Feliciano é melhor do que os 5 deputados que renunciaram
   17 de abril de 2013   │     17:10  │  2

Essa cruzada contra o deputado Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal finalmente se revelou por inteiro, com a “renúncia” de cinco deputados – que não querem mais compor a comissão.

Não era mesmo uma cruzada séria.

Os deputados federais Jean Wyllys, Domingos Dutra, Luiza Erundina, Erika Kukai e Chico Alencar demonstraram com a renúncia que não merecem o respeito que se supunha merecer. A renúncia é um ato de covardia.

Imaginem que se trata da Comissão de Direitos Humanos e esses cinco deputados não respeitaram os “direitos humanos” dos contrários. Não estou defendendo o Feliciano, mas não posso deixar de dizer que a renúncia desnuda a farsa e nivela todos por baixo.

Afinal, quem é o reacionário dos seis?

Já disse que não acredito em nada do que o Feliciano diz, nem como homem, nem como deputado e muito menos como pastor. Mas, a partir de agora, também não acreditarei em nada do que esses cinco senhores deputados que não aceitam o contraditório venham a dizer.

Eles querem mesmo é holofote.

Esses cinco deputados que abandonam a luta e deixam órfãos os que lhe seguem não são melhores do que o Feliciano – que, equivocado ou não; absurdamente ou não, se mantém com as armas ensarilhadas para defender aquilo que ele acredita.

Já esses cinco deputados desistem em bloco, como se quisessem nos fazer crer que eles são os puros e os demais não o são. Pois, para mim, é o contrário: eu louvarei sempre aqueles que gastam o último cartucho na defesa das suas verdades, sejam vitoriosos ou não.

E repugnarei todos aqueles que pulam do barco antes da procela, porque são covardes. Nem o Feliciano e nem esses cinco deputados me representam.

E que ninguém venha dizer que a renuncia se deu diante da impossibilidade de vitória, porque isso é desculpa esfarrapada. Com ou sem a chance de vitória, a finalidade do Parlamento é parlamentar.

E os deputados Domingos Dutra, Jean Wyllys, Erika Kukay, Luíza Erundina e Chico Alencar são para lamentar. É triste.

COMENTÁRIOS
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  1. Valdeck

    Bob, quem milita na área dos direitos humanos não se sente melhor ou pior, mais bonito aou mais feio, mais inteligente ou menos, quem milita na área, luta por ideais de justiça, de respeito, dignidade à todo cidadão sem distinção. Os deputados e deputadas que estavam na comissão tem serviços prestados nessa área que são de grande valor e avanço para a sociedade brasileira. Então pergunto, qual foi o serviço prestado que o então deputado Feliciano promoveu à sociedade, e em se tratando de direitos humanos? Quando vimos nas suas falas, preleções em púlpitos e nos vídeos o desserviço que presta na área para a qual foi empossado. As questões pertinentes aos direitos humanos não tem de ser tratada pelo lado moral e sim pelo lado humanitário, de cidadania, onde todos fazem parte dessa sociedade e que tem de entender que não é uma sociedade homogênea, ela é plural, coletiva.
    Não faz muito tempo que a escravidão foi abolida aqui no Brasil, tem apenas 125 anos, de lá para cá pouco mudou o sofrimento, descaso, o peconceito com a maioria da população negra nesse país. De lá para cá, ínfimos avanços são percebidos porque lá trás muito se lutou, muito se resistiu, muito se enfrentou para que surgisse uma pasta ou uma Secretaria relacionado aos direitos humanos na capital federal desse país. Aqui no Estado alagoano as autoridades dão de costas com as religiões de matrizes africanas, indígenas, por exemplo, dão de costas com os altos índices de homicídios à mulher, ao gay, ao transsexual, como se isso fosse natural e corriqueiro por essas plagas. Todos esses que citei fazem parte da sociedade alagoana e brasileira e como tal merecem atenção, respeito, dignidade não só de toda a sociedade brasileira e alagoana, mas também das autoridades desse Estado e da Comissão de Direitos Humanos na qual está presidida pelo controverso deputado Feliciano e da Secretaria dos Direitos Humanos em Brasília. Se o deputado Feliciano quer poder, quer prestígio, que se ocupe de um cargo ou pasta, que comungue com seus ideais, e não apenas ocupe um cargo que lhe entregaram apenas para cumprir tabela partidária, no velho toma lá, dá cá.

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