Brasília – Antes tarde do que nunca, é verdade.
O cantor e compositor Lobão, o artista do golpe, finalmente viu que estava entrando numa roubada, ao apoiar o que de mais podre, retrogrado e imoral existe no país – que são esses defensores do golpe que saem às ruas gritando fora Lula, fora Dilma e fora PT.
Antes de se penitenciar e escrever uma carta, publicada na sua página na Internet, pedindo desculpas aos artistas Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque de Holanda, o Lobão sentiu na pele o desprezo da parte sadia da sociedade.
E o fato se deu, exatamente, em Curitiba, a sede da trama golpista, quando o Lobão foi obrigado a cancelar um show por falta de público. Para o artista, a ausência de público é o atestado da falência da sua arte.
Lobão engrossou o movimento golpista e declarou apoio ao candidato a presidente Aécio Neves. Era o suicídio profissional; imagine alguém pedindo voto para Aécio Neves e, pior, imagine esse alguém sendo um artista e conclua o valor ínfimo da sua arte.
A carta do Lobão tem vários componentes. Por ser extensa e também porque está à disposição na Internet, não dá para reproduzi-la, mas logo no inicio demonstra o ressentimento, a fraqueza e a inveja de um homem descontrolado.
Caetano, Gil e Chico são maiores tanto na arte quanto na conduta moral e, obviamente, não levaram em consideração os ataques sofridos vindos do Lobão. Mas, o Lobão com certeza deve rever a sua posição porque, como vovó já dizia, quem com porcos se mistura farelo come.