Monthly Archives: novembro 2014

Quem vai ganhar no 3º turno? Dilma ou Aécio?
   17 de novembro de 2014   │     9:58  │  11

Brasília – Reza o princípio constitucional brasileiro que todos nós somos iguais perante a lei, mas não é isso o que se vê na prática.

Alguém pode informar a quantas andas, ou se não anda, a operação policial e judicial sobre o mensalão tucano do PSDB?

Ou melhor: alguém pode informar se as autoridades estão apurando o mensalão tucano?

Não me parece que se possa distinguir crimes iguais, muito menos dividir a ação da justiça até porque tem lá aquele princípio constitucional segundo o qual todos são iguais perante a lei.

Digamos, então, que esse princípio só se aplica no Paraná, onde se desencadeou a “Operação Lava Jato”.

É de se sugerir que se transfira para o Paraná o caso do mensalão tucano cuja apuração e punição empacou em Minas Gerais e não há quem faça funcionar.

Todo esse imbróglio nos leva a pensar que, na verdade, se trata do terceiro turno da eleição presidencial. Se for isso mesmo é bom ter cuidado porque não se dá golpe com mandado de busca e apreensão, nem com condução coercitiva.

Até porque, até agora, o principio constitucional segundo o qual todos são iguais perante a lei tem sido apenas uma peça de retórica que não se pratica.

Na proclamação da república os paulistas pedem ditadura
   15 de novembro de 2014   │     17:00  │  23

por Aprigio Vilanova*

Hoje (15) é a comemoração pela proclamação da República. Com todos os problemas históricos que o Brasil enfrenta ainda assim devemos primar pelo aperfeiçoamento do nosso regime democrático e pelo aprimoramento continuo do nosso modelo republicano.

Mas o que assistimos desde o fim das eleições é uma parcela da população brasileira desmoralizando o pouco que avançamos nas conquistas democráticas e republicanas. Hoje em São Paulo ocorreu uma passeata pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na contramão da história os que foram as ruas em São Paulo prestam um desserviço a nação. Nos gritos de ordem dos pseudos manifestantes estão palavras como intervenção militar.

No dia em que comemoramos  a proclamação da república isto representa o atraso e a mentalidade golpista presente em setores da nossa população.

Tudo isto seria cômico se não tivesse por trás este componente trágico.

* graduando em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto – MG

Canal do Sertão ou Canal da Irresponsabilidade?
   13 de novembro de 2014   │     14:28  │  12

Brasília – O governo de Sergipe precisou de 1 terço do tempo que o projeto do Canal do Sertão se arrasta em Alagoas, para implantar o Projeto Califórnia, que irrigou o semiárido sergipano.

O que é que Sergipe tem que Alagoas não tem?

Vamos por partes:

1) Alagoas é o único Estado banhado pelo Rio São Francis que não possui irrigação no semiárido. O Canal do Sertão, que seria a redenção, ainda se arrasta e agora inundado num mar de lama antes de verter água para a produção.

2) Alagoas é o único Estado banhado pelo Rio São Francisco que suspendeu a obra de irrigação do semiárido alegando que teria de rever o projeto. E o prejuízo foi enorme.

3) O projeto do Canal do Sertão foi paralisado em 1995, e o governo do Estado na época não cumpriu a promessa de retomá-lo caso a “Comissão de Alto Nível” criada para estudar o projeto concluísse pela sua viabilidade.

4) Primeiro não precisava da tal comissão; segundo, a comissão concluiu pela viabilidade, o que não poderia ser diferente, mas o governo na época não cumpriu com a obrigação e o projeto não foi retomado.

Além do prejuízo financeiro, tem também o prejuízo econômico e social para uma região tão carente. Nenhum governo responsável e efetivamente comprometido com o desenvolvimento do Estado paralisaria uma obra de tal magnitude.

De 1995 para 2014 são 19 anos! Em apenas 4 anos o governo sergipano irrigou Canindé do São Francisco ( governo João Alves, atual prefeito de Aracaju) e com mais dois anos estendeu a irrigação para Poço Redondo.

Quando o João Alves era o governador de Sergipe eu fui a Aracaju com o empresário Luiz Carlos Barreto e o entrevistei. Eu perguntei-lhe porque em Alagoas não tinha irrigação no semiárido e ele me respondeu:

Na época eu sugeri ao governador ( de Alagoas ) fazer o mesmo do lado de lá ( de Alagoas ) com a água represada de Xingó (hidrelétrica), mas ele ( governador de Alagoas ) não se interessou.

Triste, não?!

Observem na Hidrelétrica de Xingó que, do lado sergipano, tem uma saída d´agua com quase 1 metro de diâmetro; e do lado de Alagoas, nada.

Quase 20 anos depois e o que se tem sobre a irrigação no semiárido alagoano são essas denuncias de irregularidades no projeto do Canal do Sertão. Irregularidades essas que começam com a irresponsabilidade da paralisação da obra em 1995 e se arrastam enxovalhando um Estado que jamais poderia se queixar da falta de água, porquanto tem águas até no nome.

É triste, mas é verdade.

Teimosia de Dilma irritou a Marta Suplicy
   12 de novembro de 2014   │     14:56  │  1

Brasília – Não está sendo fácil convencer a presidente Dilma de que o mercado financeiro necessita de um choque de tranquilidade, e que esse choque tem nome e filiação partidária no adversário.

Chama-se Henrique Meireles e é filiado ao PSDB.

Esse é o nome que o Lula avaliza, mas não é o nome do agrado da Dilma. Mas, entre impor as suas convicções e acalmar o mercado, ela parece que optou pela segunda hipótese, ainda que a contragosto.

A presidente, que cursou Economia, tem uma visão diferente dos que seguem a doutrina de Keines e reage a ditadura do mercado financeiro. Para uns, é uma reação inglória e para outros é uma aposta de quem não se sujeita à ditadura nunca.

Na semana passada, a presidente Dilma se reuniu com o presidente do Uruguai, José Mogica, para tratar da substituição do dólar nas relações comerciais na América Latina. Pela proposta, que reúne a Argentina e o Uruguai, a moeda a vigorar seria o peso e o real.

Nesse segundo mandato, a presidente Dilma pode estar inaugurando uma nova era no que se refere ao posicionamento econômico do Brasil. Se vai dar certo ou não, só praticando.

E é isso o que a presidente Dilma tem insistido. Ou seja: ver para crer.

E se der errado, não será por falta de aviso. Aliás, a ex-ministra Marta Suplicy, na carte com o pedido de demissão, deixou claro que fora de um nome da confiança do mercado financeiro não há salvação. E esse nome é Henrique Meireles.

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Lula e Dilma se reúnem e Dilma atende pedido do Lula
   10 de novembro de 2014   │     14:50  │  7

Brasília  – O ex-presidente Lula e a presidente Dilma se trancaram por seis horas num colóquio reservado e, finalmente, decidiram sobre a convocação de um banqueiro para compor o primeiro escalão do governo nesse segundo mandato.

O encontro foi na semana passada.

Dilma havia prometido um ministério para o governador da Bahia, Jackson Wagner, que está concluindo o mandato com o crédito de ter elegido o sucessor. Lula concorda, mas aconselhou-a também convidar um banqueiro para compor o novo governo.

E a Dilma acatou. Pelo menos, é o que se comenta na Esplanada dos Ministérios.

Tem muita gente indócil e torcendo para o pior, na expectativa de poder dar o golpe branco e afastar a Dilma – que, lembrando o Zagalo, está sendo digerida atravessada. Mas é um desejo mórbido porque não há clima para golpe, ainda que branco.

Vem aí o segundo tempo do governo Dilma e o quarto tempo do governo do PT, e isto já basta por ser inédito. Nunca, na história deste país, desde 1889, um partido conseguiu passar  tanto tempo no poder.

Quem sabe por isso se explique toda essa gente ouriçada e indócil, e que prega um golpe. Mas, golpe onde caras pálidas?