Monthly Archives: setembro 2015

O dilema de Dilma e o conselho do Joaquim Levy
   8 de setembro de 2015   │     22:15  │  2

Brasília – Logo após proclamarem a República, em 1889, os monarquistas tiveram de encontrar a solução para o problema da carência de indústrias e de um mercado interno ávido.

Aí, o ministro da Fazenda, Rui Barbosa, apresentou o plano: vender ações e com o dinheiro financiar a indústria da República recém proclamada.

O plano era economicamente correto, mas descambou para o primeiro escândalo da República brasileira – que ficou conhecido por Encilhamento.

Foram milhões de ações vendidas e quando se descobriu que muitas delas eram fictícias, ou seja, as empresas emissoras das ações não existiam, só deu tempo para o Rui Barbosa correr do País.

Ficou o rombo monumental.

A República começou assim: sem Filosofia, porquanto foi proclamada por um monarquista e, pior, devido a uma dor de cotovelo; e com a economia manchada por um escândalo monumental.

Pode-se afirmar sem medo de errar que não há nada que se faça hoje, que alguém não tenha feito antes nessa República criada devido a uma dor de cotovelo.

A única diferença é que, pela primeira vez desde 1889, a República da dor de cotovelo finalmente conheceu o período mais longevo da sua história.

Então é normal a resistência da elite, que está inquieta e torcendo para a presidente Dilma se ferrar.

Para agravar as agruras, o governo insiste em desconsiderar o que o Congresso Nacional diz.

O governo precisa aprender que, sem o apoio do PMDB, não governa. E o PMDB tem a proposta uníssona no partido, que foi apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. A proposta implica em cortes na própria carne, que o governo hesita em fazer.

São 39 ministérios, mas o governo está enfrentando resistência para extinguir os 10 que prometeu. Ao mesmo tempo o governo terá de demonstrar que está reduzindo despesas, antes de propor aumentar as despesas dos outros.

O impasse da Dilma é o impasse que o Rui Barbosa viveu como ministro da Fazenda de uma República nascida de uma dor de cotovelo, ou seja, impregnada de ressentimentos.

O Rui Barbosa optou por patrocinar o primeiro escândalo financeiro da República, talvez porque acreditasse que se pode fazer mágica com a economia.

E a presidente Dilma atravessa as turbulências da Operação Lava Jato, onde têm os que acreditaram que poderiam fazer mágica com a economia indefinidamente.

O impasse que a Dilma se encontra é fácil de resolver. Mas ela nunca irá resolver se continuar ouvindo o ministro do Gabinete Civil, Aloísio Mercadante, como a palavra final.

O que o governo está propondo agora em doses homeopáticas, foi o que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, propôs fazer numa só dose exatamente para não provocar as reações que vem provocando.

A revolta dos bonecos
   7 de setembro de 2015   │     14:17  │  24

Brasília – Como já era esperado, os bonecos do Lula e da Dilma desfilaram no dia 7 setembro à revelia dos organizadores do desfile cívico-militar.

Alguém pode perguntar: por que o boneco do Lula, se o Lula é o ex-presidente?

Porque a oposição tem tanto medo do Lula em 2018, que o melhor é mirá-lo agora apostando no desgaste.

Mas, e se o desgaste se reverter?

A esperança de poder dar o golpe e derrubar o governo legitimamente eleito persiste, apesar dos avisos de setores importantes da nação contrários ao golpe – que se esconde na proposta do impeachment.

Se eu fosse o Lula adotaria o boneco e como a roupa de presidiário é o desejo mórbido da oposição, poderia despi-la argumentando que o desejo de vê-lo preso é a raiva por ter assistido a classe baixa e a classe média baixa.

Para a elite ariana preconceituosa, é um horror ter de se sentar ao lado de pretos e pobres numa poltrona de avião.

Imagina a ofensa! …

Revertendo a situação com o boneco do Lula, o Lula bem que poderia alardear daqui pra frente que eles querem prendê-lo para acabar com os programas sociais e entregarem a Petrobras ao capital estrangeiro.

Até quando o ministro Levy vai desistir de desistir?
   5 de setembro de 2015   │     22:52  │  7

Brasília – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ameaçou não ir à reunião do G-20 em Ancara, na Turquia. É notório o desconforto do ministro da Fazenda no relacionamento com o governo.

Levy não faz parte do chamado “núcleo duro” do governo e ao dizer que o ministro continua firme e forte, a presidente Dilma tenta disfarçar a real situação.

E a real situação é que o ministro da Fazenda continua firma, mas forte não.

As propostas que Levy apresenta para o ajuste da economia, de ordinário, são sempre modificadas por esse núcleo que cerca a presidente e se impõe sobre ela.

Esse núcleo é capitaneado pelo ministro do Gabinete Civil, Aloisio Mercadante, que não tem espaço no Congresso Nacional e tem prejudicado o governo.

Mas a presidente insiste em manter Mercadante, mesmo sabendo que ele é o estorvo do governo.

O ministro Levy é um banqueiro aposentado com 114 mil reais mensais e não precisa dos pouco mais de 30 mil reais mensais que recebe como ministro.

Só para lembrar, o Levy fez o programa econômico do candidato Aécio Neves, na disputa pela Presidência da República, e o que propõe à Dilma é o mesmo que proporia para o Aécio.

O ministro da Fazenda acabou viajando à Turquia e lá anunciou “um imposto temporário” que, sem duvida, tem por objetivo substituir a CPMF.

O chamado “núcleo duro” do governo Dilma tem sido o “inimigo íntimo” que contribui para aumentar as tempestades, quando deveria trabalhar pela calmaria.

O ministro Levy desistiu de sair, mas pode ser que na próxima vez ele desista de desistir.

Por que os pixulecos do Aécio não são investigados?
   3 de setembro de 2015   │     15:42  │  37

Brasília – A empreiteira Odebrecht, a mesma que está na mídia devido à Operação Lava Jato, doou dinheiro para a campanha do senador Aécio Neves à presidência da República e o dinheiro não foi declarado à Justiça Eleitoral.

A denúncia está há uma gestação de mulher na Procuradoria-Geral da República sem que se saiba quando será apurada ou se será apurada. A pergunta que se faz é: por que não se apura a denuncia contra o Aécio Neves?

Por que a denúncia contra o Aécio Neves não teve a mesma velocidade imposta à denúncia contra o ex-ministro José Dirceu?

Nove meses parece ser tempo mais do que suficiente para investigar a veracidade da denuncia contra o Aécio, até porque está tudo dentro do mesmo rolo de irregularidades, exceto se o foco da apuração exclua os tucanos e os protejam com a blindagem de privilégio exclusivo à impunidade.

Há mais de 1 ano que a Operação Lava Jato está em curso e todo esse tempo já é mais do que suficiente para se concluir pelos dolos e pelas inocências. A demora em colocar o ponto final só aumenta as suspeitas sobre a real finalidade da operação e, sobretudo, o real objetivo.

Ou seja, encontrar a qualquer custo e por qualquer meio como atingir o Lula e impedi-lo de disputar a eleição em 2018. Só assim se pode entender o motivo de os “pixulecos” do Aécio Neves não terem sidos investigados ate agora.

Os números que os golpistas escondem
   2 de setembro de 2015   │     23:52  │  5

Brasília – Os números não mentem, mas podem ser manipulados ou escondidos. No caso do noticiário sobre o déficit nas contas públicas no Brasil o esconderijo foi escancarado – e ainda assim a mídia golpista o manteve oculto.

Na verdade, disfarçou-o com a notícia do crescimento das exportações.

No clima golpista entende-se perfeitamente a omissão dos números das contas públicas, mas eles já estão circulando por aí como complemento da matéria que a mídia manipuladora escondeu.

O déficit nas contas públicas brasileira em relação ao PIB ( Produto Interno Bruto ) é de 0,5%, conforme se alardeou como manchete. Mas, e o déficit nas contas públicas dos Estados Unidos em relação ao PIB norte-americano é de quanto?

É de 2,4%!

Quanto?

Dois virgula quatro por cento!

E na Espanha, qual o déficit das contas públicas em relação ao PIB espanhol é de quanto?

É de 5,8%.

E no Reino Unido é de quanto?

É de 5,2%.

E em Portugal?

É de 4,5%.

E na França, qual é o déficit nas contas públicas?

É de 4% do PIB.

Caramba…e na Itália?

Bem, a Itália tem um déficit de 3% nas contas públicas em relação ao PIB italiano.

E no Brasil, com o déficit de 0,5% nas contas públicas em relação ao PIB, isso dá manchete é? No clima golpista entende-se perfeitamente, mas acreditem que eles podem esconder os números internacionais indefinidamente.