Brasília – E se os Estados Unidos imitarem o Brasil e elegerem a primeira mulher presidente da República, quem seria?

– Hilary Clinton! Gritarão unissonamente.

Então o Brasil reverteu o refrão e, agora, o que é bom para o Brasil também é bom para os Estados Unidos, é isso?

As mudanças não ficam só aí; imagino que nem mesmo na cabeça da Dilma passou algum dia a expectativa de ser eleita presidente da República.

Claro, foi por obra e graça do Lula. Mas isso agora fica como detalhe; o importante é que, pela primeira vez na história, o Brasil não veio a reboque dos Estados Unidos no que se refere as decisões políticas.

Se tal ocorrer será o caso de se registrar na história e, mais ainda, porque se algo de grave não acontecer contra com o Lula, em 2018 ele volta à presidência.

E aí, os compêndios da História brasileira terão de ser atualizados porque nunca, na história deste país, um mesmo partido conseguiu ficar 16 anos no poder, quanto mais por mais 4!

Ou 8 anos, quem sabe!

 

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Brasília – Concomitantemente com o discurso do senador Aécio Neves condicionando se sentar com a presidente Dilma, para discutir a solução dos problemas do país, à apuração das denúncias de corrupção na Petrobras, o PSDB e o PT se reuniram para fecharem o acordo sobre a CPI da Petrobras.

E sabe qual foi o acordo?

Exatamente esse: não convocar as testemunhas que iriam depor sobre a doação de dinheiro da Petrobras para o presidente nacional do PSDB, o deputado federal pernambucano Sérgio Guerra, já falecido.

Diga aí! Não seria cômico se não fosse trágico? O Aécio com toda pompa e falando grosso para fazer uma exigência que não interessa ao PSDB, porquanto o sujo não deve criticar o “mal-lavado”.

Lembrei-me da música do Renato Russo:

Parece cocaína, mas é só tristeza/ Descompasso/ desperdício/ Herdeiros somos agora/ Das virtudes que perdemos/ Há tempos tive um sonho/ Não me lembro/ Não me lembro.

Diga aí: somos herdeiros das virtudes que perdemos é demais ou não é?

E enquanto muita gente, por estrabismo ou fingimento político insiste em bater na tecla da diferença mínima de votos na vitória da Dilma, eu prefiro contar o número exagerado de eleitores que não foram votar e que atingiu a 28 milhões de pessoas.

Somados aos 5 milhões que votaram em branco ou anularam o voto atinge-se a 33 milhões de eleitores!

Para mim não importa o tamanho da vitória da Dilma; o que importa é o tamanho da fila daqueles que já não se importam mais com nada, porque esses são os herdeiros das virtudes que perdemos. Há tempos…

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Brasília – Que o senador José Sarney não estava satisfeito com o processo eleitoral no Maranhão, isto já era notório.

Que o senador José Sarney se queixava do Lula e da Dilma, também já se sabia; no Congresso Nacional era o assunto dominante na roda de cafezinho e no “fumódromo”.

Mas nada irritou mais Sarney do que a ação da Polícia Federal interceptando o avião onde estava o Lobão Filho, candidato dele ao governo do Estado, a propósito de apreender dinheiro.

Que a eleição do Flávio Dino já era esperada, também deixou de ser novidade; ainda que o Dino pertença ao PC do B, a composição que o elegeu isolou o Sarney.

Mas a vingança do Sarney foi um gesto pequeno que não se admite num político com tantos anos de estrada e um currículo que destaca a presidência da República; Sarney votou no candidato Aécio Neves e o Aécio também perdeu no Maranhão.

Foi um gesto pequeno porque o Sarney perdeu duas vezes numa mesma eleição.

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Brasília – Umas dez dúzias de eleitores do candidato Aécio Neves saudaram-no como “presidente” e aplaudiram-no no retorno ao Senado, nesta terça-feira.

Vieram em seis ônibus fretados e dizem que outra leva virá nesta quarta-feira, quando Aécio vai discursar para repetir o bordão “não vamos nos dispersar”.

Paralelamente, um grupo sinistro alimenta um golpe de estado e apela para os militares.  Dizem até que está em contato com os Estados Unidos pedindo apoio.

Se for verdade, são traidores da pátria; são excrementos que respiram e se locomovem, pois optaram por viver de quatro pés e submissos.

São os covardes que trazem no registro a nacionalidade de brasileiros e na verdade são escórias e párias de uma vergonha que eles teimam em não deixar ser uma nação.

O candidato Aécio Neves foi derrotado em Minas Gerais, o Estado que governou por oito anos e pelo qual se elegeu senador. Qual é a moral da história? Quem conhece o Aécio vota em Dilma e foi isto o que o mineiro e a maioria dos brasileiros manifestaram nas urnas.

Fala-se da diferença mínima de votos como se houvesse outra eleição com diferença máxima e como se 3 milhões de votos fosse pouco para manifestar nas urnas a vontade da maioria.

Os abutres que pelejam pelo golpe, assim como os patifes que segregam o Nordeste, vão ter que engolir atravessado.

Mas, como até nos maus exemplos se há de tirar boas lições, que pelo menos já se conhecem quem são, o que fazem, o que tramam e onde moram os abutres que insistem em colocar o Brasil novamente de quatro pés.

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Brasília – A elite paulista está indócil com o resultado das urnas e trama um golpe contra a presidente Dilma.

Nada de novo no front, para copiar o título do livro famoso.

Em 1930, os paulistas inconformados com a ascensão de um gaúcho ( Getúlio Vargas ) ao poder se disfarçaram numa falsa luta constitucionalista e tentaram o golpe armado.

Felizmente, Minas Gerais desistiu de participar da trama e São Paulo se ferrou.

Essa elite paulista podre, que não consegue sobreviver sem as tetas do governo central, age novamente como se fosse bastião da democracia.

Preconceituosa e covarde, ela ataca os nordestinos pregando o separatismo que sabe muito bem ser impossível, até porque o Nordeste só teria a ganhar.

Sim, a balança comercial do Nordeste é superavitária; o Nordeste tem petróleo, gás natural, sal-gema, álcool, açúcar, energia elétrica e solar, turismo e um potencial a ser explorado que é incomensurável debaixo e acima da terra.

Se o Nordeste fosse um país estaria importando menos de 49% do que consome e exportado mais de 51% do que o mundo necessita.

Esses paulistas falidos não atentaram ainda, mas já pensou o Brasil ser dividido, igual a esses paulistas querem, e o Nordeste se tornar independente?

O poeta já cantou isso, em tom de resposta aos que atacam o Nordeste mesmo sabendo que pregam um separatismo de fachada.

Ah, já sei. Deve ser delírio devido à sede.

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