Monthly Archives: janeiro 2015

Livre do mal, agora é apertar o cinto
   7 de janeiro de 2015   │     17:42  │  5

Salvo do perigo e do mal, que seria a eleição do Aécio Neves, o Brasil agora tem que apertar o cinto. É natural que isto se faça devido à conjuntura internacional – e que ninguém venha afirmar que as adversidades são exclusivas do Brasil.

É natural que se queira colocar a culpa no governo, mas não é  de todo justo; o governo cometeu erros, é verdade, mas as causa – e não a causa – da crise são diversas e independes dos erros que o governo tenha praticado.

O momento é de apertar o cinto, e não é apenas para o Brasil. Na Grécia, por exemplo, a situação é caótica; a Venezuela e a Argentina enfrentam turbulências e a Espanha, que tanto se empedernia para reagir aos visitantes que se comunicam na língua nativa, hoje se esforça para entender todos que a visitam porque não pode prescindir da grana do turista.

Aperta o cinto implica em adotar medidas antipáticas, mas nada que não se fizesse qualquer que fosse o presidente eleito.

É preciso estancar a sangria do erário e acabar com a farra. Apertar o cinto não significa negar o discurso, mas apenas cumprir com a praxe que a idiossincrasia do eleitor exige e não é apenas o eleitor brasileiro.

É o eleitor em geral.

Isto posto, e salvo o Brasil do mal, é preciso decolar. Mas, antes, é preciso apertar o cinto.

Os traidores da Petrobras estão voltando…
   5 de janeiro de 2015   │     2:02  │  31

A cobiça pela Petrobras é antiga, assim como a luta pelo petróleo no Brasil. A tática inicial foi negar a existência de petróleo, até a descoberta da primeira jazida e que levou o Monteiro Lobato a proferir a célebre frase:

– Sinto vontade de afogar neste poço ( de petróleo ) todos aqueles que negaram a existência de petróleo no Brasil.

E, obviamente, entre os que negavam a existência de petróleo estavam os brasileiros capachos e traidores. A lei que criou a Petrobras foi apresentada e homologada graças à luta dos patriotas brasileiros reforçados pelo movimento estudantil capitaneado pela UNE.

E passados todos esses anos, não dá para baixar a guarda porque a cobiça internacional se renova e se reforça com o apoio dos maus brasileiros – que também se renovam iguais a erva daninha.

A tática agora é enfraquecer a Petrobras; a cobiça internacional ainda não digeriu, e dificilmente vai digerir, o fato de a engenharia brasileira ter desenvolvido a tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas, o que nos garante o sucesso da exploração no Pré-sal.

A memória curta nacional já deve ter esquecido que o presidente Fernando Henrique Cardoso tentou mudar o nome da Petrobras. E qual o objetivo da mudança?

Pois é, qual o objetivo?

Na campanha presidencial vimos e ouvimos o candidato Aécio Neves dizer que “iria realizar mudanças” na Petrobras e isto, para o brasileiro efetivamente patriota, soou como uma gravíssima ameaça considerando o que o FHC fez com a Companhia Vale do Rio Doce e as Telecomunicações – que foram entregues a preço de banana.

Isto, sem falar na gravíssima ameaça contra o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.

Os inimigos da Petrobras não ensarilharam as armas; os inimigos da Petrobras não vão desistir e, por isso, é bom ficar atento para essa campanha contra a empresa e que segue a tática de enfraquecê-la moralmente, para em seguida conquistá-la.

É preciso explicar que as dificuldades atuais têm origem na tática de se enfraquecer a Rússia e o Irã, através da redução drástica do preço do barril do petróleo, e nada tem a ver com a situação interna da empresa.

A quem interessa enfraquecer a Petrobras a gente sabe, só não entende como pode existir brasileiro quinta-coluna.

Livre do mal, amém, o Brasil da cara da Dilma
   2 de janeiro de 2015   │     16:35  │  19

A composição ministerial neste segundo mandato da presidente Dilma é a cara da Dilma.

A senadora Marta Suplicy não gostou, e isto já é um bom sinal.

Cinco dos quase 40 ministros foram escolhidos diretamente pela Dilma, sem a interferência de ninguém.

Aliás, a aposta mais contundente dela foi a indicação da senadora Kátia Abreu, a musa do agronegócio brasileiro e a inimiga número 1 que a ala radical do PT elegeu eternamente.

Antes da posse, e quando ainda se imaginava que a escolha de Kátia Abreu era apenas especulação, a presidente ou presidenta encarou a reação contrária com a determinação dos velhos tempos da luta armada.

Dilma foi à solenidade do agronegócio que homenageou a líder e agora ministra, e em seguida foi à manifestação da ala petista contrária a indicação.

Encarou com altivez e depois de ouvir as queixas reafirmou: a escolha era irreversível. Isto aconteceu bem antes do Natal, em Brasília, e de nada adiantou a gritaria e o quebra-quebra.

Infelizmente não dá para enxugar os ministérios, mas qualquer que seja o presidente não faria diferente; mente quem diz que vai reduzir os ministérios.

Se o fizer, não governa.

Livre do mal, amém, o Brasil caminha como melhor não poderia caminhar nesse segundo mandato presidencial.