Essa cruzada contra o deputado Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal finalmente se revelou por inteiro, com a “renúncia” de cinco deputados – que não querem mais compor a comissão.
Não era mesmo uma cruzada séria.
Os deputados federais Jean Wyllys, Domingos Dutra, Luiza Erundina, Erika Kukai e Chico Alencar demonstraram com a renúncia que não merecem o respeito que se supunha merecer. A renúncia é um ato de covardia.
Imaginem que se trata da Comissão de Direitos Humanos e esses cinco deputados não respeitaram os “direitos humanos” dos contrários. Não estou defendendo o Feliciano, mas não posso deixar de dizer que a renúncia desnuda a farsa e nivela todos por baixo.
Afinal, quem é o reacionário dos seis?
Já disse que não acredito em nada do que o Feliciano diz, nem como homem, nem como deputado e muito menos como pastor. Mas, a partir de agora, também não acreditarei em nada do que esses cinco senhores deputados que não aceitam o contraditório venham a dizer.
Eles querem mesmo é holofote.
Esses cinco deputados que abandonam a luta e deixam órfãos os que lhe seguem não são melhores do que o Feliciano – que, equivocado ou não; absurdamente ou não, se mantém com as armas ensarilhadas para defender aquilo que ele acredita.
Já esses cinco deputados desistem em bloco, como se quisessem nos fazer crer que eles são os puros e os demais não o são. Pois, para mim, é o contrário: eu louvarei sempre aqueles que gastam o último cartucho na defesa das suas verdades, sejam vitoriosos ou não.
E repugnarei todos aqueles que pulam do barco antes da procela, porque são covardes. Nem o Feliciano e nem esses cinco deputados me representam.
E que ninguém venha dizer que a renuncia se deu diante da impossibilidade de vitória, porque isso é desculpa esfarrapada. Com ou sem a chance de vitória, a finalidade do Parlamento é parlamentar.
E os deputados Domingos Dutra, Jean Wyllys, Erika Kukay, Luíza Erundina e Chico Alencar são para lamentar. É triste.