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A oposição ao Brasil e a reeleição do Aécio para presidente do Brasil
   12 de julho de 2015   │     15:44  │  2

Brasília – Digamos que foram atos falhos. Mas dois atos falhos seguidos podem revelar o desejo mórbido de ser a qualquer custo.

Ser presidente da República, por exemplo.

Os atos falhos do senador Aécio Neves comemorando a “reeleição a presidente da República” na entrevista à rádio do Rio Grande do Sul e, em seguida, a afirmação de que pertence ao “principal partido de oposição ao Brasil” na entrevista à rádio mineira encerram algo de tenebroso.

Sim, tenebroso porque tudo vem concomitantemente com o resultado das pesquisas extemporâneas que colocam o Aécio Neves como primeiro lugar na disputa presidencial e, consequentemente, eleito presidente da República com tanta antecedência.

Isso contraria o próprio ensinamento do avô dele, o Tancredo Neves, que se recusava a fechar acordo político com um mês de antecedência porque “a política é igual as nuvens; ora apresenta um desenho, ora o desenho é outro”.

O mal que o PSDB fez ao Brasil ficou como cicatriz eterna. A Companhia Vale do Rio Doce, que o governo FHC pagou para vender; a Telebrás, que também foi entregue de graça, e a tentativa de entregar a Petrobras à cobiça internacional mudando o nome da empresa para Petrobrax, todos esses fantasmas ameaçam sair do tumulo se o PSDB voltar a poder.

Daí, os atos falhos do Aécio podem ser a ânsia desvairada para chegar ao poder a qualquer custo. E quando tudo isto se processa concomitantemente com as pesquisas extemporâneas dando a vitória do Aécio na disputa presidencial com tanta antecedência, a conclusão é: tem um complô para elegê-lo a qualquer custo.

Nem que seja chutando o pau da barraca e atropelando a lei e a ordem pública.

Anote aí: a próxima pesquisa vai aumentar a vantagem do Aécio sobre o Lula e que não se surpreenda se estipular que não haverá segundo turno. Do mesmo modo, que ninguém se surpreenda se provarem que existe cédula de 3 reais.

Aécio em 1º, Alckmin em 2º, Lula em 3º e 4º Rubem Barrichello
   11 de julho de 2015   │     18:30  │  11

Brasília –  Alguém, alguma vez na vida, já foi entrevistado por instituto de pesquisa? Não conheço uma só pessoas que foi entrevistada alguma vez na vida e gostaria de conhece-la, mas se e somente se puder comprovar a entrevista.

Mas, neste sábado divulgaram outra pesquisa para presidente da República e agora com o resultado que eu, particularmente, não acredito. É o seguinte: o senador Aécio Neves venceria o Lula numa disputa presidencial e até o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, está na frente do Lula.

O resultado foi esse: Aécio em 1º, o Alckmin em 2º, o Lula em 3º e a pesquisa não apresentou o 4º, mas a gente pode dizer que em 4º lugar é o Rubem Barrichello, que sempre chegou em 4º lugar.

Tão distante da eleição  eu fico a matutar sobre a extemporaneidade da pesquisa, que obviamente eu não acredito, mas sei perfeitamente que a manipulação serve para influenciar os incautos.

E você acredita em pesquisa eleitoral extemporânea?

Renan diz que denuncia contra ele é café requentado
   9 de julho de 2015   │     17:44  │  6

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), distribuiu nota à imprensa para esclarecer a denúncia contra ele acerca de episodio acontecido há 8 anos e relacionado a uma aventura extraconjugal, que gerou uma filha.

Trata-se de uma pseudodenúncia muito antiga, café requentado com óbvias motivações. Mas, como sempre, de forma clara, pública, como já o fiz há 8 anos, farei todos os esclarecimentos que a Justiça desejar. Nada ficará sem respostas concretas e verdadeiras – diz a nota distribuida à imprensa e reproduzida no site do Senado Federal.

Renan garantiu que tudo será esclarecido, mas deixou claro a sua estranheza pela retomada de um assunto que ocorreu há 8 anos exatamente no momento em que tem assumido posições de independência na presidência do Senado.

Tudo será devidamente esclarecido – reafirmou Renan, que já contratou advogados para representá-lo perante a Justiça Federal de Brasília.

O presidente da República Aécio Neves com todo delírio
   8 de julho de 2015   │     16:03  │  26

Brasília – A fala do senador Aécio Neves comemorando a reeleição para “presidente da República” revela muito mais que lapso de memória. Revela o desejo mórbido de chegar à Presidência da República a qualquer custo.

Na entrevista à rádio do Rio Grande do Sul, o Aécio falava sobre o PSDB e a eleição que lhe reconduziu à presidência do partido. Não dava para se confundir, exceto para quem tem em mente o golpe para invalidar o que a maioria dos brasileiros decidiu soberanamente nas urnas.

Seus asseclas alegam que a vitória da presidente Dilma, na reeleição, foi por diferença mínima como se 3 milhões de votos não definissem o desejo da maioria.

Que fosse por 1 voto apenas de diferença, isto não elimina nem diminui o desejo da maioria. Os asseclas do Aécio ignoram que 30 milhões de eleitores não foram votar no segundo turno e outros 5 milhões foram à sessão eleitoral, mas anularam o voto.

Os 30 milhões que não foram votar e optaram por pagar a multa, com certeza, não votariam no Aécio se tivessem comparecido à sessão eleitoral, assim como os 5 milhões que anularam o voto não concordavam com as duas candidaturas.

Quem sabe, os que anularam o voto moveram-se pela célebre e histórica frase do presidente-general Figueiredo, quando tentaram fazê-lo apoiar o Tancredo Neves para presidente da República na eleição indireta de 1983:

Tancredo? Never! ( nunca, jamais em inglês)

Sábio general Figueiredo, porque o que serve para o avô serve igualmente para o neto. E sábios os 51 milhões de brasileiros que salvaram o País no ano passado.

A República de Bananas e a banana à República
   7 de julho de 2015   │     17:18  │  7

Brasília – O marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República devido a uma dor de cotovelo daquelas que faz o homem cometer loucura.

E a loucura de Deodoro, com a dor de cotovelo incurável, foi trair o seu protetor esquecendo que dez dias antes havia jurado fidelidade a ele. Refiro-me a Pedro II, o maior estadista brasileiro.

Pedro II deu a Deodoro o cargo de presidente do Rio Grande do Sul, o que equivaleria hoje à nomeação de governador, sem imaginar que isto levaria Deodoro a trai-lo no dia 16 de novembro de 1889.

Sim, 16 de novembro de 1889, que é a verdadeira data da proclamação da República brasileira, mais precisamente às 14 horas,  quando Pedro II foi humilhado e embarcado à força no paquete chamado Alagoas.

Quanta ironia desta República de Bananas, não é mesmo? Alagoas!…

Deu-se o seguinte: quando estava no Rio Grande do Sul, o Deodoro se apaixonou pela quarentona Maria Andrade Neves Meireles, mais conhecida como Baronesa de Triunfo, mas esta preferiu o senador Gaspar Silveira Martins.

Isto foi em 1883.

Deodoro voltou para o Rio de Janeiro amargando a dor de cotovelo e em 1889 quando espalharam o boato de que Pedro II iria acabar com o Exército para investir e reforçar a Marinha, Deodoro se levantou pedindo a demissão de Ouro Preto, no que foi prontamente atendido.

Isto, no dia 15 de novembro. À noite, Deodoro soube que o substituto de Ouro Preto seria o senador gaúcho Gaspar da Silveira Martins e aí ficou possesso.

Na manhã do dia 16 de novembro disse a Pedro II que não aceitava a indicação e pediu para o imperador escolher outro nome; Pedro II perguntou-lhe o motivo de não aceitar a indicação de Silveira Martins e Deodoro, envergonhado, não lhe respondeu – apenas insistiu que não aceitava a indicação do senador gaúcho.

Diante da recusa de Deodoro em dizer o motivo do veto ao nome de Silveira Martins, o imperador manteve a indicação do gaúcho e, dessa forma, a República brasileira foi proclamada às 14 horas do dia 16 de novembro de 1889.

De 1889 a 2015 esta República de Bananas vem historicamente dando banana à República. E, agora, querem reverter o resultado soberano das urnas para impor à presidente Dilma a derrota que ela não obteve pela maioria dos votos livres.

A diferença é que, em 1889, foi fácil para os covardes e traidores humilharem Pedro II, cuja reação também é histórica; ao ver que estava sendo embarcado à força num paquete chamado de Alagoas, Pedro II enquadrou os sacanas:

Já que estão me levando para Alagoas, me deixem em Penedo

A República brasileira nascida de uma traição e covardia é esta que temos até hoje, com uma bandeira cujas cores verde e amarela reverenciam a Monarquia, e o slogan Ordem e Progresso repete o refrão do Positivismo de Augusto Comte.

Não é uma República que merece respeito, por certo, mas é a República que se tem. E para fazer desta vergonha uma nação ainda vai ser preciso de muita luta porque uma República que nasceu de um golpe causado por uma dor de cotovelo está condenada à instabilidade emocional.

Espera-se que a presidente Dilma reaja para que se possa proclamar a verdadeira República e sepultar este blefe do dia 16 de novembro de 1889, que a história oficial envergonhada registra como se tivesse sido no dia 15.