por Aprigio Vilanova*
Temas não faltam para o arranca-rabo verbal, os escândalos envolvendo os candidatos são muitos, como também foram muitos os silenciamentos desses escândalos por parte da mídia.
Dilma, por ser governo, está na vitrine há quase quatro anos e como bem sabemos a campanha midiática contrária a presidente e ao PT foi e continua sendo sucessiva.
O problema é que os telhados de Aécio e de Marina não suportam as pedras que existem para serem lançadas. Os escândalos onde os protagonistas são os tucanos ou os correligionários de Marina ficam na invisibilidade.
No caso de Aécio Neves é preciso explicar o helicóptero apreendido com 450 quilos de pasta base de cocaína, a construção do aeroporto nas terras de seu tio-avô, são alguns exemplos. Já com Marina Silva a cada dia surge um novo fato.
As explicações sobre o avião que matou o presidenciável Eduardo Campos não convenceu ninguém. Marina nem mesmo obteve um mandato no executivo e para explicar o caso do avião de Campos se utilizou da retórica de que não sabia de nada.
O “eu não sabia” é cultural na política brasileira, é o álibi mais utilizado por nossos políticos. Mas que estória é essa de terceira via, de um novo modelo de fazer política que Marina insiste em propagar?
A terceira via é a autonomia do Banco Central, para a festa especulativa dos bancos privados; o superavit primário sempre no teto da meta, bem ao gosto do Banco Mundial; e para engrossar o caldo entra em cena, pela primeira vez, o fundamentalismo religioso evangélico.
*é estudante de Jornalismo da Universidade federal de Ouro preto – MG