Brasília – Um Ode à banana que jogaram no campo no momento do Daniel Alves cobrar o escanteio:
– Olhe a banana Nanica, olhe a banana Maça. Olhe a banana Ouro e a banana Prata; olhe a banana da Terra, Figo e São Tomé. Olhe a banana D´Agua.
A banana foi trazida da Ásia, mas se adaptou muito bem no Brasil. Em Alagoas, por exemplo, tem o Vale da Pelada em União dos Palmares que abastece Maceió e Recife.
A banana é tão significativa no Brasil que em Alagoas incorporou-se à Geografia; em Viçosa virou até nome de localidade: Bananal.
A banana é fibra e vitamina, e também é adjetivo. Por exemplo: quando queremos amenizar a definição de escroque então dissemos que “fulano é um banana”.
Poderíamos dizer que fulano é “um filho da p…” e nos contentamos em dizer que “é um banana”.
Até pra isso a banana serve.
Também chamamos a dinamite de banana, é verdade, mas isto se dá pela semelhança do traçado; é diferente do homem banana que, de ordinário, é um escroque.
E quando nos enchem o saco o que fazem? Damos uma “banana”.
Formando um ângulo reto com um dos braços e batendo no antebraço com a outra mão, a gente envia a “banana” para o oponente esteja ele presente ou ausente – não importa; o que importante é a “banana”.
A banana é tudo isso. É alimento e, para nós brasileiros, é também descarga.
Sim, ou melhor, Yes, nós temos banana pra dar e vender. E os Estados Unidos e a União Europeia estão aí para comprar porque descobriram que a banana é vitamina que engorda e faz crescer.
Banana in natura ou frita, em forma de vitamina ou doce, já faz tempo que a banana deixou de ser exclusividade do macaco.
Mas, pensando bem, é fácil entender a reação do torcedor espanhol; a Espanha está vivendo do passado numa Europa que já descobriu que não tem mais graça nenhuma assistir touros serem imolados na arena.
Yes, nós temos bananas e macacos.