A vitória de Renan e o complexo do vira-lata
   2 de setembro de 2014   │     18:09  │  4

Brasília – O senador Renan Calheiros despiu-se por um instante da condição de presidente do Congresso Nacional e esqueceu a pauta extensa de votação no esforço concentrado do Senado, que se iniciou nesta terça-feira, para dar a notícia mais importante para Alagoas desde quando caparam 27 mil quilômetros quadrados de Pernambuco para criar o Estado em 1817.

Como um Estado cujo nome remete ao predomínio da água; como um Estado que os franceses já sabiam que tinha um porto seguro natural e daí adotaram uma praia para escoar o pau-brasil levado sorrateiramente à Europa; como um Estado que, na II Guerra Mundial, deu suporte às tropas aliadas que brigavam na África e ofereceu a opção natural para avião amerissar com segurança poderia ficar fora dessa corrida pelos estaleiros?

Sem dúvida, era incompreensível.

Eu tive a oportunidade de acompanhar essa luta desde o inicio, inclusive com a chance de entrevistar o empresário German Efromovich, o poderoso magnata judeu-polonês baseado na Colômbia e no Brasil, dono da AVIANCA e que agora se expandiu para Luxemburgo porque está a um passo de comprar a TAP – Transportes Aéreos Portugueses.

Foi no estaleiro dele, o EISA, no Rio de Janeiro, a convite do governador Téo Vilela, que pude saber da sua história de sucesso. Efromovich nos contou que sobrevoou uma área no litoral de Coruripe,  e se surpreendeu com a topografia natural favorável à construção de um estaleiro.

Essa primeira área foi descartada pelo IBAMA e o projeto empacou. Foi preciso o senador Renan Calheiros entrar de sola para evitar que o projeto fosse transferido para Pernambuco, que não se contentou com o estaleiro que tem e queria levar o de Alagoas.

Foram anos de luta de bastidores, onde se inclui também os agouros dos maus alagoanos com “complexo de vira-lata” torcendo contra.

A notícia da concessão da licença ambiental é a vitória de uma guerra de bastidores onde os inimigos estavam fora e dentro do Estado, e os piores inimigos são os íntimos, ou seja, os conterrâneos que torcem contra; que não sabem reconhecer porque a inveja é maior que a razão e maior até mesmo que o compromisso patriótico.

Vencemos. Apesar de você que torce contra vencemos e apesar de você amanhã será outro dia em Alagoas. Vamos ver agora o jardim florescer novamente.

COMENTÁRIOS
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  1. jose antonio dos santos

    Seria melhor o blogueiro nada comentar!. Isso é um projeto de engôdo por tudo que já foi publicado. O senho acredita que o empresário não está falido!, procure, faça pesquisa das suas empresas!.

  2. Há Lagoas

    Sabe o quanto eu o considero e respeito, mas, em se tratando deste embrolho chamado Estaleiro Enor, não é isso o que se fala sobre o presidente do senado e seu amigo incomum.
    Oxalá você esteja certo Bob, e tudo não passasse de intriga da oposição e de uma imprensa sulista preconceituosa…
    Quem sabe Calheiros e Collor não tenha o direito do beneficio da dúvida?
    Quem dera o nosso pobre e desqualificado Estado não tivesse representantes disposto a lutar para nos tirar do atraso.
    Como eu gostaria de acreditar nisso Bob, de qualquer forma, esta história não acaba aqui, ainda tem muita água para passar por debaixo da ponte…
    Torço pelo Enor, e por Alagoas…

  3. Amigo do Povo

    O Boliviano levou um cano danado da PDVSA (lembra a viagem de negócios do lula; lembra a refinaria do lula e chaves em recife ?). O estaleiro do Boliviano na Ilha do Governador não esta pagando salários em dia e o de Niteroy (com y) tambem não vai bem. ALém disto, o Boliviano neste tempo todo, não absorveu tecnologia nenhuma, e é mero contrutor de cascos. Vamos pagar para ver o fundo de marinha mercante (dinheirinho suado) ir para novas obras do endividado (pô o BNDES não precisa de aval ?).

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