Brasília – O dia 16 será o “Dia D” para a oposição golpista e, para o governo, será o dia que vai ser definitivamente sepultado o cadáver das urnas da eleição presidencial passada.
O protesto convocado para o dia 16, já se sabe, vai reunir a mesma elite, mas não no número do primeiro protesto realizado em março e abril, em datas de triste memória nacional, porque lembram a ditadura instalada no dia 1º de abril de 1964.
Contra o que é mesmo que eles vão protestar no dia 16?
Contra a presidente Dilma Rousseff ou contra a volta iminente do Lula em 2018?
Contra a crise não é porque a crise é internacional e como o Brasil faz parte do mundo, obviamente, que está sendo atingido assim como Portugal, Espanha, França, Itália…
E os Estados Unidos e a China, igualmente afetados. Isto, sem falar na Grécia, que quebrou.
Dir-se-á que o protesto é contra o desemprego. Mas, o desemprego é mundial, com Dilma ou sem Dilma as consequências são inevitáveis. Mente quem diz que poderia fazer diferente.
Afinal, o protesto do dia 16 é contra o quê e quem?
É contra o negro que obteve direitos historicamente lhe negado? É contra a empregada doméstica que ganhou direitos historicamente surrupiados? É contra a igualdade que garantiu ao negro se sentar na poltrona do avião ao lado da elite ariana? É contra o Programa Mais Médicos, que trouxe para o Brasil os sacerdotes da Medicina, que operam milagres e vivem exclusivamente da saúde e não da doença?
Ou é contra o ensino universitário público que se expandiu?
Finalmente, o protesto do 16 é contra o quê mesmo?
Felizmente, as vozes sensatas da nação já redirecionaram os seus gritos em defesa da estabilidade política. A elite ariana, que age irresponsavelmente porque acredita que pode retroagir e extinguir as conquistas sociais obtidas nos últimos 12 anos, continua sonhando com o golpe e acreditando que de tanto as madames baterem panelas poderá reverter o resultado soberano das urnas.
Ledo engano. A elite ariana nem panela sabe bater!
Mas, vão assim mesmo às ruas no dia 16. Só um detalhe: não vale bater panela nos bairros chiques da elite ariana, nem nas sacadas e janelas dos apartamentos chiques.
Quanto à classe média baixa e a classe pobre, estas não batem panelas porque as panelas estão ocupadas com o arroz e o feijão que, nunca, na história deste país, abundou tanto nos lares brasileiro.