Brasília – O juiz Sergio Moro já errou e pediu desculpa ao Supremo Tribunal Federal; os procuradores do Paraná, que se baseiam na convicção e não nas provas para fazerem as denuncias, também já erraram e, agora, e a vez de a Polícia Federal admitir que também errou.
Pronto! Estamos quites.
Na 35ª fase, a Operação Lava Jato vem se arrastando entre erros e convicções, como aquela convicção que pediu e conseguiu a prisão de uma inocente, que foi mantida encarcerada por cinco dias mesmo apontando ter sido confundida.
Prenderam o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando estava no hospital acompanhando a esposa com câncer, porque tiveram a convicção que “italiano” era o apelido dele – e não era.
A mais recente trapalhada coube à Polícia Federal fazê-la ao citar o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, baseado na convicção – novamente a convicção -, de que recebeu propina por ter sido citado numa conversa entre empreiteiros.
O juiz Sergio Moro retirou a citação ao ministro Toffoli.
Estava claro que uma operação tão longeva quanto a Lava Jato iria descambar para os excessos. A Lava Jato não é apenas a operação mais longa, mas também a mais cara. Dizem que já consumiu mais do que recuperou em dinheiro desviado da Petrobras.
A expectativa é de que depois tudo tenha valido a pena, senão, não caberá pedir desculpas porque os prejuízos causados serão irreparáveis.