copa do mundo, ainda que a seleção brasileira seja a campeã – e será; a seleção brasileira de futebol será campeã.

Mas o preço dessa conquista será alto, mais que isso, será altíssimo e espera-se que não entre nessa contabilidade o item macabro de alguma morte.

O treinamento militar que começou esta semana em todas as cidades onde haverá jogos da copa lembra algo como esforço de guerra.

Soldados exibindo fuzis automáticos deslocam-se como se fossem à guerra de verdade, com inimigo declarado – e acontece que, nessa guerra da copa, ninguém sabe de que lado vem o inimigo.

Pelo ar, aviões de combate dão voos rasantes prontos para lançar bombas se necessário se fizer.

Todas as policias colocadas em estado de prontidão para o contra-ataque ao inimigo que também não se sabe de onde nem por onde virão.

Por conta dessa expectativa causada por essa mobilização bélica, muita gente já desistiu de vir para o Brasil.

Tomara que seja tudo exagero e que nada de ruim aconteça, uma vez que já se sabe com antecedência que a seleção brasileira será campeã – o que serve para tranquilizar os torcedores.

Mas, aqui para nós, vendo a mobilização bélica que estamos vendo, com armas e tropas que mais parecem atores dos filmes do Rambo, dá uma confusão na cabeça.

Até parece que entre junho e julho vai haver uma guerra de verdade no país. E tudo isso pra nada, pois não há mais tesão quando já se sabe o resultado do jogo.