A polícia em Brasília realizou a “Operação Tróia”, que foi reproduzida para o restante do país pela televisão. O objetivo era combater o tráfico de drogas.

Chamou-se “Operação Tróia” porque a polícia usou um caminhão baú, de mudança, para colocar a tropa e surpreender os “traficantes”.

Uma operação bem bolada, sem dúvida, mas o resulto foi pífio. E foi pífio porque as 60 pessoas presas e que a polícia aponta como traficantes, na verdade, não são traficantes propriamente ditos.

Esse é o grande problema e deve servir para sociedade entender o motivo de a polícia prender traficantes todos os dias, e o tráfico não se acaba nunca. É que, de ordinário, não são traficantes.

Essa confusão que a polícia faz entre “avião” e traficante tem protegido o verdadeiro traficante – que tem se livrado da prisão.

Não dá para entender como traficante um meliante que é preso com 10, 20, 30 ou 100 pedras de crack. Ainda que a legislação os enquadre como traficantes, não os são.

O jornalista Marcelo Godoy, do jornal “O Estado de S Paulo”, publicou uma matéria sobre o recenseamento que o PCC – Primeiro Comando da Capital – realizou para contar os seus integrantes em todo o país, e também na Bolívia e no Paraguai, para onde se expandiu.

Atenção, muita atenção alagoanos! No censo 2013 do PCC, divulgado pelo jornalista Marcelo Godoy, Alagoas já ocupa o 8º lugar no ranking dos estados com o maior número de integrantes do PCC.

Em Alagoas existem 226 integrantes do PCC e, desses, 165 estão presos e 61 soltos.

Pela ordem a lista é a seguinte:

Em 1º lugar está São Paulo, com 7 mil e 800 integrantes do PCC e, desses, 1 mil e 800 estão soltos.

Em 2º lugar vem o Paraná, com 626 integrantes do PCC e, desses, 81 estão soltos.

Em 3º lugar vem o Mato Grosso do Sul, com 558 integrantes do PCC, dos quais 89 estão soltos.

Em 4º lugar é Minas Gerais, com 252 integrantes do PCC, dos quais 81 estão soltos.

Em 5º lugar vem a Bahia com 250 integrantes do PCC, dos quais 102 estão soltos.

Em 6º lugar vem Santa Catarina, com 243 integrantes do PCC, dos quais 72 estão soltos.

Em 7º lugar é o Rio Grande do Norte, com 242 integrantes do PCC, dos quais 61 estão soltos.

E em 8º lugar vem Alagoas, com 226 integrantes do PCC, dos quais 165 estão presos e 61 soltos.

Pelo menos no quesito violência, Alagoas desbancou todos os demais estados nordestinos, com exceção apenas da Bahia e do Rio Grande do Norte.

Alagoas é o oitavo estado brasileiro com o maior número de integrantes da facção criminosa conhecida como PCC e o terceiro no Nordeste.

Estamos bem nesse quesito e devemos avançar ainda mais.

Detalhe: o PCC é uma facção criminosa esperta e tem como prioridade trabalhar subornando autoridades, principalmente policiais.

Organizados, o PCC recomenda aos filiados que mantenham um caixinha de no mínimo 1 milhão de reais que servem para os casos de “emergência” – que, trocando em miúdos, significa uma reserva monetária para gastar com os advogados e a justiça.

Pensando bem, Alagoas tem os piores indicadores sociais do país e a surpresa seria se isto não refletisse para essa estatística negativa do crime. Hoje o Estado é o oitavo colocado, mas tem tudo para se aproximar do primeiro colocado no ranking do PCC.

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Até trocarem tiros, os militantes da Rede da ex-senadora Marina Silva e do PSB do governador pernambucano Eduardo Campos vivem assim entre tapas e beijos técnicos, ou seja, nada  sensuais.

A ida da Marina para o PSB foi o casamento da cobra d´agua com o jacaré. Serão muitos em embates e os atritos até o meio do ano que vem, e tudo para se definir o que já se tem como certo – que é a retirada da candidatura de Campos à presidência.

O governador pernambucano não alcançou a dimensão nacional que a Marina já alcançou graças a sua atuação no PT e à candidatura presidencial com a qual formou o estoque de 20 milhões de votos.

Campos precisa de mais visibilidade para a empreitada nacional e Marina já tem essa visibilidade. Para não correr o risco de ser apenas coadjuvante e se desgastar, o governador pernambucano já entendeu que precisa cancelar em 2014 o seu plano de vôo.

E o mesmo ocorre com o senador Aécio Neves, o terceiro no ranking sucessório. Para Aécio, é  aconselhável não insistir na candidatura à presidência e deixar que o José Serra se queime definitivamente e nunca mais seja-lhe empecilho dentro do PSDB.

Está assim, nesse pé, a disputa sucessória. E enquanto se mantiver assim, a presidente Dilma se sentirá confortável e a reeleição só depende dela.

O casamento do jacaré com a cobra d´agua que marcou a união da Marina ao PSB tem prazo de validade, assim como os pleitos de Serra no PSDB. Para Campos e Aécio só resta esperar a troca de tiros, o divórcio e o recuo resignado de quem tentou ser e não conseguiu por sucessivas derrotas.

Ou seja: Campos e Aécio decidiram esperar o cavalo selado porque, o que está à porta neste momento, é cavalo de índio.

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O senador Fernando Collor advertiu sobre os riscos do uso da “maquiagem financeira” nas contas do Estado, e que é feita para se tentar enganar os bancos.

– O governador pediu ao secretário da Fazenda que maquiasse os números e o secretário maquiou, mas o banco descobriu a maquiagem e negou o empréstimo. Aí, sabe o que o governador fez? Entrou na Justiça e obteve uma liminar para conseguir o empréstimo.

– E se a liminar for cassada?

– Pois é. O governador disse que o Ronaldo (Lessa) deixou um rombo de 500 milhões de reais, mas sabe qual é o rombo que o governo Téo já promoveu até agora? Só para você ter ideia em dezembro deste ano o rombo do governo Téo chegará a 4 bilhões de reais com esse empréstimo obtido mediante liminar. É impagável!

– O próximo governador, então, vai receber uma herança maldita?

– Sem dúvida. O próximo governador vai administrar uma massa falida. Como o Estado não pode falir será preciso muito trabalho, muito esforço e muito conhecimento em Brasília para amenizar a crise.

– E o governo federal não tem ajudado?

– É incrível! O governador é do PSDB, mas eu nunca vi o governo federal, que é do PT, mandar tanto dinheiro. É muito dinheiro que tem vindo, e o pior é que o Estado acaba perdendo parte desse dinheiro por falta de projeto, por incompetência e por irresponsabilidade.

– Como o senhor vê o quadro eleitoral em 2014?

– Em nível nacional, a ex-senadora Marina Silva será candidata a presidente da República pelo PSB…

– E o governador Eduardo Campos?

– Pode ser o vice ou disputar a vaga no Senado. Mas a candidata a presidente é a Marina. Do mesmo modo, o senador Aécio Neves não será candidato; o candidato a presidente pelo PSDB será o José Serra.

– E em Alagoas?

– Em Alagoas, para o governo do Estado, é o Renan, mas o Renan pode lançar o Renanzinho e aí terá de haver outra definição em torno do nome do Renanzinho. Tem ainda o Benedito de Lira, que é candidato, eu mesmo já perguntei a ele várias vezes e na última vez ele não entendeu bem o que eu perguntei e reagiu como quem diz assim: eu não já disse que era candidato! Então, temos aí o Benedito de Lira, o Renan e o Nonô.

– E o PT como fica nessa composição.

– O PT fará eleição este ano para o diretório e tudo indica que o Paulão ( deputado federal ) será eleito presidente. Mas o PT não vai se coligar com o PMDB. Acho até que o PT poderá também lançar candidato próprio ao governo, em Alagoas.

– E a economia? Qual a previsão que o senhor faz para a economia alagoana?

– Infelizmente vamos enfrentar um período muito duro. O setor sucro-alcooleiro está passando por uma crise sem precedente e essa crise é causada por fatores como a queda da produtividade, o esgotamento das áreas de plantio fora das encosta, a falta de investimento e a corrida por novas áreas planas no Centro-Oeste. Quando a lei que proíbe as queimadas de canaviais entrar em vigor, aí os problemas vão se agravar. Usinas tradicionais que  chegavam a moer 1 milhão de toneladas de cana viram a produção cair para 600 mil toneladas.

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Por unanimidade de votos, a quinta turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que a amante ou concubina não tem direito à pensão.

A peleja judicial teve origem no Rio de Janeiro e tramita em sigilo, mas conseguimos saber que se trata da amante de um militar já falecido que comprovou o concubinato por 30 anos.

A amante alegou que está doente e precisa de ajuda financeira, e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região deu-lhe ganho de causa.

A esposa  do militar contestou e a peleja veio para o STJ decidir, e decidiu esta semana. Criou-se uma expectativa grande em torno do assunto, porque a decisão do STJ firma jurisprudência e existes milhares de processos idênticos tramitando pelo país.

PARA ENTENDER

O Tribunal Regional Federal decidiu favorável  à amante baseado em que “o estado civil do casado não impedia a concessão de benefício à concubina juntamente com a esposa, desde que comprovadas a existência de união estável e a relação de dependência econômica da amante”.

E a amante comprovou.

O processo chegou ao STJ para decidir e o ministro Jorge Mussi foi indicado para relator. E decidiu contra o pedido da amante baseado, segundo ele, na Constituição Federal de 1998 e a edição das demais leis disciplinadoras do tema.

Para o ministro, não existi  identidade entre união estável e concubinato, bem como entre companheira e concubina. Mussi disse que os efeitos jurídicos advindos da união estável e da relação de concubinato são distintos, sendo impossível a concessão dos direitos da união estável à concubina.

Em seguida, o ministro lembrou decisões  do Supremo Tribunal Federal e do próprio STJ, segundo as quais  “a proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato”.

-“A união estável pressupõe a ausência de impedimentos para o casamento, ou, pelo menos, que esteja o companheiro separado de fato, não podendo ser conferido status de união estável à relação concubinária concomitante a casamento válido”, citou o ministro Jorge Mussi.

Pronto! Terminou a peleja para o sossego das esposas e a frustração das amantes.

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Ainda que capado em 2 terços, pois existem destaques a serem apreciados, o programa Mais Médico passou.

Depois de Osvaldo Cruz, com a sua cruzada imunológica de salvação nos primórdios da República, o programa Mais Médico lançado pela presidente Dilma é o mais importante da história da saúde pública brasileira desde o descobrimento em 1500.

Nunca se viu nada igual.

E porque nunca se viu nada igual, é por isso que se têm essas reações contrárias. E a reação não é apenas da classe médica tradicional; na sessão de ontem da Câmara ficou comprovado que a direita mais retrógrada do país também é contra.

A classe médica tradicional é contra porque o programa Mais Médico significa a ruptura do “status quo”, que pratica a medicina mercantilista, segundo a qual saúde tem quem dinheiro tem.

Ou seja: a saúde é produto do dinheiro.

Com o programa Mais Médico, a presidente Dilma rompeu esse laço absurdo e colocou na porta da casa do brasileiro sem dinheiro para comprar saúde, o médico que ele não tinha direito porque não tem dinheiro para pagar a consulta.

Surge, com a presidente Dilma, a medicina social, algo inédito na história do país. Nunca, na história deste país, se viu nada igual ao programa Mais Médico.

Entende-se perfeitamente a reação da classe médica tradicional, porquanto o rompimento desse “status quo” significa perdas, mas quanto à reação da direita retrógrada trata-se de uma recaída saudosista que data da época da guerra fria.

A direita retrograda que tentou barrar a votação do programa Mais Médico, na Câmara, teme especialmente os médicos cubanos – que, para a direita, são guerrilheiros que vão fazer a cabeça da população da periferia e do interior.

Essa direita retrógrada esquece de que essa população que é alvo da assistência médica por parte dos médicos estrangeiros é a mesma que historicamente foi segregada e discriminada pela medicina mercantilista.

São os sobreviventes da desgraça planejada.

Chega a soar como hilária a declaração do presidente do Conselho Federal de Medicina, afirmando que “a preocupação agora é com os direitos humanos”.

Que direitos humanos, cara pálida? Mais de 500 anos se passaram e ninguém nunca se preocupou com o direito do povo pobre à saúde, e só agora essa preocupação tardia e oportunista é revelada?

Se não fosse trágica, tal declaração seria mesmo hilária.

Ah, e quanto aos médicos cubanos, se preparem porque eles vão dar uma lição de medicina social que ninguém jamais assistiu. E tudo por um salário real de no máximo 2 mil e 500 reais, para trabalhar onde ninguém nunca quis ir – ainda que recebendo dez vezes mais.

Lembro-me agora daquela música que o MPB-4 gravou em espanhol e que diz mais ou menos assim:

Me gustan los Estudiantes

( Eu gosto dos estudantes)

Que marchan sobre las ruinas,

(Marchando sobre ruínas)

Con las banderas en alto

(Com as bandeiras no alto )

Son químicos y doctores,

( Eles são químicos e médicos )

Cirujanos y dentistas.

( Cirurgiões e dentistas )

Caramba y zamba la cosa,

( Caramba a coisa samba )

Vivan los especialistas!

( Viva os especialistas! )

 

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