Monthly Archives: março 2013

Senador e deputado confirmam que Téo desistiu da candidatura
   20 de março de 2013   │     13:58  │  11

O senador Benedito de Lira e o deputado federal Givaldo Carimbão espalharam em Brasília que o governador Téo Vilela não será candidato ao Senado, em 2014, ou seja, que vai concluir o mandato.

Mas não disseram se apoiará o vice-governador José Thomaz Nonô.

Há quem não acredite na versão e outros acreditam fazendo conjecturas, que passam pela penalidade judicial que impede a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa e vão até a situação nacional do PSDB – que está prestes a se dividir.

A convenção nacional do PSDB está marcada para maio e se José Serra se mantiver irredutível na candidatura a presidente da República, o racha é certo porque o senador Aécio Neves também não abre mão de ser candidato.

E o embate será desgastante, na avaliação do governador, conforme o senador Benedito e o deputado Carimbão explicam a desistência de Téo em se candidatar.

O quadro é mesmo confuso; o governador é o tucano mais próximo da presidente Dilma e terá de optar pelo partido. Do mesmo modo, a aliança com o senador Renan Calheiros tem esse inconveniente porque o PMDB é aliado do PT.

Téo também se aproximou do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é candidato a presidente da República ou a vice pelo PSB. E esse é outro inconveniente, porque o PMDB não abre mão de indicar o vice de Dilma – que deve ser o mesmo, Michel Temer.

Sendo assim, resta ao governador pernambucano se juntar à oposição ou sair com uma candidatura independente.

Esse quadro nebuloso e mais as pendências judiciais fizeram o governador Téo desistir, conforme explicam os seus aliados.

– “No decorrer da campanha pode surgir as dúvidas que surgiram com o Lessa”- sustentam os aliados para convencer os incrédulos de que a decisão de Téo é definitiva.

Mas aí, você acredita que o Téo não será candidato? 

Conheça os 5 golpes que feriram mortalmente Alagoas
   19 de março de 2013   │     14:13  │  16

1) No final da década de 1960, a transferência da sede da Petrobras para Aracaju.

2) No começo da década 1980, a traição de maus alagoanos contrários ao Pólo Cloroquímico – o que favoreceu o Rio Grande do Sul, na disputa.

3) Em meados da década de 1990, o documento oficial atestando que Maceió não precisava de um Hospital Geral.

4) Também em meados da década de 1990, a paralisação das obras do Canal do Sertão que tinham sido iniciadas no governo Geraldo Bulhões.

5) Na década de 2000, a perda da termelétrica para Pernambuco e com o detalhe: Pernambuco não produz gás; o gás que move a termelétrica pernambucana é de Alagoas.

No final da década de 1960 o senador sergipano Lourival Batista conseguiu tirar a sede da Petrobras de Maceió e levá-la para Aracaju.

Para compensar – diziam – Alagoas teria a Salgema Indústrias Químicas, que seria “a redenção do estado”.

Mas, talvez fosse se não houvesse os traidores. Em 1981 eu estava com o então governador Guilherme Palmeira numa audiência com o ministro da Indústria e Comércio, Camilo Pena. O Guilherme foi pedir autorização para a planta de PVC e MVC.

O então secretário de Planejamento, Evilásio Soriano, fez uma explanação convincente e o ministro era simpático à ideia, mas abriu a gaveta do birô e disse para o Guilherme:

Governador! Se disserem que eu entreguei isso eu nego. Eu digo que tiraram do meu gabinete. Mas leia, por favor.

Sabe o que era?

Era um relatório produzido e assinado por um grupo de alagoanos traidores, que se rotulavam de “ambientalistas”, pedindo para o governo federal vetar o projeto de Alagoas “porque o polo cloroquímico alagoano tinha sido construído em cima de um mangue”.

Além de alagoanos covardes e traidores, esses “ambientalistas” são mentirosos.

Não houve mais como argumentar e a planta de PVC e MVC foi aprovada para o Rio Grande do Sul, graças a essa “ação patrióticas” desses alagoanos covardes, porque a proposta que o próprio governo federal já tinha aprovado era dividir a produção: metade para Alagoas e metade para o Rio Grande do Sul.

E ficou tudo para o Rio Grande do Sul e nada para Alagoas.

Aí vem o Hospital Geral do Estado, que seria o maior do Nordeste, montado pelo medico e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene.

Você recusaria um hospital montado pelo médico Adib Jatene com equipamentos de última geração adquiridos na Alemanha?

Pois recusaram. O documento recusando o Hospital Geral do Estado está arquivado no Ministério da Saúde para espanto do atual ministro, Alexandre Padilha, e os que lhe antecederam porque nenhum acredita no que está escrito.

E o que está escrito é: “Maceió não necessita de um Hospital Geral”.

Agora pasmem! Sabe por que recusaram o Hospital Geral? Porque foi um projeto pessoal do então presidente Fernando Collor, que exigiu ser o HGE alagoano “o maior do Nordeste”. E seria.

E tem mais: em 1995 paralisaram a obra de construção do Canal do Sertão e o motivo foi ciúme e inveja. A obra foi uma decisão do então governador Geraldo Bulhões, que ficaria então na história.

A paralisação atrasou o cronograma e encareceu a obra. Um desserviço ao Estado em nome da inveja e do ciúme político.

Na década de 2000 Alagoas perdeu a termelétrica para Pernambuco, que não produz gás – logo, a termelétrica deveria ter sido implantada em Alagoas.

Como compensação, eles alardearam a UPGN, uma sigla de nome pomposo, que significa Unidade de Processamento de Gás Natural, mas na realidade não passa de uma bomba para encher botijão de gás.

Gente! Alagoas possui a maior reserva de gás natural dissociado do petróleo, do país. São 2 milhões de metros cúbicos por dia!

Mas, quem sabe, a hoje presidente Dilma Rousseff tem razão. Em 2002 eu participei de um Seminário sobre Energia, em Salvador, e a então secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff, foi uma das palestrantes e falou sobre termelétricas.

No intervalo para o lanche eu me aproximei dela e depois de me identificar como jornalista da GAZETA DE ALAGOAS, disse que Alagoas produzia 2 milhões de metros cúbicos de gás natural, dissociado de petróleo, por dia.

A então secretária gaúcha Dilma Rousseff, com aquele seu jeito peculiar, olhou para mim e respondeu:

Se o seu estado produz isso mesmo o que você está me dizendo e não tem uma termelétrica, me desculpe, mas é um estado de otários!

É, quem sou eu para dizer que a presidente Dilma não tem razão…

Collor tenta retomar Hospital Geral do Estado, na Via Expressa
   18 de março de 2013   │     17:33  │  16

A pedido do senador Fernando Collor, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, determinou uma inspeção no prédio construído para ser o Hospital Geral do Estado, na Via Expressa, e que hoje serve à Justiça Federal e funciona com capacidade ociosa.

O prédio foi construído quando Collor foi presidente da República, mas nunca funcionou; e pior: em 1996, o governo do Estado encaminhou um documento ao Ministério da Saúde atestando que Maceió não precisava de Hospital Geral.

Em conversa com o blogueiro, o senador Collor explicou que determinou que o prédio do HGE fosse o mais moderno e que servisse de referência para o Nordeste.

“Poucas pessoas sabem disso, mas o projeto do Hospital Geral do Estado foi do então ministro da Saúde Adib Jatene. Eu pedi ao ministro para fazer e acompanhar o projeto. O ministro Jatene foi à Alemanha e aos Estados Unidos para comprar os equipamentos, que eram todos de primeira geração, mas, infelizmente, alguém informou que Alagoas não precisava de hospital geral, o que é um absurdo” – explicou Collor.

Ocioso, o prédio que seria para o HGE acabou sendo entregue à Justiça Federal. O senador Collor conversou com vários juízes federais e disse que eles mesmos ( os juízes ) admitem que a estrutura física está muito além do que a Justiça Federal necessita.

– “Continua com estruturas ociosas, porque eu mandei construir um prédio para um hospital que deveria ser referência no Nordeste. É muito grande. Para você ter ideia, são três acessos de emergência. E tudo isto não funcionou porque alguém informou que Alagoas não precisava de hospital geral”, sustentou.

Caso a inspeção que o ministro da Saúde determinou conclua pela viabilidade da atualização do prédio, o senador Fernando Collor estima que será feita uma reforma dentro de 1 ano. Em compensação, a Justiça Federal ganhará um outro prédio compatível com a sua estrutura.

Gente! Se foi um crime quando informaram que Alagoas não precisava de Hospital Geral, outro crime pode acontecer se não houver apoio à ideia de retomar o prédio. Na quarta-feira, 20, o senador Collor estará com o ministro da Saúde acompanhando os médicos alagoanos e novamente vai tratar da retomada do prédio do HGE.

Por que o alagoano tem ódio mortal do alagoano que faz sucesso?
     │     12:48  │  4

Será complexo de inferioridade ou gene estragado pela origem peculiar? Afinal, Alagoas é o único estado que não foi conquistado nem desmembrado; foi outorgado.

Seja como for, o certo é que o alagoano parece mesmo sentir um ódio mortal do conterrâneo que faz sucesso. Vejamos:

O que temos de homenagem a Arthur Ramos, Tavares Bastos, Jorge de Lima, Graciliano Ramos, Ledo Ivo, Paulo Gracindo, Otávio Brandão, Dida, Pontes de Miranda?

Não temos.

Mas essa idiossincrasia cruel do alagoano não data de hoje. Em 1914 o Graciliano Ramos estava no Rio de Janeiro e escreveu para o pai justificando-se por ainda precisar da mesada que lhe mandava.

Disse na carta que o cara da “colônia alagoana” que havia lhe prometido emprego tinha sumido, e que não iria mais procurar ninguém; iria se virar sozinho.

Mais tarde, num desabafo, Graciliano propôs bombardear a foz do rio São Francisco e fazer Alagoas sumir do mapa, para resolver o problema do Brasil – que, na sua opinião, devia-se a ausência de um golfo.

Destruindo Alagoas e bombardeando a foz do São Francisco se formaria um golfo.

Graciliano Ramos deveria ter as suas razões para o desabafo; afinal, a inveja contra ele levou-o à prisão. Interessante é que Graciliano foi preso porque não obedecia as ordens de um coronel que queria mandar no estado – Graciliano era o que hoje se chama secretário de Educação e não atendeu ao pedido do coronel para transferir uma professora do interior para a capital.

Foi denunciado como comunista.

Outro que foi denunciado como comunista e também acabou preso foi o médico Sebastião da Hora. Na verdade, o médico Sebastião da Hora foi denunciado por um padre-político que não aceitava a pregação da doutrina de Alan Kardec.

Mas como ser espírita não é crime, o padre-político denunciou o Sebastião da Hora como comunista.

São essas coisas peculiares de Alagoas.

Na minha infância eu morei na Avenida Amazonas, no Prado, e costumava jogar futebol na Praça Afrânio Jorge. Lá estavam construindo um Pantheon e diziam que era para guardar os restos mortais dos marechais Deodoro e Floriano Peixoto.

O Phanteon está lá, mas é um elefante branco porque a famílias dos marechais não permitiram trazer os restos mortais deles do Rio de Janeiro.

Elas também devem ter lá as suas razões.

Chega até ser interessante, essa idiossincrasia do alagoano. Na década de 1980 a Globo realizou um Globo Repórter Especial com o Paulo Gracindo e o jornalista Márcio Canuto, editor da Gazeta, me escalou para fazer a cobertura.

Foi uma matéria de bastidores da reportagem. Fomos eu e o fotógrafo Gilberto Farias; à noite, depois da filmagem na Barra de São Miguel, o produtor Jothay Assad comunicou que a filmagem no dia seguinte seria às 5 horas da manhã.

Eu brinquei com a repórter Ilze Scamparine perguntando se o Paulo Gracindo iria tirar leite; ela riu e respondeu que o Paulo Gracindo tinha dito que, quando criança na Pajuçara, costuma sair às 5 da manhã para escovar os dentes com água do mar.

E aí a Ilze Scamparine me perguntou se não havia nenhuma homenagem ao Paulo Gracindo em Maceió; uma praça, uma rua, um monumento que fosse.

Não. Não tem. Tem uma rua com o nome do pai (Demócrito Gracindo)  dele. Mas homenagem a ele mesmo não tem.

Pois é; na semana em que se comemora os 60 anos da morte de Graciliano Ramos tudo permanece como tem sido. E que ninguém ignore se a efeméride passar despercebida, porque é do alagoano odiar o alagoano que faz sucesso!

PSDB está rachando e Serra ameaça sair do partido
     │     9:09  │  2

Um fogo de monturo, que começa queimando lentamente por baixo, está consumindo o PSDB. O motivo é a disputa pela presidência da República.

O eterno candidato tucano José Serra quer e o senador Aécio Neves também quer ser candidato, mas o partido só pode lançar um.

Aécio tem o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Serra, se sentindo isolado, pode deixar o partido.

O deputado federal Roberto Freire ofereceu o PPS para Serra disputar a presidência da República, mas Serra ainda não disse se aceita a oferta.

No PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é candidato a presidente ou a vice-presidente; só não sabe ainda de quem.

Campos enfrenta a oposição do ex-ministro Cyro Gomes, que reage dentro do PSB e dizem que por orientação do ex-presidente Lula.

Cyro apóia a candidatura à reeleição da presidente Dilma.

Faltando pouco mais de 1 ano para eleição majoritária de 2014, o quadro sucessório presidencial dá mostras de que será uma disputa difícil e não só pelos votos, mas pelos acertos internos nos partidos- que não se entendem, exceção do PT.

Para o PSDB, que é o principal partido de oposição, a chance de lograr êxito dividido é mínima. Se inteiro não conseguiu derrotar o PT e aliados, dividido o PSDB vê a chance de chegar ao governo se distanciar.

José Serra, Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva. Quem desses quatro tem mesmo chance de derrotar a presidente Dilma?

Esse parece ser um exercício complicado de resolver porque a presidente Dilma continua muito bem na fita. E não é certo que vá se perder no caminho até 2014.