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Diga aí: vai ter golpe ou não vai ter golpe?
   5 de abril de 2016   │     22:37  │  19

Brasília – O impeachment é golpe, e comandado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, virou caso de polícia, do Ministério Público e da Justiça Federal no Paraná.

Mas, Cunha permanece dando as cartas e sacolejando a República depois de, no ano passado, convidar antecipadamente a imprensa para o jantar do Natal de 2016.

Ou seja: Cunha desdenhou das acusações e das robustas provas contra e estipulou ele mesmo o prazo para ficar na presidência da Câmara, o que significa cumprir integralmente o mandato.

De onde Cunha retira tanta certeza na impunidade, não se sabe; mas, que é estranho se ter prendido a cunhada do João Vaccari Neto baseado em suposições do que parece ser e, pior, leva-la coercitivamente à depor para em seguida ser presa, isso é sim estranho.

É estranho porque a mulher e a filha de Cunha estão atoladas em provas contundentes contra elas, e não foram alcançadas pelas garras severas da justiça à maneira da cunhada de Vaccari.

Por que?

Não sei; só sei que está sendo assim. Está à vista.

Talvez isso leve o Paulinho da Força a ter coragem de vir à televisão e acusar o governo de corrupção. Lembra a estória da raposa que foi nomeada como gerente do galinheiro e depois foi presidir a investigação para apurar o sumiço das galinhas.

No rastro dos absurdos me vem a certeza de que o impeachment é golpe devido a trama paulista para o vice-presidente Michel Temer assumir a presidência.

Ou seja: a Avenida Paulista quer o Temer na presidência, porque o Temer vai fazer o que a elite paulista quer que se faça.

A reforma das Leis da Consolidação do Trabalho, a eliminação do Programa Bolsa Família e do Programa Mais Médicos e, especialmente a Petrobras com o Pre-Sal. Esses são alguns dos itens do compromisso de Temer com a elite paulista.

Ocorre que tem o porem: faltou combinar isso com os movimentos sociais e a prudência aconselha não pagar para ver. Temer não assume e se assumir não governa.

As cabeças lucidas no Congresso Nacional já fizeram essa mesma leitura do quadro político e estão surgindo propostas ousadas. Uma delas é a eleição geral em outubro, incluindo prefeitos e vereadores.

É uma proposta ousada porque os senadores que se elegeram em 2014 para oito anos de mandato não concordam.

A proposta foi lançada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e apesar das dificuldades é a mais sensata já apresentada. A República está em crise.

A Operação Lava Jato está causando prejuízo que deve levar 10 anos para o país se recuperar, isso se a operação terminar este mês.

E o prejuízo que a Operação Lava Jato vem causando respingou nos três poderes. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário estão sendo cobrados a reagir para a própria sobrevivência.

E cobrados devido à explosão midiática que fez emergir o juiz federal Sérgio Moro, que ainda não decidiu sobre a mulher e a filha do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o comandante do golpe apelidado de impeachment.

Olhe só que confusão…

Se é ilegal, imoral e engorda o Temer assumir a presidência, porque ele é o apêndice da presidente, ou seja, ninguém vota para vice, então qual a saída?

É nova eleição. E a proposta do senador Renan Calheiros é eleição majoritária antecipada de 2018 fazendo-se coincidir todos os níveis, de presidente da República a vereador.

E não tem outro caminho porque o Temem não assume e se assumir não governa.

Que país é esse que agride e ameaça um ministro do Supremo Tribunal Federal?
     │     9:54  │  18

Brasília – A classe média alta e a classe rica estão levando o país para o confronto de proporções incomensuráveis.

Já é tempo de o Supremo Tribunal Federal se antecipar para prevenir o pior, que está muito perto de acontecer.

Alguns sinais já foram dados à exaustão. Vamos aos exemplos recentes:

1) O conhecido artista Lobão postou na sua página na Internet o endereço do filho do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, depois que o ministro deu uma sentença justa e honesta, mas desfavorável às aspirações golpista de Lobão.

Qual o objetivo do Lobão ao divulgar o endereço do filho do ministro? O que ficou subentendido com a decisão doo Lobão?

a) Sequestrar o filho do ministro?

b) Vingar-se no filho do ministro?

c) Matar o filho do ministro?

2) Ensandecida e visivelmente transtornada, a advogada Janaina Paschoal fez um discurso pregando a insubordinação e incitando à violência contra todos que não comungam do seu pensamento.

Em tempo: a advogada é signatária do pedido de golpe, apelidado de impeachment, contra a presidente Dilma.

3) Em Maceió, o professor Salomão Nunes Santiago foi provocado e agredido por um criminoso que premeditou o crime e se acha no direito de agredir todos os que não pensa igual a ele. E usa como desculpa as suas perdas com a crise. Conversa.

Dessa vez foi o professor, amanhã pode ser qualquer um.

4) O jornalista Hélio Schwartsman teve a coragem e a ousadia de escrever que o impeachment ( da presidente Dilma, claro) é mais civilizado do que o assassinato ( da presidente Dilma, claro ). Mas pode ser também o assassinato de um ministro do Supremo Tribunal Federal que votar contra os interesses do jornalista? Pode, jornalista?

Serve matar um ministro do Supremo Tribunal Federal, Hélio Schwartsman? Ou só serve o cadáver da presidente Dilma? Explique-se melhor para não lhe presentearem com o cadáver errado.

Será que já não passou da hora de as autoridades intervirem para colocar o freio nessa sandice nacional? Que país é esse que o Lobão entrega o endereço do filho de um ministro do Supremo à ira nacional dos bandidos do golpe?

Que país é esse que uma advogada relega o juramento e agride o Direito para se transformar numa ativista ensandecida do golpe?

Que país é esse que um professor é agredido por um delinquente que sai de casa premeditando o crime e disposto a provoca-lo e esmurra-lo impunemente?

Que país é esse que um jornalista prevê, e obviamente sugere, o assassinato de uma presidente ou, na ausência desse, de quem o defenda?

Já está na hora de alguém fazer alguma coisa, com exemplos rápidos e contundentes, para frear essa revolta injustificável da classe rica e da classe média alta que se esconde atrás do discurso da crise para, na verdade, acabar com as conquistas sociais e mandar o negro de volta à senzala.

A lição de Direito Constitucional, que Cardoso deu de graça
   4 de abril de 2016   │     21:46  │  11

Brasília – Não dá para entender o que se passa com a República brasileira, sem considerar que a República brasileira surgiu de um golpe.

Quem, de fato, estava pensando a República de fato foi alijado do processo de criação da República brasileira que surgiu de um golpe.

E o mais grave: um golpe dado pelo marechal Deodoro da Fonseca devido a uma dor de cotovelo, conforme já sabemos.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, deu uma aula de Direito Constitucional ao apresentar a defesa da presidente Dilma contra o golpe, apelidado de impeachment.

Não há fundamentação jurídica para o impeachment e por isso o impeachment é golpe. Além disso, a comissão criada na Câmara para apreciar o pedido de golpe, apelidado de impeachment, cometeu ilegalidades.

Eduardo Cardoso provou porque o impeachment é golpe.

Sem argumento, a oposição entrou em desespero e denunciou – imagine só: a oposição denunciou! -, a compra de apoio na Câmara por parte do governo, como se essa prática não fosse o elo indestrutível da democracia.

Chega a ser hilária a argumentação da oposição, por supor que somos todos imbecis e que acreditamos que pode ser diferente; que a oposição também não fizesse o mesmo que ora critica.

E nessa falsidade segue a República brasileira dos golpes. O confronto está estabelecido e não dá mais para camufla-lo, porque na República brasileira dos golpes, um golpe para mais ou para menos não faz diferença.

Por que o golpe, apelidado de impeachment, está desmoralizado?
   3 de abril de 2016   │     20:21  │  18

Brasília – O açodamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para concluir os trâmites legais para o golpe, apelidado de impeachment, obteve o efeito contrário.

O impeachment é um processo legal e não há o que se discutir, até porque ninguém está discutindo a legalidade e sim a moralidade – que deve nortear todas as ações.

Não há base legal para o impeachment, e por isso ele é golpe, e tanto isso é sabido que até os que o defendem já disseram que o impeachment é um processo político – logo, se trata de golpe.

E não adianta: não há base legal para o impeachment da presidente Dilma, logo, se trata de golpe para satisfazer os egos da elite ariana, que até já arranjou um negro para servir de estandarte pelo qual pretende camuflar seus preconceitos.

Ninguém consegue mais empregada doméstica. Tá tudo cheia de direitos…

Ninguém consegue mais um cortador de cana submisso e sem direitos; todos estão cheios de direitos.

E a culpa é dos petralhas, que deram direitos a quem vivia à esmo e sem direitos. Essa divisão social é nítida, daí a luta por parte deles é a revogação dessas conquistas e aí entra a reformulação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre outras conquistas sociais.

Essa é a diferença.

Quanto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o que o move contra o governo é a perda das duas diretorias que ele mantinha em Furnas e que lhe foram tomadas sem que ele soubesse com antecedência.

E nada mais.

Nesse cenário de ressentimentos e tramas, eis que emerge o vice-presidente da República, Michel Temer, para a cartada final rumo ao sonho de ser presidente.

Depois da carta que escreveu à presidente Dilma, o vice-presidente exibiu o PMDB que o apoia no golpe, apelidado de impeachment, e eis quem estava à frente? Quem?

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

As manifestações promovidas em todo o país, no dia 31, ligaram o sinal de alerta. Ainda que muitos tentem minimizá-las, o certo é que a oposição ficou surpresa porque a manifestação de apoio a Dilma foi registrada em todo o país, ou seja, do Oiapoque ao Chuí.

Vamos com calma porque o golpe, apelidado de Impeachment, já está desmoralizado como processo ilegal e desmascarado como processo político. Ou seja: é golpe.

Roberto Villanova

1 de abril de 2016

Brasília – Enquanto nos 27 estados da federação registrava-se manifestações não pagas em defesa da presidente Dilma e contra o golpe apelidado de impeachment.

Enquanto o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, alertava que a Corte maior do país pode decidir sobre a legitimidade do impeachment , que na verdade é golpe.

Enquanto a mídia estupefata com a quantidade de gente discutia como repercutir as manifestações sem encher a bola dos manifestantes pró-governo, o vice-presidente Michel Temer delirava.

Ele estava reunido em São Paulo discutindo o novo governo que, no caso, era ele mesmo.

É certo que nem todos envelhecem com a lucidez de um Oscar Niemayer, que aos 104 anos de idade ainda trabalhava, bebia uísque e fumava o seu charuto regularmente.

Mas, com quase 80 anos de idade, Temer deve estar delirando na senilidade. Não é possível que ele acredita mesmo que vai assumir a presidência da República.

Vejam só:

1) Presidente nacional do PMDB, a última eleição que Temer disputou ele obteve menos votos que o deputado federal João Henrique Caldas obteve em Alagoas. E observe que Temer disputou a eleição em São Paulo, que tem seis vezes mais a população de Alagoas.

2) Ninguém vota para vice e o fato de o nome e a foto do vice estarem na urna eletrônica significa que ele é o apêndice da chapa e não deve, nem pode, ser separado.

3) O fundamento do golpe, apelidado de impeachment, é as chamadas pedaladas fiscais, que Temer também praticou.

Logo, o Temer só pode estar delirando.

E nesse delírio dá para imaginar, e até brincar, com o ministério que o Temer está formando.

Vamos lá:

Para o Ministério da Defesa, o Temer deve convidar o sargento Garcia.

Para o Ministério da Saúde, o Temer deve convidar o Biotônico Fontoura.

Para o Ministério da Justiça, o Temer deve convidar o Zorro.

Para o Ministério da Cultura, o Temer deve convidar o Mc Porradão.

Para o Ministérios dos Esportes, o Temer deve convidar o Saci Pererê.

Para o Ministério da Indústria e Comércio, o Temer deve convidas o Galego do Veneno.

É assim, pois só pode ser brincadeira o Temer acreditar que será presidente da República. E, pior, tramar contra o governo e contribuindo para o caos institucional no país.

Prefiro acreditar que se trata de delírio senil, porque nessa idade é comum fazer xixi e cocô nas calças. E, exatamente por isso, inventaram a fralda geriátrica.