Monthly Archives: março 2016

No dia em que a noite do Brasil ficou vermelha…
   31 de março de 2016   │     22:01  │  19

Brasília – A manifestação promovida pela FIESP em defesa do golpe apelidado de impeachment ocorreu em 21 estados, segundo os organizadores, e em 17 estados segundo a polícia.

A manifestação deste dia 31 de março contra o golpe apelidado de impeachment e favorável ao governo ocorreu em todo o país, segundo os organizadores, a polícia e a mídia.

Não importa se foi maior ou menor, porque a questão não é de quantidade e sim de representatividade. E os manifestantes pró-governo se fizeram representar em todos os estados e no Distrito Federal

Foi uma manifestação que atingiu 100% dos estados e mais o DF.

Espera-se que essa demonstração sirva para colocar o pé no freio do golpe, porque o golpe não ficará barato. O vice-presidente Michel Temer não assume o governo e se assumir não vai poder governar.

Neste dia 31 de março, à noite, foi o dia em que o Brasil ficou vermelho do Oiapoque ao Chuí. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, liberou os funcionários mais cedo e também se mandou.

Enquanto isso, pela televisão, o deputado Paulinho da Força, aliado e cumplice de Cunha, aparecia pedindo a saída da Dilma.

Cunha e Paulinho da Força estão mais enrolados que cabelo de milho; a mulher a filha de Cunha pediram para não serem julgadas pelo juiz Sérgio Moro.

Olha só os comandantes do golpe apelidado de impeachment! Pense numa dupla com condições de conduzir um julgamento!

Resta-nos só a sensatez e o equilíbrio do Supremo Tribunal Federal, que é o último esteio que sustenta a República rumo ao confronto de classes.

A presidente Dilma não renuncia e se a apearem do poder mediante o golpe apelidado de impeachment, o substituto não conseguirá governar.

Dar-se-á o caos e podem ficar certos disso.

Ciro Gomes dispara: “Coalizão de ladrões quer derrubar a Dilma”
     │     1:07  │  15

Brasília – O ex-ministro Ciro Gomes afiou o verbo e disparou contra os que estão à frente do golpe apelidado de impeachment. O interessante é que Ciro Gomes vem batendo duro na oposição e ninguém, mas ninguém, o rebate. Por que será?

É por medo do Ciro.

O Ciro se municiou de documentos quando foi ministro, de modo que ninguém tem coragem de contestá-lo devido ao temor de ser desmoralizado com a apresentação das provas. Uma delas chega a causar tremor e pesadelos.

Trata-se das mil contas bancárias na Suíça totalizando 800 milhões de dólares, cujos proprietários estão todos tramando a derruba da presidente Dilma.

Em tempo: entre os proprietários dessas contas estão empresários que, não por coincidência porque coincidência não existe, financiam o golpe apelidado de impeachment.

Ninguém tem coragem de sequer interpelar o Ciro Gomes na justiça, nem mesmo quando ele chama de “coalizão de ladrões”.

E por isso, caros leitores, que o impeachment é golpe.

Outro dado novo que deixou os golpistas possessos foi a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, sobre a admissibilidade pelo STF de um possível recurso da presidente Dilma contra o resultado da apreciação do golpe, apelidado de impeachment, na Câmara.

Vale recordar que o pedido do golpe, apelidado de impeachment, foi assinado pelos juristas Hélio Bicudo, ex-PT que deixou o PT porque o então presidente Lula não o nomeou embaixador na Suíça, e Miguel Realle Júnior (PSDB-SP).

Para completar, o golpe apelidado de impeachment é comandado na Câmara pelo presidente Eduardo Cunha, que, se não bastasse estar ele, a mulher e a filha acusados de corrupção pela Operação Lava Jato, age ( o presidente da Câmara ) por vingança por ter perdido as duas rentáveis diretorias que mantinha em Furnas.

Concluindo: como o impeachment é golpe, ninguém tem coragem de responder ou processar o Ciro Gomes. E não respondem nem processam porque temem ser desmoralizados com a apresentação das provas.

Um juiz que pede desculpa, um vice que está no lixeiro e a OAB golpista
   30 de março de 2016   │     18:20  │  14

Brasília – Três fatos marcaram o mês de março, que se finda nesta quinta-feira. Foram eles:

1) O pedido de desculpa do juiz Sérgio Moro, fato inédito na história do Direito mundial. Nunca se soube de algum juiz que pediu desculpas por um ato impensado.

2) A trama do vice-presidente da República, Michel Temer, que já está na lixeira da história, com a ridícula carta que escreveu à presidente Dilma.

3) A decisão inédita da Ordem dos Advogados do Brasil apoiando o golpe, o que enlameou o histórico de luta em defesa da legalidade já patrocinada pela OAB.

É triste, mas é verdade. Gostaríamos que não fosse verdade, que tudo não passasse de pesadelo, mas, infelizmente é verdade e já está nos anais da história como fatos negativos.

O juiz Sérgio Moro cometeu erro gravíssimo quando liberou à imprensa documento reservado e que deveria ter sido encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. E mantido em caráter sigiloso.

Além de quebra de hierarquia, o juiz desrespeitou a liturgia do cargo quando se transformou em fonte de uma informação que tem o crivo de sigilo.

Lamentável.

Aí vem a ridícula e inimaginável posição do vice-presidente Michel Temer, autor de uma carta igualmente ridícula à presidente Dilma queixando-se porque ela ( Dilma ) não gosta dele.

Você não me convida para nada, você não fala comigo

Pense numa carta escrita por um homem com quase 80 anos de idade, ocupante do cargo de vice-presidente da República acumulativo com a presidência do maior partido no Congresso Nacional!

Foi triste, Temer.

Mas, pensa que o pior se encerrou na carta ridícula? Não. Temer reuniu o PMDN dele – sim, é porque existem 3 PMDBs -, para, em 3 minutos apenas, anunciar o rompimento com o governo do qual ele é o vice-presidente da República.

Pergunta: não seria o caso de, num gesto republicano de grandeza e numa demonstração de hombridade o Temer renunciar a vice-presidência da República? Ora, se ele rompeu com o governo, o que continua fazendo no governo? Conspirando contra o país?

Não parece o caso típico do marido que pede o divórcio, mas continua morando na casa da ex-esposa?

Por fim, vem a Ordem dos Advogados do Brasil, a outrora aguerrida, combativa e legalista OAB, para enlamear o seu passado de gloria como signatária do golpe. Pior: a OAB afrontou 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal quando lançou suspeita sobre as suas escolhas para a Corte de Justiça só porque eles foram nomeados pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma.

Nomeados legalmente, frise-se.

Esses três lamentáveis acontecimentos marcaram negativamente o mês de março de 2016. Mas, como devemos retirar até mesmo dos fatos negativos alguma lição positiva, o que ficará de positivo é que agora se tem a certeza de que o que eles chamam de impeachment é, na verdade, golpe.

Quem avisa, amigo é: não vai ter golpe. Vai ter luta!
   29 de março de 2016   │     13:59  │  29

Brasília – O advogado Ives Gandra é especialista em Direito Tributário. Mas, foi ele, por exemplo, que deu o parecer para o governo de Alagoas realizar o desastre conhecido como “escândalo dos precatórios e das letras do tesouro estadual” e que levou o então governador Divaldo Suruagy a renunciar o mandato, em 1996, e encerrar a sua até então vitoriosa carreira política.

Na eleição direta de 1998, Suruagy não conseguiu sequer se eleger deputado federal e ficou na terceira suplência. Suruagy foi vítima do parecer de Ives Gandra e não dá para recordar, sem trauma, as consequências de um ato aparentemente legal e que levou um policial militar em Rio Largo a matar a filha, a esposa, atirar no filho – que escapou -, e depois se matar.

Lembram?

Pois bem. Agora, no debate no Jô Soares, na segunda-feira, a ex-senadora Marina Silva, que não é advogada, está certa e Ives Gandra, que é advogado, está errado porque se a presidente Dilma for cassada o vice-presidente Michel Temer tem de ir junto no mesmo processo.

Simples assim: você vota para vice-presidente da República?

Se não vota, então o vice-presidente, assim como o vice-governador e o vice-prefeito, são apenas apêndices da chapa. Temer jamais se elegeria presidente da República e sequer teria coragem para disputar a eleição presidencial no processo direto, livre e soberano, mas vê no golpe a chance de chegar à presidência da República sem esforço algum.

O lamentável é que tem sempre uma caneta de aluguel para dar um parecer sob encomenda. É por isso que o impeachment é golpe e por isso aconselha-se a não atear mais fogo no paiol que, por enquanto, arde igual ao fogo de monturo – assim, por baixo.

Caso venha assumir a presidência da República, o prazo de validade para Temer no cargo está sendo calculado pelos mais otimistas em seis meses. Recomenda-se não pagar para ver o desfacho da frase proferida pelo líder do PT na Câmara de que não vai ter golpe, vai ter luta.

Não vai ter golpe! Não vai ter golpe! Ou será que vai ter golpe?
   28 de março de 2016   │     22:02  │  22

Brasília – A República dos golpes revive novo impasse:

Vai ter golpe ou não vai ter golpe?

O comandante do golpe e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido do golpe apelidado de impeachment, porque é a sua única carta no jogo.

O processo no Conselho de Ética, o presidente da Câmara tem conseguido manipular. Mas as ações no Supremo Tribunal Federal a pedido do procurador-geral da República – essas estão cada dia mais fechando o cerco em torno de Cunha.

O golpe apelidado de impeachment é o escudo com o qual Cunha se protege contra a Operação Lava Jato; se por acaso sua mulher e a filha forem presas, ele alegará retaliação por comandar o golpe apelidado de impeachment.

Na Câmara Federal, um grupo de advogados contrários à decisão da Ordem dos Advogados do Brasil de apoiar o golpe apelidado de impeachment trocou insultos com os adversários – que eles execravam chamando-os de golpistas.

É inédito; nunca na história desse país a OAB deixou seguir uníssona em suas decisões nacionais. Sinais do tempo, pois não.

E tempos que levam à reflexão da música do Bob Dylan que o Zé Ramalho gravou e que diz assim: O vento vai responder.

Uma coisa é certa: se o golpe apelidado de impeachment passar e o Michel Temer assumir haverá a reação da militância, que levará Michel a ser obrigado a renunciar.

Enganam-se os que pensam que será uma transição pacífica; há quem garanta que Temer não resistirá seis meses no cargo e dar-se-á então mais um impasse na já nojenta história da República brasileira que surgiu de um golpe.

Vive-se o momento delicado, onde um dos dois únicos caminhos a seguir leva ao abismo. E esse parece ser o caminho dos que pensam que a fatura vai ficar barata e que poderão administrá-la. Será muito difícil, especialmente quando começarem a mexer nos direitos sociais.

Isso sem levar em conta de que não há fundamentação legal para o impeachment, e por isso o impeachment é golpe. E tanto não há, que a OAB já patrocinou o “pedido 2” com fundamentações que chegam a ser hilárias, quando trata de uma viagem que a presidente Dilma fez à São Paulo para visitar o Lula.

É de se imaginar a pergunta: Dilma, por que você fez essa viagem para visitar o Lula? E a Dilma responder: fi-lo porque qui-lo.

Trata-se obviamente de uma brincadeira com fogo. O presidente do Senador e do Congresso Nacional, Renan Calheiros, percebeu que se está diante de riscos e tem recomendado cautela. Renan percebeu que a fatura que virá no caso de a Dilma cair será altíssima.

Os gritos que vêm da rua e, sobretudo, dos campos dizendo que não vai ter golpe divulgam a mensagem subliminar de que, se tiver golpe, não haverá governo