Monthly Archives: outubro 2016

Atores recusam convite para fazer o papel do juiz Sergio Moro. Por que será?
   18 de outubro de 2016   │     18:47  │  32

Brasília – A seletividade nas investigações da Operação Lava Jato, cujo foco único é o governo Lula/Dilma, iria realmente suscitar dúvidas atrozes.

E as dúvidas atrozes estão obrigando algumas pessoas a refazerem os seus conceitos e até perderem a esperança quanto ao “novo momento” que o País vive no que se refere à lisura e ao culto a honestidade.

Parece que não se está punindo maus feitos, mas apenas os maus feitos cometidos pelos adversários, ainda que esses sejam menores.

Diz-se que a Operação Lava Jato investiga o maior roubo de dinheiro público na história do Brasil e é mentira. O maior roubo de dinheiro público na história do Brasil deu-se no Banco do Estado do Paraná, mais conhecido como Banestado, e somou a época 42 bilhões de reais.

O escândalo, que envolve como operador o doleiro Alberto Youssef, o mesmo envolvido na Operação Lava Jato, ocorreu no governo Fernando Henrique Cardoso, mas, em 2003, antes de passar o governo para o Lula, o FHC conseguiu desviar o foco das investigações comandadas pelo juiz Sérgio Moro e livrar o Gustavo Franco, economista tucano.

As punições atingiram apenas os chamados “peixes pequenos”.

O juiz Sérgio Moro processou a revista “IstoÉ” por ter divulgado na época que a esposa dele era funcionária do Banestado. Nada mais se sabe sobre o maior escândalo financeiro da história do Brasil e o assunto parecia morto quando, na semana passada, voltou à tona com o pronunciamento contundente do senador Roberto Requião (PMDB-PR) cobrando a reabertura do caso.

Duvida-se que o caso seja reaberto. E a dúvida é estimulada pela seletividade das investigações, que focam apenas no Lula.

A longevidade da Operação Lava Jato, que está na 35ª fase, fatalmente iria revelar incoerências e reforçar a tese da seletividade, ou seja, o objetivo não é apurar todos os crimes, mas apenas os crimes cuja apuração permite eliminar o adversário com o qual não se tem chance na disputa no voto livre e soberano das urnas.

Mas, será isso mesmo?

Bom, é o que estão deixando transparecer.

E, diante dessa constatação sobre a seletividade das investigações e as dúvidas atrozes que pairam, os atores Wagner Moura e Rodrigo Lombardi recusaram o convite para fazerem o papel do juiz Sérgio Moro no filme patrocinado pela Netflix e dirigido pelo cineasta José Padilha sobre a Operação Lava Jato.

Por que os atores recusaram o convite?

Só pode ser pelo temor de ficarem estereotipados quando a sociedade na sua totalidade descobrir o que realmente representou a Operação Lava Jato. Ou então, eles já sabem que não há sinceridade nas ações.

Que acham?

Abertas as apostas! Quem será preso primeiro: Lula ou Cunha?
   16 de outubro de 2016   │     21:50  │  49

Brasília – A bolsa de apostas abriu em alta para saber quem o juiz Sergio Moro vai mandar prender primeiro, se o ex-presidente Lula ou o ex-deputado Eduardo Cunha.

Contra o Lula não há provas, mas convicção; contra Cunha não há convicção porque há provas.

Mas, nesse caso, a convicção do investigador tornou-se provas. Não é o correto porque elimina a exigência das provas materiais como elemento único da culpabilidade, mas o juiz Sérgio Moro já decidiu favorável a convicção do investigador como elemento de provas.

Há mais de um mês com o processo contra o ex-deputado Eduardo Cunha nas mãos, o juiz Moro ainda não sinalizou se vai decretar a prisão de Cunha, apesar de que, contra o ex-presidente da Câmara, não existe convicção do investigador e sim as provas contundentes e irrefutáveis apresentadas pelo Ministério Público.

Só para lembrar: provas contundentes e irrefutáveis levantadas pelo Ministério Público da Suíça!

Não, não foi o Ministério Público federal do Paraná quem apresentou as provas dos crimes praticados por Cunha e sim o Ministério Público suíço.

Imaginem que sequer a intimação do juiz Moro foi entregue à esposa do Cunha, para que ela explique a origem de 1 milhão de dólares depositados na Suíça!

O oficial de justiça não conseguiu localizar a esposa do Cunha nos endereços que ela ofereceu, ao contrário do oficial de justiça que entregou a intimação ao Lula na primeira investida.

Até agora, dos 21 processos em curso na Operação Lava Jato, a Justiça Federal do Paraná julgou apenas dois. A morosidade trabalha contra a trama para a eleição presidencial de 2018, que é para impedir a candidatura do Lula.

Dizem que a prisão do Lula será decretada pela Justiça Federal de Brasília e, assim, desvia-se o foco de Curitiba. A prisão do Lula também serviria – imagina-se à miúde -, para esquecer os crimes do Cunha.

Será?

A prisão do Lula será antes ou depois do segundo turno da eleição para prefeito?
   14 de outubro de 2016   │     23:53  │  47

Brasília – Que o grande alvo da Operação Lava Jato é o Lula, isso já se sabe.

Não é novidade para ninguém que o objetivo é o Lula e que, embora todo esforço feito para pegá-lo tenha sido em vão, na ausência das provas irrefutáveis colocar-se-á as provas baseadas na convicção do investigador.

Trata-se de absurdo jurídico, claro, mas os absurdos fazem parte da história da República brasileira.

Já não se fala em outra coisa na Capital Federal que não seja a prisão do Lula, que tanto pode ser decretada pelo juiz Sérgio Moro, como pelo juiz federal de Brasília que está processando o ex-presidente baseado também na convicção – ou seja, sem as provas irrefutáveis.

Até mesmo o futuro prefeito de São Paulo, João Dória, já antecipou a prisão do Lula.

É, como se diz, o fato consumado a se consumar.

Há até quem anuncie que a prisão do Lula se dará no começo da semana; outros que acontecerá na semana da eleição no segundo turno, que acontecerá na maioria dos estados.

A prisão do Lula é o ponto final na Operação Lava Jato.

“Quem não tem dinheiro não tem que fazer faculdade” – ensina o deputado Nelson Marquezelli, ao defender corte de verba para educação
   12 de outubro de 2016   │     22:42  │  37

Brasília – O ranço escravocrata que perdura por osmose não é um mal brasileiro, mas aqui ele influencia politicamente muito mais que nos outros países.

Numa discussão com integrantes do Grêmio Estudantil Cecília Meireles, o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) deixou aflorar o ranço.

-“Quem não tem dinheiro não tem que fazer faculdade”  – respondeu o deputado ao protesto contra o corte de verbas para a educação.

De tão absurda para acreditar, fica então a dúvida: teria o deputado respondido isso mesmo?

O acesso à faculdade não deve ser avaliado pelo dinheiro e sim, e exclusivamente, pela capacidade – e está é da obrigação do estado estimular e formar.

Quando se imaginava que os absurdos nos comentários do governo Temer e da base aliada haviam terminados com os ministros Elizeu Padilha e Gedel Vieira Lima, eis que aparece o deputado.

A pressão que virá das ruas será muito forte quando forem colocada em prática as medidas duras da PEC 241 e isso exige dos aliados do governo não provocar as ruas.

Cabe lembrar que as ruas ainda estão desfalcadas dos 37 milhões de pessoas que não foram votar para presidente ou foram votar e anularam o voto.

Na eleição municipal esse ano, o número de votos obtidos pelo prefeito eleito de São Paulo foi menor que o número de eleitores que não foram votar. E o fenômeno se repetiu em 17 outras cidades.

Essa leva de gente indiferente está sendo despertada.

Os deputados da base do governo que faltaram à sessão ou votaram contra a PEC 241 já pressentiram que terão dificuldades nas suas bases – a ausência e o voto contrário é a forma de tentarem se redimir.

A reforma do Estado proposta pelo governo, com prazo de duração de 20 anos, antes de mexer com as estruturas econômicas e sociais, faz aflorar o ranço que ficou com o desmonte da senzala.

E esse ranço se contrapõe agora com os que aprenderam que o estado tem para com eles a obrigação de educá-los e de protegê-los em todos os sentidos.

Essa conversa de estado mínimo não vai dar certo.

PEC 241 é o AI-5 do governo Temer e a dúvida agora é se haverá reação nas ruas
   10 de outubro de 2016   │     23:09  │  49

Brasília – A reforma do Estado, que está sendo conduzida na primeira fase pela Câmara e na segunda fase no Senado, é uma ousadia e como toda ousadia pode ter um preço.

Ou não.

O Estado está sendo desmontado pela base, evidentemente, e os efeitos deletérios vão atingir a todos, exceto a parte lá do andar de cima da pirâmide.

A reforma do Estado proposta atinge a saúde pública, que já é o caos que se conhece, e a educação cuja estrutura montada nos governos do Lula e da Dilma vai ser desmontada a golpes duros.

Vem aí a reforma da educação, que está embutida nessa reforma do Estado com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional ou simplesmente PEC 241. Trata-se de ousadia, sem dúvida.

Será que quando a população descobrir que a reforma do Estado, que está em curso, vai restringir os concursos públicos e investi na terceirização da mão-de-obra no serviço público haverá reação das ruas?

Será que a cultura nacional que elegeu o concurso público como o sonho de consumo vai se enquadrar à nova realidade contrária à expansão do emprego público?

Resta torcer para que as vozes das ruas não façam ruir a pinguela frágil com que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso definiu o governo Temer. Tomara que não.

Porque a PEC 241 é o “Ato Institucional nº 5” com o qual o governo Temer pretende manter a pinguela frágil intacta. Tomara que consiga.