Brasília – Não deu para censurar as imagens dos policiais civis, militares e bombeiros engrossando a manifestação dos servidores civis contra a proposta do governador do Rio de Janeiro, que aumenta para 30% a contribuição social descontada nos vencimentos e soldos.
Os policiais civis se vestiram de preto, os policiais militares se vestiram de azul e os bombeiros se vestiram de vermelho. Os manifestantes foram para a Assembleia Legislativa, que estava guarnecida pela tropa da PM, mas a tropa da PM aderiu à manifestação e deixou que entrassem na Assembleia.
Está feia a coisa no Rio de Janeiro.
No Rio Grande do Sul, o governador pediu ao ministro da Justiça para renovar a permanência da Força Nacional no Estado – renovar e ampliar o efetivo -, porque também está feia a coisa no Rio Grande do Sul, onde os vencimentos mensais dos servidores civis e militares estão atrasados e a violência se alastrou.
As viaturas da polícia estão servindo de delegacias itinerantes, porque as delegacias fixas estão superlotadas – e também está feia a coisa, no que se refere à segurança pública, em todo o País. Não há mais cidade sem registros alarmantes no que se refere à violência, daí a coisa está feia também em todas as cidades.
Mas, onde mesmo a coisa não está feia? Não há lugar para exceção e o País enfrenta a situação caótica com o número de vítimas da violência que supera o número de vítimas da guerra na Síria.
E não há esperança de melhora.
Com os cortes nos programas sociais, a redução na oferta de empregos e a queda na renda familiar a tendência é o quadro se agravar. E parecendo prevê as pioras, o presidente Temer não quis se comprometer com expectativas de melhoras e empurrou para o ministro da Fazenda, Henrique Meireles.
– O ministro Meireles nos garante aí para o segundo semestre do próximo ano -, disse referindo-se à expectativa de melhoras na economia.
A travessia até lá é que parece cheia de agouros…