Salvo do perigo e do mal, que seria a eleição do Aécio Neves, o Brasil agora tem que apertar o cinto. É natural que isto se faça devido à conjuntura internacional – e que ninguém venha afirmar que as adversidades são exclusivas do Brasil.
É natural que se queira colocar a culpa no governo, mas não é de todo justo; o governo cometeu erros, é verdade, mas as causa – e não a causa – da crise são diversas e independes dos erros que o governo tenha praticado.
O momento é de apertar o cinto, e não é apenas para o Brasil. Na Grécia, por exemplo, a situação é caótica; a Venezuela e a Argentina enfrentam turbulências e a Espanha, que tanto se empedernia para reagir aos visitantes que se comunicam na língua nativa, hoje se esforça para entender todos que a visitam porque não pode prescindir da grana do turista.
Aperta o cinto implica em adotar medidas antipáticas, mas nada que não se fizesse qualquer que fosse o presidente eleito.
É preciso estancar a sangria do erário e acabar com a farra. Apertar o cinto não significa negar o discurso, mas apenas cumprir com a praxe que a idiossincrasia do eleitor exige e não é apenas o eleitor brasileiro.
É o eleitor em geral.
Isto posto, e salvo o Brasil do mal, é preciso decolar. Mas, antes, é preciso apertar o cinto.