Monthly Archives: abril 2016

Michel presidente, Cunha vice e o fim da Caixa, Banco do Brasil, Petrobras e dos programas sociais
   12 de abril de 2016   │     9:52  │  36

Brasília – Quanto valem a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobras?

Depois de vazar ele mesmo o discurso de posse como presidente da República do golpe que comanda à distância, Michel Temer já discute o projeto econômico que colocará em prática conforme o que ficou acordado com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Claro, esse projeto Temer não vaza para não espantar a nação.

Mas, leiam com atenção o que ele mesmo escreveu e vazou, e conclua que o compromisso que assumiu é exatamente a mudança radical da política econômica imposta a partir da eleição do presidente Lula e mantida pela presidente Dilma.

A eleição do Lula interrompeu o desmonte das empresas públicas iniciado no governo Fernando Henrique Cardoso. Lembram?

O FHC mudou o nome da Petrobras para Petrobrax, com o objetivo de abri-la 100% à inciativa privada, proposta esta retomada agora pelo senador tucano José Serra. Coincidência? Não, porque coincidência não existe.

Hoje, o governo mantém o controle de 30% da empresa, mas a cobiça internacional que remonta da criação da Petrobras na década de 1950, continua insistindo em dominá-la.

Temer diz que não vai mexer nos projetos sociais, tais como: Bolsa Família, o Programa Minha Casa Minha Vida, o Programa Mais Médico, o FIES, etc.

É preciso ser muito inocente para acreditar. É simples: se não for para privatizar a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, a Petrobras e acabar com o Bolsa Família, o Programa Mais Médico, o Programa Minha Casa Minha Vida e o FIES, então para que servirá o Michel Temer?

Simples assim de concluir qual a função de Temer, no caso de, para a infelicidade geral e a desgraça da nação, o golpe lograr êxito e ele assumir o governo.

Isso, sem contar que, no caso de acontecer a desgraça de Temer assumir o governo, ele levará o País à convulsão social com o recrudescimento das lutas sociais no campo e nas cidades.

Imaginem só: Temer presidente, vice-presidente Eduardo Cunha.

Sem dúvida que, é por isso, que de cada 10 brasileiros que estarão nas ruas pedindo a derrubada da presidente Dilma, 8 rejeitam a posse de Temer e defendem nova eleição.

Se o golpe não passar, qual o plano B dos golpistas?
   11 de abril de 2016   │     15:51  │  25

Brasília – Se já não bastasse toda essa trama golpista que se arrasta desde 2014 fazendo o País sangrar, e tudo em busca do terceiro turno da eleição presidencial, como vão ficar os golpistas se o golpe apelidado de impeachment não for aprovado?

Quietos é que não vão ficar.

Mas, o plano B do golpe tem o detalhe crucial: envolve diretamente o vice-presidente Michel Temer.

O plano B do golpe está no Tribunal Superior Eleitoral, que é presidido pelo ministro Gilmar Mendes, confesso, notório e escancarado opositor do governo, e um anti-PT radical. Mas, será que o Gilmar Mendes dará o jeitinho de retirar o Temer do rol dos acusados?

Essa é a questão crucial que os golpistas enfrentam para colocar em prática o plano B do golpe. Que eles não darão trégua, isso já se sabe; o que é imprevisível é o mecanismo que usarão para dar sequência a luta em favor do golpe apelidado de impeachment.

Acredite se quiser, mas já estão falando no plano B do golpe. É que, até agora, o resultado da votação do golpe apelidado de impeachment na Câmara não dá a certeza de vitória dos golpistas e eles estão indóceis.

O palanque armado na Câmara pelo presidente Eduardo Cunha vai refletir a repercussão da plateia, que ficará dividida na Esplanada dos Ministérios. De um lado os que defendem o golpe apelidado de impeachment, e do outro lado os que defendem o governo contra o golpe apelidado de impeachment.

A semana promete.

Lula em 1º, Marina em 2º e Aécio despencou na corrida presidencial, sem o golpe
   9 de abril de 2016   │     21:46  │  25

Brasília – O insuspeito Datafolha divulgou mais uma pesquisa na corrida presidencial no Brasil se a eleição fosse hoje ou amanhã.

O Lula está em primeiro lugar, a Marina Silva em segundo lugar e o senador Aécio Neves despencou de lugar e agora é o terceiro colocado.

Segundo o Datafolha, o Lula tem 21% das intenções de votos, a Marina tem 19% e o Aécio, que nas últimas pesquisas chegou a aparecer com 27% dos votos, tem agora o apoio de apenas 17% do eleitorado.

Como explicar que o Lula, perseguido, bombardeado e humilhado lidera a pesquisa de intenção de votos para presidente da República?

 Como explicar a liderança do Lula na pesquisa eleitoral para presidente da República, com a Operação Lava Jato bombardeando-o diariamente e agindo seletivamente na divulgação dos fatos negativos que envolvem o PT e omitindo deliberadamente os fatos negativos que envolvem o PSDB e a própria oposição?

Alguém pode explicar isso?

Arrisco a dizer, e até porque já houve o alerta para isso, que a Operação Lava Jato se desgastou não só pelos erros que cometeu, mas pela imagem de ideia fixa contra o Lula que passou.

E isso está na própria essência da Operação Lava Jato, que começa a investigar a Petrobrás a partir de 2002, quando a origem dos crimes está em 1998, ou seja, quatro anos antes. Isso, efetivamente, levou à comprovação de que o alvo é político partidário, ou seja, o Lula e o PT e aliados, e não necessariamente criminal.

Se fosse, a investigação não teria deixado de lado a origem de tudo em 1889.

Essa convicção que parte da sociedade já tem é que justifica a liderança do Lula na disputa presidencial, mesmo recebendo todo esse bombardeio midiático e golpista. E para comprovar o complô, alguém viu na mídia a divulgação da pesquisa do Datafolha?

Agora veja…

Quando é que a Lava Jato vai intimar Jesus coercitivamente?
   8 de abril de 2016   │     16:01  │  31

Brasília – Citado como beneficiário de vinte depósitos bancários com dinheiro da corrupção da Petrobras, Jesus está no processo da Operação Lava Jato.

É verdade. Juro por tudo quanto é sagrado que tem vinte depósitos bancários produto do roubo de 5 milhões de dólares em nome de Jesus.

A propina foi operada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, na condição de pastor, tem essa intimidade – diz ele -; com Jesus.

A sorte de Jesus é que a Operação Lava Jato é seletiva; a Operação Lava Jato só apura a corrupção de quem é contra o golpe apelidado de impeachment.

A mulher e a filha do Eduardo Cunha, por exemplo, mesmo com robustas e irrefutáveis provas de pratica ilícitos e de envolvimento com o esquema de corrupção, estão aí rindo da cara dos manés que acreditam que estão fazendo a faxina da moralidade no país.

Ah! Coitados…

Até já se abriu a bolsa de aposta, que você pode participar. É assim: você acredita que a Operação Lava Jato vai mandar conduzir coercitivamente e prender a mulher e a filha do Cunha, mesmo com as provas robustas dos crimes praticados?

Sim ou não?

Mas, nessa cruzada moralista e jurídica que leva os incautos a acreditar que há sinceridade em tudo isso, tem essa brecha que incomoda.

Ou seja: a impunidade decretada à mulher e à filha do Cunha nos remete a pensar que estamos, na verdade, assistindo ao espetáculo midiático golpista com aparência de defesa dos bons costumes.

Agora seja.

Todavia, devemos dar um crédito de confiança à Operação Lava Jato. Quem sabe, ela vai encontrar Jesus e conduzi-lo coercitivamente à prisão para que Ele explique os vinte depósitos com dinheiro da corrupção na Sua conta.

E tudo isso, antes de o sargento Garcia prender o Zorro.

Cunha proclamou a República ou é o fim da República dos Cunhas?
   6 de abril de 2016   │     22:18  │  12

Brasília – No futuro, quando alguém quiser mesmo saber o que aconteceu com a República brasileira dos golpes em 2016, não deve jamais procurar a história oficial. A história oficial brasileira é mentirosa desde o descobrimento em 1500.

Somente assim é que se pode entender o que ora se passa na República brasileira dos golpistas juramentado e militantes.

O RELATÓRIO DO RELATOR QUE NÃO RELATOR O RELATORIO

Dá para entender?

O relatório apresentado e lido pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO) foi o script que ele recebeu para um dos últimos capítulos da novela do golpe, que foi apelidado de impeachment e está perto de encerrar a primeira fase.

Mas, pareceu filme reprisado. Ninguém duvidava de que o relatório seguiria a conclusão imposta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, convenhamos, tem dado um banho na Operação Lava Jato.

Cunha, a mulher e a filha foram denunciados na Operação Lava Jato com provas robustas e festejam porque  nunca foram importunados pelo juiz Sergio Moro. Digamos que se trata de um milagre de Cunha, que é pastor e até depositava dinheiro para Jesus.

Ao contrário da cunhada do João Vaccari Neto, coitada, que sem essa intimidade com Jesus foi presa injustamente.

E sendo assim, o relatório do deputado Arantes não poderia mesmo contrariar o script.

Mas, no final o deputado Arantes passou a bola para o Senado e isto depois de deixar claro que lavava as mãos.

UMA COISA MUITO LINDA, SEU ABESTADO!

Eu achei a coisa mais linda, mas tão linda. Uma coisa muito linda quando o vice-presidente Michel Temer apareceu – na verdade emergiu -, para se dizer indignado com a decisão do ministro Marco Aurélio Mello de aceitar o pedido de impeachment dele.

Michel está em campanha para ser presidente mediante um processo onde não tem eleitor nem voto. É só a vontade embutida no golpe.

Eu achei uma coisa muito linda a indignação de Temer. Mas, depois eu me toquei: espere, e alguém vota para vice-presidente? Pelo que eu sei o último vice-presidente eleito para ser vice-presidente foi o João Goulart.

Goulart era o substituto legalmente eleito para tal, em caso de impedimento do presidente, como de fato ocorreu quando o Jânio Quadros renunciou.

Mas, esse não é caso de Temer; ninguém votou em Michel Temer. Logo, Temer é solidário politica e penalmente nos acertos e nos erros da presidente Dilma.  Só existe uma maneira de provar o contrário: é se alguém apresentar as provas de que votou nele.

Como a República brasileira nasceu de um golpe e já protagonizou mais de 20 golpes desde 1889 até hoje, golpista de plantão é que não falta.

O PLEBISCITO INDICARIA O CAMINHO QUE A REPÚBLICA DEVE SEGUIR

Nessa confusão de ilegalidades e trama golpista, a proposta apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros,  é a mais sensata. Renan propôs o plebiscito para que a sociedade diga o que ela quer.

Se quer eleição geral em todos os níveis, por exemplo.

Renan lidera o grupo lúcido do PMDB, que não embarcou na nau furada que o Temer lançou ao mar na base do tudo ou nada. Temer tem 76 anos de idade e sabe que a sua chance é agora ou nunca.

Mas, Renan sabe que Temer não vai conseguir governar e dificilmente se sustentará no governo para a transição até 2018. E é verdade.

Se a situação está ruim, com Temer ficará insuportável. São fortes as possibilidades de confrontos e insubordinações pipocando por todo o país.

Na última manifestação se teve a mostra da mobilização nacional que o governo conta, maior até do que as manifestações promovidas pela oposição. Maior no sentido de estar mobilizada do Oiapoque ao Chuí.

E eles até admitem perder o poder, mas no voto direto e livre. Apeados do poder pode até ser, mas a fatura será muitíssimo alta e Michel não suportará.