Brasília – A seletividade nas investigações da Operação Lava Jato, cujo foco único é o governo Lula/Dilma, iria realmente suscitar dúvidas atrozes.
E as dúvidas atrozes estão obrigando algumas pessoas a refazerem os seus conceitos e até perderem a esperança quanto ao “novo momento” que o País vive no que se refere à lisura e ao culto a honestidade.
Parece que não se está punindo maus feitos, mas apenas os maus feitos cometidos pelos adversários, ainda que esses sejam menores.
Diz-se que a Operação Lava Jato investiga o maior roubo de dinheiro público na história do Brasil e é mentira. O maior roubo de dinheiro público na história do Brasil deu-se no Banco do Estado do Paraná, mais conhecido como Banestado, e somou a época 42 bilhões de reais.
O escândalo, que envolve como operador o doleiro Alberto Youssef, o mesmo envolvido na Operação Lava Jato, ocorreu no governo Fernando Henrique Cardoso, mas, em 2003, antes de passar o governo para o Lula, o FHC conseguiu desviar o foco das investigações comandadas pelo juiz Sérgio Moro e livrar o Gustavo Franco, economista tucano.
As punições atingiram apenas os chamados “peixes pequenos”.
O juiz Sérgio Moro processou a revista “IstoÉ” por ter divulgado na época que a esposa dele era funcionária do Banestado. Nada mais se sabe sobre o maior escândalo financeiro da história do Brasil e o assunto parecia morto quando, na semana passada, voltou à tona com o pronunciamento contundente do senador Roberto Requião (PMDB-PR) cobrando a reabertura do caso.
Duvida-se que o caso seja reaberto. E a dúvida é estimulada pela seletividade das investigações, que focam apenas no Lula.
A longevidade da Operação Lava Jato, que está na 35ª fase, fatalmente iria revelar incoerências e reforçar a tese da seletividade, ou seja, o objetivo não é apurar todos os crimes, mas apenas os crimes cuja apuração permite eliminar o adversário com o qual não se tem chance na disputa no voto livre e soberano das urnas.
Mas, será isso mesmo?
Bom, é o que estão deixando transparecer.
E, diante dessa constatação sobre a seletividade das investigações e as dúvidas atrozes que pairam, os atores Wagner Moura e Rodrigo Lombardi recusaram o convite para fazerem o papel do juiz Sérgio Moro no filme patrocinado pela Netflix e dirigido pelo cineasta José Padilha sobre a Operação Lava Jato.
Por que os atores recusaram o convite?
Só pode ser pelo temor de ficarem estereotipados quando a sociedade na sua totalidade descobrir o que realmente representou a Operação Lava Jato. Ou então, eles já sabem que não há sinceridade nas ações.
Que acham?