Brasília – A saúde é um direito de todos e um dever do Estado. É isso o que diz a lei, mas nem tudo que a lei diz se pode praticar.
A saúde pública é um caos nacional e os planos de saúde, que esfolam os clientes, agem na sua maioria na contramão do segurado – que nem sempre tem o que precisa.
A justiça acumula várias ações contra os Planos de Saúde Privados e é possível que alguns dos reclamantes morram antes de a decisão judicial sair.
Já há casos de pacientes e reclamantes que morreram antes de serem finalmente atendidos como desejavam e, obviamente, tinham o direito.
É difícil encontrar alguém com plano de saúda privado, e para o qual paga caro, que não se queixe da falta de atendimento decente.
As reclamações se avolumam e ninguém consegue estancá-la; nem o governo resolve o problema, nem a justiça tem impedido a repetição dos problemas e das queixas.
É o caos geral.
No Sistema Único de Saúde morre-se às vezes à míngua e no Sistema de Saúde Privado morre-se de raiva, de tédio, de desprezo.
O que era para ser um serviço especial destinado aos privilegiados que podem dispensar o SUS virou um pesadelo.
A dúvida atroz, tipo “será que vou ser atendido”, e que se restringia à saúde pública, é hoje também a dúvida de quem pagou o plano privado de saúde na expectativa de ser atendido.
Poderíamos indagar: quem está satisfeito com o Plano de Saúde? Ou então: a saúde é um direito consagrado na Constituição ou não?