Brasília – Os promotores paulistas, que cuidam da Operação Lava Jato em São Paulo, queixaram-se do juiz Sérgio Moro por não ajudá-los a avançar nas investigações referentes ao esquema de corrupção com empreiteiras.
A Operação Lava Jato começou a partir dos esquemas montados em São Paulo e que envolvem o “Careca” ( José Serra, atual ministro das Relações Exteriores ), o “Santo” ( Geraldo Alckmin, governador paulista ) e o “Mineirinho” ( Aécio Neves, senador por Minas Gerais ) todos do PSDB.
O desabafo dos promotores paulistas foi feitio ao jornal Estado de S. Paulo, que publicou a matéria.
Apesar de terem sido pioneiros nas investigações, os promotores paulistas só conseguiram até agora abrir 11 inquéritos e, ainda assim, dois desses inquéritos foram arquivados.
Estranho…
A Lava Jato começou em 2014 em São Paulo e as investigações envolvem os integrantes do PSDB, mas até agora não conseguiu deslanchar. Por que será? Não é para investigar os políticos do PSDB? Os políticos do PSDB “não vêm ao caso” nas delações sobre corrupção?
Brasília – O ministro da Defesa, Raul Julgmman, admite que o país “caminha para um beco sem saída”, caso não negocie a solução dos seus problemas.
São problemas sociais e econômicos, que se entrelaçam.
Mas, não será fácil encontrar a solução e até mesmo juntar a nação para discutir esses problemas, enquanto o governo se mostrar frágil e acuado.
No holocausto no presídio em Manaus o presidente Temer demorou 5 dias para se pronunciar; no motim da Polícia Militar do Espirito Santo, novamente o Temer demorou 4 dias para se posicionar.
Por que ele demora tanto para tomar uma posição?
No Espirito Santo a população aterrorizada e desabastecida, porque teme sair às ruas, retroagiu à época do escambo e se reabastece trocando alimentos.
O que a televisão mostra como volta à normalidade no Espirito Santo é apenas o reflexo pontual em Vitória, e ainda assim restrito à área nobre da capital capixaba.
Em Guarapari, Serra, Vila Velha, Cariacica e Colatina o quadro ainda é de terror.
No Rio de Janeiro, 30% do efetivo da PM se rebelaram e há indicativos de greves das PMs em Pernambuco e no Pará.
Para tentar resolver o problema apelaram para o Supremo Tribunal Federal e o ministro Edson Fachin desengavetou o processo que proíbe as PMs e a Polícia Civil, e nesse se encaixa a Polícia Federal, de fazerem greves.
Na verdade, trata-se de uma ação movida há quase 5 anos para julgar a legalidade da greve da PM de Goiás e que estava em banho-maria no Supremo.
São tudo reflexo de uma tragédia anunciada, com a prevalência do modelo falido. De ordinário, os governos são perdulários e alguns deles corruptos, mas isso é muito antigo; não é recente.
A República brasileira é corrupta por natureza; a República brasileira nasceu corrupta e golpista. Sendo assim, prova agora dos venenos que produziu.
Tomara que não esteja de fato descendo a ladeira rumo ao beco sem saída.
Brasília – As reformas radicais que vão desmontar a legislação trabalhista e previdenciária, é bom que se esclareça, são do PSDB. O único papel do presidente Temer é assumir o ônus.
O PSDB cuida das finanças do país e as propostas de reforma da economia, como não poderiam deixar de ser pela ótica tucana, privilegiam o capital em detrimento do social.
O PSDB comanda o Ministério da Justiça e a questão da violência no país é da responsabilidade exclusiva do PSDB.
O PSDB comanda a política externa do país e o sucesso ou insucesso da política externa brasileira é da inteira responsabilidade do PSDB.
Esses pontos devem ser reprisados porque é público e notório que o PSDB apenas se utiliza do Temer como quem escolhe o boi para servir de isca e alimentar as piranhas, na tentativa de fazer o restante da boiada atravessar o rio incólume.
O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, também é do PSDB. O Temer será o único presidente que não pode indicar um ministro do STF, porque é refém do PSDB.
É preciso reprisar isso, porque é comum se apoderar do bônus e deixar o ônus para quem assumiu o risco de ser o boi de piranhas – o que é o caso do Temer.
O país está caminhando para a deflação, o que é traumático. As previsões, agora, são de que somente a partir do segundo semestre deste ano é que a economia dará sinais de reabilitação.
Mas, é bom não acreditar de pronto.
A instabilidade social crescente, com protestos e greves nacionalizando-se, afugenta os investidores estrangeiros. Cabe relembrar que todo esse estado de degradação social, econômica e moral também é da exclusiva responsabilidade do PSDB.
Ou alguém esqueceu o PSDB prometeu fazer com o país depois de ter perdido a eleição presidencial em 2014? Pois bem, relembrando as ameaças de “tocar fogo” no país para inviabilizar o governo legitimamente eleito nas urnas, a conta amarga do que a sociedade passa no momento – e passará, se as apostas não derem certo -, é da única e exclusiva responsabilidade do PSDB.
Lembrem-se disso: o PSDB usa o Temer como “boi de piranhas” para se prevenir em 2018. Se o desmonte der certo, o que se duvida, o bônus é do partido – caso contrário, se der errado, o ônus ou a culpa é do Temer.
Malandragem própria dos tucanos, que são conhecidos na natureza por serem uma ave oportunista e malandra.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia, recebe hoje, as 10h30, em seu gabinete, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, dois dos vários, advogados que fazem a defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A audiência com Carmém Lúcia acontece um dia após Eduardo Cunha prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro. Ontem (7/2) o ministro do STF, Gilmar Mendes, fez declarações criticando as “alongadas prisões que determinam em Curitiba”.
Tanto as declarações de Gilmar Mendes quanto a audiência dos advogados com Carmém Lúcia antecedem o julgamento, no STF, do pedido de habeas corpus feito pela defesa de Cunha.
A dupla
Os advogados são responsáveis pelos procedimentos relativos ao pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Atuam também nos casos relativos as delações de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, e de Ricardo Pernambuco, diretor da Carioca Engenharia, que citam o ex-presidente da Câmara.
Brasília – O novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre deMoraes (PSDB-SP), será sabatinado no Senado sem o ínfimo risco de ter o nome reprovado.
Ele será sim aprovado ministro e, de imediato, torna-se revisor dos processos da Operação Lava Jato no Supremo.
Filiado ao PSDB e, obviamente, indicado pelo partido, coube ao presidente Temer apenas homologar a indicação. Nos últimos dias, o PSDB indicou mais dois ministros para o governo e o ministro para o Supremo.
Temer é apenas, circunstancialmente, presidente, mas o governo é do PSDB. A missão do Temer é levar a culpa caso as medidas que o governo do PSDB está propondo não derem certo e a economia naufragar.
Com a indicação de um filiado para o Supremo e a sua imediata condução à revisor da Operação Lava Jato, o PSDB está fechando o cerco. E marcando presença, claro.
O PSDB está fechando o cerco de olho em 2018, mas depende muito mais do êxito do governo Temer – que é dele, o PSDB -, do que dessas articulações que lhe garantiram o comando do governo e um ministro no Supremo Tribunal Federal.