O final de semana serviu para adiantar a pitada do clima no qual a eleição de 2014 vai transcorrer no que se refere à disputa pela presidência da República.
Ao mesmo tempo em que o senador Aécio Neves assumia a presidência do PSDB e se consolidava como candidato tucano à sucessão de Dilma, em 12 estados dava-se a corrida à Caixa Econômica para o saque ao Bolsa Família.
Alguém havia espalhado que o Bolsa Família ia acabar.
Imagina! O Bolsa Família é o resultado da ideia do PSDB, que os governos do PT lapidaram e ampliaram. É a senha pela qual se controla o eleitorado carente e mais fácil à cooptação.
Acabar com o Bolsa Família, a esta altura, é o mesmo que provocar o estouro da boiada no curral eleitoral, mas ainda assim houve quem acreditasse no boato.
O alvo do boato, sem duvida, são os mais de 70% de aprovação da presidente Dilma, o que tira a chance dos seus adversários. Mas de ontem partiu?
Pois é, qual a origem do boato? Esse é um trabalho que a Polícia Federal está tentando encontrar o fio da meada, mas sem sucesso até agora.
O detalhe que mais intriga é que não foi usada a Internet, nem as redes de relacionamento; foi tudo como às antigas e bastou alguém espalhar o boato e pronto! Quase a metade do país foi na onda causando-se correria e alvoroços.
Na eleição em 2014 o que está na disputa não é apenas a presidência da República, mas a possibilidade de um partido – no caso o PT – estabelecer o recorde histórico de 16 anos no poder.
Nunca, na história deste país, um partido ou grupo conseguiu tal feito. Aliás, a República Velha caiu exatamente por terem quebrado o acordo do “café-com-leite”, ou seja, o revezamento do poder entre São Paulo e Minas Gerais.
E, em 2014, não está fácil de impedir tal feito. Ou seja: derrotar a presidente Dilma e o seu grupo.