Monthly Archives: junho 2013

Até o sururu foi embora para Sergipe. Aí, égua…
   7 de junho de 2013   │     10:05  │  2

É da favela não, nêga Juju/

Nasceu no rancho/

Na terra do sururu/

Já foi assim e não é mais; a terra do sururu agora é Sergipe. Não sei se é praga ou castigo, mas faz tempo que Alagoas está perdendo de goleada para o vizinho ao Sul – que é menor em tamanho, mas tem uma responsabilidade política de fazer inveja.

A Lagoa Mundaú, que até o começo da década de 1970 era o hectare mais produtivo do país, agora é a grande fossa de Maceió assoreada por dejetos e excremento humano.

Em 1968, a Fundação Estudos do Mar, do Ministério da Marinha, registrou que a Lagoa Mundaú produziu 12 toneladas de sururu por hectare, o que na época equivaleu a 24 vezes a produção de proteína bovina no Rio Grande do Sul.

Mas de lá para cá veio a derrocada e hoje a maior parte do sururu que se consome em Alagoas vem de Sergipe.

Quer dizer: Sergipe irrigou o semi-árido primeiro, atraiu mais empresas e atraiu também o molusco cujo habitat formado pelo complexo Mundaú era o mais propício.

Era.

Talvez cansado do descaso e sufocado pela poluição, o sururu se mudou para Sergipe e no lugar de beber água do rio Mundaú, que deságua na lagoa do mesmo nome, bebe agora a água do Vaza-Barris.

É interessante como as coisas boas se completam e premiam a todos, quando há responsabilidade, competência, honestidade e interesse. E também amor e patriotismo.

Em Sergipe, as duas forças políticas que estão no poder são antagônicas. O atual governador Marcelo Déda é do PT e o atual prefeito de Aracaju, João Alves, é do DEM.

Pois bem. Em 2005 era o inverso: Alves governador e Déda prefeito. Eu viajei com o empresário Luiz Carlos Barreto para entrevistar o governador João Alves e perguntei como ele, na condição de adversário do prefeito, tinha resolvido o impasse para a urbanização da orla de Atalaia.

E o então governador João Alves explicou que o projeto de urbanização previa apenas 30 barracas padronizadas na orla e havia lá 60 barraqueiros, que se recusavam a se retirar. Foi ai que ele procurou o prefeito e deixando de lado as divergências políticas propôs a solução – que o Marcelo Déda topou na hora.

Seguinte: o governador ofereceu 2 mil e 500 reais a quem quisesse sair. Dos 60 barraqueiros, 45 aceitaram a grana e desocuparam a área.

E assim o então prefeito petista, com a ajuda do adversário do DEM, pode tocar a obra na orla de Atalaia.

Daí, a resposta para a pergunta sobre o que Sergipe tem que Alagoas não tem pode estar na culinária tradicional alagoana – que migrou.

Ora, se o sururu que só precisa de lama e 0,3% de sódio para se desenvolver optou pela lama do vizinho do Sul, quem é que vai duvidar que nem a lama do Norte presta mais?

Os 4 tribunais e o recado de Renan
   6 de junho de 2013   │     17:58  │  1

Os 4 novos tribunais e o recado de Renan

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, fez as contas e anunciou que os quatro novos tribunais federais vão custar R$ 8 bilhões por ano.

E disse mais:

Disse que a aprovação dos novos tribunais se deu de forma “sorrateira” e já antecipou o seu voto, no caso de o Supremo Tribunal Federal ser questionado.

-“A iniciativa para a criação de tribunais deve ser sempre do Poder Judiciário, jamais do Legislativo” – sustenta o presidente do STF.

E o senador Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, colocou mais pimenta no prato ao apontar “erros graves de forma” no projeto.

Segundo Renan, o texto que veio da Câmara Federal para o Congresso e que foi aprovado ontem na ausência dele não é o mesmo que o Senado mandou à Câmara.

Renan está em Lisboa na sua primeira viagem oficial como presidente do Senado e se recusou a colocar a proposta em votação.

Mas não pode impedir que o seu substituto legal na direção do Congresso Nacional o fizesse e de forma açodada.

O deputado federal André Vargas é do PT do Paraná, um dos quatro estados beneficiados com a criação desses novos tribunais. Renan chegou a adverti-lo sobre os erros, mas Vargas disse que mesmo assim iria colocar o projeto em votação.

O temor do senador Renan é de que alguém recorra ao Supremo Tribunal Federal, que já tem outra visão sobre o projeto e que é esposada pelo ministro Barbosa – que é a origem da proposta, que deve caber só ao Judiciário.

Mas de todo esse imbróglio, o que mais tem chateado as associações dos magistrados e a própria OAB nacional foi a declaração do presidente do Supremo – de que os novos tribunais servirão apenas para dá emprego a juízes e advogados.

Sobre o custo dos quatro novos tribunais, até agora apenas o deputado federal André Vargas se pronunciou para contestar o cálculo do ministro Joaquim.

-“Sete bilhões e meio (de reais) por ano custa toda a Justiça Federal no país, nas três instâncias. O máximo que ( os 4 novos tribunais ) vai custar é dez por cento disso aí ( R$ 7,5 bilhões), o que daria setecentos e cinquenta milhões ( de reais) por ano” – sustentou Vargas.

PS – Entre 9 e 10 horas estamos na Rádio Gazeta, com o Rogério Costa, com mais informações exclusivas direto de Brasília. De segunda à sexta. Desde já agradecemos a audiência.

PT em Alagoas espera pelo PMDB do senador Renan
     │     10:17  │  1

Pode retirar da chuva o cavalo, porque na eleição em 2014 o PT em Alagoas só quer mesmo duas coisas: manter o mandato do deputado federal Paulão e as cadeiras na Assembleia Legislativa.

Só uma voz destoa desse plano. É a voz do professor Ricardo Coelho, que insiste em lançar candidaturas majoritárias.

Coelho rebate a argumentação da direção do PT, de que o importante é se manter a base nacional de apoio a presidente Dilma. Mas em vão.

O deputado Paulão desconversa, mas o certo é que o PT espera muito mais pelo senador Renan Calheiros e o seu PMDB do que pela adesão dos filiados.

Até mesmo o deputado Judson Cabral ensarilhou as armas e embarcou nessa nau para salvar o barco petista em 2014.

Ou seja: que pelo menos o PT mantenha o que conquistou até agora, e tudo isso graças a essa aliança da base de sustentação nacional.

O problema é que o prestígio do PT alagoano na direção nacional do partido é proporcional as suas ações.

Diferentemente do PT em Sergipe, Pernambuco, Ceará, Bahia e Piauí, onde o partido já experimentou o gostinho de ser poder.

Dilma manda endurecer com índios que colaboram com os inimigos
   5 de junho de 2013   │     14:11  │  4

Por trás do movimento ambientalista e das manifestações de índios na Amazônia estão: a Igreja Católica e as seitas evangélicas, que viraram pragas.

A religião sempre vem à frente ou ao lado do invasor. Aliás, a crença no deus único não se deu por questão religiosa, mas como esforço de guerra.

Antes a humanidade era politeísta e isso dificultava o país vencedor da guerra, porque os deuses que ele cultuava não eram os mesmos deuses do país dominado – que perdeu a guerra.

Um cara chamado Zaratustra, também conhecido como Zoroastro, resolveu o problema 800 anos antes de Cristo ao impor a crença no deus único – que, segundo ele, é o princípio do Bem e do Mal.

É natural, portanto, que a religião na Amazônia esteja pavimentando a estrada para o invasor.

O que incomoda é saber que têm brasileiros contribuindo e ajudando ao inimigo, seja por convicção de quem é traidor ou por serem inocentes úteis.

E entram aí os índios, uns por serem carentes e fáceis de serem manipulados, e outros por serem safados mesmo.

Sim, porque índio é gente e gente tem de todos os tipos e caráter.

Sobre a floresta amazônica já disseram de tudo. Antes diziam que era o pulmão do mundo, mas aí descobriram que se trata de mentira deslavada e fácil de ser desmascarada.

Se a floresta amazônica fosse o pulmão do mundo, metade da população do mundo já teria morrido asfixiada porque à noite o vegetal libera gás carbônico.

A Amazônia está se desenvolvendo com projetos agropecuários, aí apareceu uma ONG de punguistas dizendo que o arroto do boi está provocando o aumento do buraco na camada de Ozônio.

Bandos de pilantras.

É pilantra quem diz e é pilantra quem acredita em buraco na camada de Ozônio!

Pense na felicidade que senti quando assisti no Jô Soares a entrevista de um jovem cientista e professor da USP, cujo nome não me recordo, sobre a floresta amazônica.

-“Não é a floresta (amazônica) que atrai a chuva e sim a chuva que atrai a floresta”.

Claro, essa verdade não interessa aos ambientalistas – cuja maioria que conheci é de punguistas e cínicos.

Chove todos os dias em Belém; é comum se marcar encontro em Belém para “depois da chuva”, que se precipita todos os dias entre 17 e 18 horas.

Todos os dias!

Isso porque o vento que sobra do Sul leva as nuvens pesadas para o Norte. Imagine que a evaporação d’ água na barragem de Sobradinho, no sertão baiano, faz chover na floresta amazônica.

Os índios Terenas são manipulados por esses patifes. A Igreja Católica defende os interesses dos predadores europeus e as seitas evangélicas defendem os interesses dos predadores norte-americanos.

Na rodovia que liga Boa Vista a Manaus tem um trecho de mais ou menos 200 quilômetros que ninguém pode trafegar depois das 18 horas, porque os índios não deixam.

E não por coincidência esses índios são “fiéis” desses religiosos. Não sei o motivo de a proibição para o trafego ser entre 18 e 6 horas da manha, mas desconfio de que é nesse período que se pratica o tráfico, a pilhagem e o roubo das riquezas nacionais.

Contra a hidrelétrica de Belo Monte já houve manifestação em Paris e Nova Iorque – imagine só!

E agora eles estão usando os índios, que já passaram do limite. A presidente Dilma mandou endurecer com os índios e está certíssima. Mas tem que endurecer mesmo. Chega de comissão para negociar a crise.

O problema desses índios não é mais apito nem diálogo.

Não é apenas uma, ou duas ou três hidrelétricas que devem ser construídas na região. São dezenas!

E tem de ser construída a qualquer custo, com índio ou sem índio.

Ninguém quer preservar floresta coisa nenhuma! O que eles querem é manter a região no atraso e no marasmo para poderem traficar, pilhar e roubar sem serem vistos. Quanto mais escuro, melhor.

Eles agem em nome de Deus para engordar o Satanás. O índio não quer a hidrelétrica, mas quer hospital, celular, computador, camionetes de luxo, avião, barco a motor e o mais que a tecnologia oferece como comodidade.

Sim, porque já se disse, o índio também é gente e gente tem necessidades que precisam ser atendidas.

Já morreu um índio. Lamentável. Mas o país não pode se curvar diante desse inimigo oculto que ensina ser a floresta amazônica “patrimônio internacional”.

Daí, em nome da soberania nacional tudo o que o governo fizer para defendê-la é valido. Afinal, inimigo é inimigo, seja de batina, terno ou tanga.

PS – De segunda a sexta-feira, entre 9 e 10 horas, com o Rogério Costa ou o Fernando Palmeira, nós estamos na Rádio Gazeta AM comentando sobre os assuntos mais importantes do dia que estão sendo discutido no Congresso Nacional.

Deputado do PT propõe mudança na Lei da Ficha Limpa
   4 de junho de 2013   │     14:41  │  5

Está vindo da Câmara Federal para o Senado o projeto do deputado federal Cândido Vaccarezza, ex-líder do PT, que altera a Lei da Ficha Limpa.

Pelo projeto, o prefeito mesmo com as contas condenadas pelo Tribunal de Contas só se tornará inelegível se a Câmara referendar a decisão do TC.

Ou seja: competirá à Câmara Municipal dizer se o prefeito pode ou não se candidatar à reeleição ou a outro cargo qualquer.

O projeto se baseia no fato de as contas dos prefeitos estarem subordinadas à apreciação dos vereadores e não dos conselheiros do TC.

Filosoficamente está correto, mas o projeto é um desastre.

De ordinário, as Câmaras Municipais demoram para apreciar as contas; e demoram muito mais ainda para apreciar a decisão do Tribunal de Contas.

Isto leva à conclusão de que, na prática, um prefeito sem maioria numa legislatura pode adquirir maioria na legislatura seguinte e aí obter a aprovação das suas contas.

Há os que são contrários ao projeto, mas os que são favoráveis trabalham num silêncio que perturba.

Trocando em miúdos: o deputado Vaccarezza corre para aprovar o projeto, que pode passar.