Monthly Archives: maio 2013

Benedito de Lira coloca outro grilo na cabeça do Téo
   15 de maio de 2013   │     14:02  │  6

O senador Benedito de Lira colocou mais um grilo na cabeça do governador Téo Vilela, em relação à eleição em 2014.

Benedito avisou que é candidato a governador.

O governador sabe que isso implica na cisão da sua base, o que lhe fragiliza na disputa pela única vaga no Senado – que ele vai disputar com o senador Fernando Collor.

E como quem já está em campanha, Benedito tem feito críticas à gestão do prefeito Rui Palmeira, embora o vice-prefeito seja seu sobrinho.

Aos mais próximos, Benedito tem se referido ao prefeito Rui como “o menino” e aposta que sua gestão não vai dar certo.

Ou melhor: não será marcada por obras de vulto, capaz de torná-lo “cabo eleitoral” em 2014.

Mas o senador Benedito não quer disputar o governo na condição de oposição a presidente Dilma, daí preferir que o apoio do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vá para outro candidato – que, pela ordem, é o vice-governador José Thomaz Nonô.

Enquanto o governo se debate nesse problema interno, com risco de cisão na base, a oposição tem trabalhado em silêncio.

Em Santana do Ipanema, os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor fizeram a festa; eles foram os astros de um encontro que reuniu todos os prefeitos e vereadores da região, mais alguns agregados.

Quem viu a recepção a Renan e ao Collor teve a sensação de que já estava em 2014. Renan prefere não comentar agora sobre a candidatura ao governo, e Collor já se assumiu candidato à reeleição.

Em 2014, estarão juntos Renan, Collor, Ronaldo Lessa e Cícero Almeida. Contra o PSDB que deverá ir às urnas rachado na base de sustentação ao governo, se Benedito de Lira ou o vice-governador Nonô não cederem no desejo de disputar o governo.

Eu também tenho medo dos médicos cubanos
   14 de maio de 2013   │     9:28  │  16

O Brasil vai contratar 6 mil médicos cubanos. Não há dúvida de que os médicos cubanos são excelentes profissionais; não há dúvida que a educação em Cuba é modelo e a Medicina cubana, apesar do boicote, é referência mundial.

Mas eu tenho medo.

Como diz o grande e desaparecido Belchior:

Eu tenho medo de estar por fora e de estar por dentro. Eu tenho medo de abrir a porta…/ Medo meu boi morreu e o que será de mim? Mando buscar outro lá no Piauí…

Pois é, tenho medo. Em Brasília tem muitos cubanos, e muitos vivendo ilegalmente e adquiriram vícios que mostram o acerto de outro gênio da música, o Gilberto Gil, quando diz que a raça humana é um “fim de semana, um trabalho de Deus”.

E sendo assim – e é assim – somos iguais na tentação da carne. Outro dia o dono das lanchonetes da UnB estava conversando no Alexandre´s Bar, na 703 Norte, sobre o funcionário dele, um cubano, que mandou 200 dólares para os pais em Havana.

O portador foi outro cubano, que não entregou os 200 dólares.

Ih…pegou a mania de alguns brasileiros?!

Não, não se trata de mania e sim da carne fraca que é igual porque somos produtos de “um fim de semana de Deus”.

O meu medo em relação aos médicos cubanos é que eles também se contaminem e esqueçam a disciplina, o compromisso, a responsabilidade e a eficiência com que marcaram as suas vidas pessoais e profissionais na Ilha.

Em Brasília é onde existe a maior proporção de médicos por habitantes, no país. São quase 5 médicos para cada grupo de 1 mil habitantes. Mas, apesar dessa proporção e dos altos salários que recebem, faltam médicos.

Outros dão um jeito de ganhar até 70 mil reais por mês, mas é difícil de encontrá-los nos hospitais públicos porque eles também trabalham no mesmo horário em hospitais privados ou têm consultórios.

O medo que eu tenho é que os 6 mil médicos cubanos aprendam a malandragem, gostem, e repassem para os seus colegas em Cuba essa prática. Aí, vai perder o Brasil e vai perder a doutrina de Fidel.

Em tempo: os 6 mil médicos que virão para o Brasil – e sejam bem-vindos – fazem parte do lote de 500 mil funcionários públicos cubanos que o governo teve de demitir, porque a máquina estatal não suportava mais mantê-los.

Que sejam bem-vindos! Repetimos.

Mas que eu tenho medo que eles se contaminem com a malandragem, isso eu tenho.

Será o Nonô ou será o Benedito?
   13 de maio de 2013   │     10:29  │  11

Para não precipitar o racha na base aliada, o governador Téo Vilela deixou que espalhassem que ele não será candidato a cargo algum em 2014.

Ou melhor: é candidato a concluir o mandato.

O principal porta-voz dessa informação é o deputado federal Givaldo Carimbão, mas por mais que se esforce não tem convencido.

– “Eu não acredito” – reagiu o senador Fernando Collor.

Na condição de principal adversário de Vilela na disputa pela única vaga no Senado, Collor prefere ver na informação de Carimbão mais uma jogada do governador.

E como não acredita no que Carimbão anda espalhando, o senador Fernando Collor não tem perdido tempo.

O plano de Collor é juntar o grupo formado por ele, o senador Renan Calheiros, o ex-governador Ronaldo Lessa, e os ex-prefeitos Luciano Barbosa e Cícero Almeida.

Do lado do governo, o problema que Vilela tem nas mãos mexe com as vaidades e as oportunidades.

Por exemplo: o vice-governador José Thomaz Nonô e o senador Benedito de Lira se consideram na fila, com a oportunidade que dificilmente vai se repetir.

Nonô terá a caneta de governador por 6 meses, se Vilela disputar o Senado; e Benedito tem mais quatro anos de mandato no Senado – o que lhe dá a condição de franco atirador.

Do lado de lá, ou seja, pela oposição, o nome é do senador Renan Calheiros – que também é franco atirador e tem o apoio da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

Do lado de cá, ou seja, pelo governo, além de ter de resolver o problema e escolher entre Nonô e Benedito, o governador ainda depende do rumo que o governador pernambucano Eduardo Campos vai tomar.

O poder miraculoso da jurubeba, segundo Gilberto Gil
   12 de maio de 2013   │     0:10  │  0

Em 1974, acho que no mês de maio, o Gilberto Gil veio fazer um show em Maceió e fui entrevistá-lo para a GAZETA.

Na condição de fã que tem todos os discos dele, o que me chamou a atenção foi a música “Jurubeba”, composta no vinil que ele gravou com o Jorge Ben – que ainda não era Benjor.

Lembrava-me o meu tio Olivério, pai do meu primo-irmão Ailton Vilanova, que me mandava colher jurubeba para ele mascar. E me mandava fazer o mesmo.

– “É bom para o fígado”. Dizia meu tio impedindo que refugasse aquela massa verde suculenta. “Engula, engula” – insistia ele.

Eu perguntei ao Gilberto Gil o motivo de ele ter composto a música e ele me disse – e eu registrei na matéria – que foi “um discurso de agradecimento à jurubeba”, por ter-lhe curado.

Gil disse que estava em Aracaju para um show e foi acometido de um sério problema intestinal, que os remédios alopatas não curavam. Já estava decidido a cancelar o show quando a camareira do hotel lhe trouxe um chá de jurubeba.

Santo remédio.

E o Gil compôs: “Juru,juru,juru…jurubeba. Beba, beba, beba chá de jurubeba. Tudo que é de bom pro “Figueiredo” e que se beba, feito vinho, feito chá, em licor ou infusão, jurubeba, jurubeba, planta nobre do sertão.”

Por “figueiredo” entenda-se o fígado.

O post é ainda a propósito daquele “doutor” que apareceu no Fantástico negando o poder miraculoso do limão, do alho e do mel.

Eu entendo o “doutor”, mas não acredito em nada do que ele disse. O limão, o alho, o mel, a jurubeba são santos remédios. E tem poder miraculoso sim, “doutor”. E como tem!

Índios tem terra demais, na terra dos traidores da pátria
   11 de maio de 2013   │     14:14  │  3

Volta e meia alguém fustiga os índios para que eles parem as obras de construção da barragem de Belo Monte, no Pará.

Quem conhece a região sabe que, por trás dos índios, tem sempre uma ONG ou um missionário evangélico – ou ambos.

Sob o falso pretexto de defender a natureza, as ONGs se tornam em biombos dos interesses estrangeiros na Amazônia; e sobre o falso pretexto de levá-los ao céu, esses missionários entorpecem a cabeça dos nossos índios.

O pior é que eles contam com o apoio de brasileiros, uns no papel de inocentes úteis e outros por convicção traidora mesmo.

O caso está tão sério, que as autoridades brasileiras já alertaram para os perigos que essas ONGs e esses missionários representam.

Na rodovia que liga Boa Vista a Manaus, por exemplo, depois das 18 horas não passa ninguém sem a autorização dos índios manietados por missionários.

Quem quiser passar tem que obter o salvo-conduto. Trata-se de um território brasileiro sobre o qual o Brasil não tem controle algum.

É conhecida a frase daquele almirante espanhol, sobre a proposta do rei da Espanha de enviar missionários religiosos para ajudarem na ocupação das terras invadidas na América.

Onde não há ouro, não precisa de missionário.

E se há tantos missionários religiosos atuando na Amazônica a conclusão é imediata: tem ouro por lá; tem riquezas que estão sendo pirateadas iguais ao que se fez com o pau-brasil.

Não dá, pois, para acreditar nos bons propósitos dos índios. O que se pretende, na verdade, é manter a região às escuras porque assim fica mais fácil roubar e piratear.

O índio na Amazônia tem terra demais. O resto é discurso de traidor.