Quando o CSA entrava em campo. Faz tempo, ó!
   6 de setembro de 2013   │     18:00  │  0

Primeiro ele se chamou de Floriano Peixoto em homenagem ao seu criador, de igual nome e um halterofilista que era sobrinho do marechal que ficou conhecido como “de ferro”.

Floriano Peixoto Futebol Clube, que estreou num campo que havia no Farol onde hoje é a Praça do Centenário e venceu por 2 a 1.

Mas depois virou CSA.

O Centro Sportivo Alagoano ganhou um terreno do industrial e benemérito Gustavo Paiva e se instalou no Mutange, onde fez história. E quantas histórias.

Foi o primeiro time de futebol alagoano a “exportar” um jogador para o “Sul Maravilha” e daí para a seleção brasileira que pela primeira vez foi campeã do mundo.

Infelizmente, como é a idiossincrasia do alagoano ter inveja eterna do conterrâneo que faz sucesso, o Dida não tem nenhuma homenagem para ele nem no Estado natal, nem no CSA.

O CSA foi também o primeiro time no Nordeste a “exportar” um diretor de futebol. Trata-se do coronel Nilo Floriano Peixoto, sobrinho neto do fundador do time, e que no final da década de 1960 se tornou dirigente do Corinthians paulista.

Isso mesmo; de presidente do CSA para diretor do Timão, um feito que vai demorar muito para deixar de ser inédito.

O CSA já chegou a vender todo o trio principal da sua defesa para o Náutico de Recife. O goleiro Lula, o lateral Gernan e o zagueiro-central Zé Luiz. E o Lula foi o goleiro daquele Náutico que encantou o Brasil com Nado, Bita, Salomão, Nino, Vicente, Fraga, Lala…

O Lula foi vendido depois para o Corinthians paulista e foi titular do Timão.

Em troca, o Náutico mandou para o CSA um ataque completo saído da sua base: Deda, Neco, Jair e Fernando. Desses quatro, dois ficaram: Deda e Jair, e este último foi jogar na Colômbia e por lá ficou.

Tem ainda: Tonho Lima, que foi para o São Paulo; o Arcanjo, que foi para o América de Rio Preto; o Paranhos, que também foi para o São Paulo; e o Machado, que foi para o Galícia da Bahia.

Tempo bom quando o CSA era o CSA do Roberto Mendes, que fazia de tudo no clube; até técnico foi. Tempo do Clóvis; do Silvio Mário, que jogava com a elegância de um Falcão; o Erick, o Charuto, o Ratinho, o Duda, o  Giraldo, o Canhoteiro, o Chumbinho, o Jurinha, o Sinval, o Tadeu…

E tinha também os que vieram do CRB: o goleiro Batista, os zagueiros Bernardo e Chita, o volante Paulo Nylon e até o Canhoto – que fazia gol como quem faz cesta no basquete.

E os gaúchos: Ênio Oliveira, Maurício, Djair, Torino, Luiz Felipe; os cariocas Pinga, Paulo Sérgio, Wendel, Cyro, Rommel e Nei Conceição.

Até o Ditão, zagueiro do Flamengo!

Zé Galego, Flávio, Boleado, Zé Claudio, Marinho, Deda, Carlinhos, Paulo Patriota, Ítalo, Bewilson, Neu, Eromir, Orizon, Gereba, Bibiu, Manoelzinho, Jorge Siri, Chico, Peu, Otávio,  Batoré, Soareste,  Zé Preta…

Seu Antônio e dona Maria!

Dá saudade, mas é bom saber que o CSA já foi um time um dia! E, quem sabe, tornará a sê-lo outro dia desse…