Monthly Archives: setembro 2014

Mal começou e já não sabe de nada
   6 de setembro de 2014   │     19:57  │  9

por Aprigio Vilanova*

Temas não faltam para o arranca-rabo verbal, os escândalos envolvendo os candidatos são muitos, como também foram muitos os silenciamentos desses escândalos por parte da mídia.

Dilma, por ser governo, está na vitrine há quase quatro anos e como bem sabemos a campanha midiática contrária a presidente e ao PT foi e continua sendo sucessiva.

O problema é que os telhados de Aécio e de Marina não suportam as pedras que existem para serem lançadas. Os escândalos onde os protagonistas são os tucanos ou os correligionários de Marina ficam na invisibilidade.

No caso de Aécio Neves é preciso explicar o helicóptero apreendido com 450 quilos de pasta base de cocaína, a construção do aeroporto nas terras de seu tio-avô, são alguns exemplos. Já com Marina Silva a cada dia surge um novo fato.

As explicações sobre o avião que matou o presidenciável Eduardo Campos não convenceu ninguém. Marina nem mesmo obteve um mandato no executivo e para explicar o caso do avião de Campos se utilizou da retórica de que não sabia de nada.

O “eu não sabia” é cultural na política brasileira, é o álibi mais utilizado por nossos políticos. Mas que estória é essa de terceira via, de um novo modelo de fazer política que Marina insiste em propagar?

A terceira via é a autonomia do Banco Central, para a festa especulativa dos bancos privados;  o superavit primário sempre no teto da meta,  bem ao gosto do Banco Mundial; e para engrossar o caldo entra em cena, pela primeira vez, o fundamentalismo religioso evangélico.

*é estudante de Jornalismo da Universidade federal de Ouro preto – MG

Se o Mala faia, a Marina silva
   5 de setembro de 2014   │     11:18  │  16

Brasília – Quem pensava que já tinha visto de tudo numa campanha eleitoral, com certeza  está revendo a conclusão precipitada.

Nada é mais bizarro do que a candidata Marina Silva, cuja candidatura é lastreada pelo Itaú com a benção de um pastor.

Esperem! Mas a Marina não é contra o agronegócio e defende a volta ao transporte por bonde puxado a burro?

Brincadeirinha; era tudo para enganar os incautos.

Pelo visto conseguiu; afinal, se o Itaú está no ranking dos maiores bancos privados do país, nada mais surpreende se é capaz de tornar válida uma nota de 3 reais.

Na possibilidade de a Marina se eleger presidente a dúvida é a quem vai trair primeiro: se o pastor Silas Malafaia ou o Itaú?

Sim, porque ambos são movidos a dinheiro dos fieis correntistas.

O casamento do judeu com o protestante
   3 de setembro de 2014   │     21:21  │  6

por Aprigio Vilanova*

A campanha presidencial este ano está mesmo movimentada. Tudo se transformou após a queda do avião que resultou na morte do candidato Eduardo Campos e mais seis pessoas. Esse episódio transformou a campanha eleitoral, e até o momento ainda não foi explicado.

O tabuleiro político já estava posto, mas com a morte de Campos entra em cena Marina Silva. O desejo de Marina Silva era fundar o seu partido Rede Sustentabilidade e concorrer a eleição, mas não conseguiu a tempo para a disputa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou a criação da Rede por falta das assinaturas exigidas pela legislação. Com esse problema no caminho de Marina a solução foi se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e compor como vice-presidente a chapa de Campos.

A cada dia surge uma novidade na campanha de Marina Silva. Sabemos, e isto está mais que claro, que o caminho da política econômica e social do programa de Marina é mesmo para ficar preocupado. Superávit primário no teto, autonomia do Banco Central, são alguns nortes das propostas econômicas que deixam o sistema financeiro bastante feliz.

Para engrossar o caldo entra em cena o eleitor evangélico, um fator que pela primeira vez pode ser determinante em uma eleição presidencial. O eleitorado protestante representa cerca de 25 por cento do total de eleitores e o que Marina menos quer é desagradar os pastores.

A aliança em massa de pastores neopentecostais e da bancada evangélica revela o quão é complexa essa maquiagem de terceira via proposta. Marina propõe o casamento do neoliberalismo com o Neopentecostalismo. É o casamento do judeu com o evangélico, o que não faz o amor.

*é estudante de Jornalismo da Universidade federal de Ouro preto – MG

 

A vitória de Renan e o complexo do vira-lata
   2 de setembro de 2014   │     18:09  │  4

Brasília – O senador Renan Calheiros despiu-se por um instante da condição de presidente do Congresso Nacional e esqueceu a pauta extensa de votação no esforço concentrado do Senado, que se iniciou nesta terça-feira, para dar a notícia mais importante para Alagoas desde quando caparam 27 mil quilômetros quadrados de Pernambuco para criar o Estado em 1817.

Como um Estado cujo nome remete ao predomínio da água; como um Estado que os franceses já sabiam que tinha um porto seguro natural e daí adotaram uma praia para escoar o pau-brasil levado sorrateiramente à Europa; como um Estado que, na II Guerra Mundial, deu suporte às tropas aliadas que brigavam na África e ofereceu a opção natural para avião amerissar com segurança poderia ficar fora dessa corrida pelos estaleiros?

Sem dúvida, era incompreensível.

Eu tive a oportunidade de acompanhar essa luta desde o inicio, inclusive com a chance de entrevistar o empresário German Efromovich, o poderoso magnata judeu-polonês baseado na Colômbia e no Brasil, dono da AVIANCA e que agora se expandiu para Luxemburgo porque está a um passo de comprar a TAP – Transportes Aéreos Portugueses.

Foi no estaleiro dele, o EISA, no Rio de Janeiro, a convite do governador Téo Vilela, que pude saber da sua história de sucesso. Efromovich nos contou que sobrevoou uma área no litoral de Coruripe,  e se surpreendeu com a topografia natural favorável à construção de um estaleiro.

Essa primeira área foi descartada pelo IBAMA e o projeto empacou. Foi preciso o senador Renan Calheiros entrar de sola para evitar que o projeto fosse transferido para Pernambuco, que não se contentou com o estaleiro que tem e queria levar o de Alagoas.

Foram anos de luta de bastidores, onde se inclui também os agouros dos maus alagoanos com “complexo de vira-lata” torcendo contra.

A notícia da concessão da licença ambiental é a vitória de uma guerra de bastidores onde os inimigos estavam fora e dentro do Estado, e os piores inimigos são os íntimos, ou seja, os conterrâneos que torcem contra; que não sabem reconhecer porque a inveja é maior que a razão e maior até mesmo que o compromisso patriótico.

Vencemos. Apesar de você que torce contra vencemos e apesar de você amanhã será outro dia em Alagoas. Vamos ver agora o jardim florescer novamente.

A Marina não mudou; a verdadeira Marina se revelou
   1 de setembro de 2014   │     11:55  │  15

Brasília – A candidata Marina Silva esteve reunida às portas fechadas – hermeticamente fechadas – com os empresários do agronegócio em São Paulo.

A não se sabe o que foi debatido, mas pelos semblantes dos empresários do agronegócio está tudo bem pois existe de fato duas Marina.

Não há, pois, o mínimo risco de a Marina realizar o que promete e o mercado já sabe disso, até porque a Marina é financiada pelo Banco Itaú e banqueiro não financia o inimigo.

Mas a candidata está sendo obrigada a se revelar bem antes do que imaginava; o calculo inicial é para ela se apresentar por inteiro só após ser eleita, devido a reação do agronegócio ela foi obrigada a confessar que o que diz em relação ao setor é apenas “da boca pra fora”.

E não poderia ser diferente; só o inocente pueril acredita no que a Marina diz.

Eu acredito na Marina assim como acredito em Papai Noel; ela com um saco cheio de esperança e milagres, e ele com o saco cheio de presente para todos indistintamente.

Agora seja!

Todavia, eu imaginava que a Marina iria pelo menos disfarçar a metamorfose; o encontro sigiloso com o agro negócio em São Paulo surpreendeu pela velocidade e a cara de pau.