Monthly Archives: agosto 2015

Porque o vermelho tem sido todo sangue derramado…
   21 de agosto de 2015   │     16:55  │  29

Brasília – Depois da disputa nas urnas, agora é a vez da disputa nas ruas. Na primeira disputa eram os votos, na segunda disputa é para saber quem coloca mais gente na rua.

Um detalhe: somando-se todos os que foram à rua até hoje para pregar o impeachment não iguala à diferença de votos ( 3 milhões ) que garantiu a reeleição da presidente Dilma.

Já perceberam isto?

E isto sem contar com os 30 milhões de brasileiros que não foram votar, porque estão satisfeitos, e mais os 5 milhões que compareceram às urnas e anularam o voto.

Total: 35 milhões.

Os que defendem o golpe se vestem de verde e amarelo, as cores Monarquistas da Bandeira republicana brasileira; e os que defendem a legalidade, a lei e a ordem se vestem de vermelho porque o vermelho tem sido todo o sangue derramado do irmão brasileiro chicoteado e nu.

E a crise?

Ah! A crise é mundial. Desemprego, desaceleração, inflação são problemas mundiais e o Brasil ainda é exceção porque, no Brasil, o protesto é para defender o golpe e nada tem a ver com a economia.

Merkel veio apoiar Dilma contra a tramoia golpista
   19 de agosto de 2015   │     22:55  │  33

Brasília – O que a presidente Dilma e a mandatária alemã Ângela Merkel têm em comum, além de serem mulheres, é que ambas foram espionadas pelos Estados Unidos e reclamaram.

Merkel desembarcou no Brasil com metade dos seus ministros e mais empresários de ponta; afinal, existem 1,6 mil empresas alemãs instaladas no Brasil e não passa pela cabeça da mandatária alemã enfrentar instabilidade.

Entenda-se por instabilidade o impeachment de Dilma. Captou a mensagem?

Esta semana os dois jornais porta-vozes da elite empresarial mundial publicaram em editoriais suas repulsas à proposta de impeachment. E a visita de Ângela Merkel, no rastro dessas publicações, tem o significado de apoio à Dilma.

São 500 acordos comerciais entre o Brasil e a Alemanha em diferentes áreas. Ângela Merkel comunicou à Dilma que o Brasil passaria a integrar o seleto grupo de conselheiros com os quais a mandatária alemã costuma se reunir.

Dos países que integram os BRISC, apenas a Rússia e a China faziam parte do seleto grupo, e agora o Brasil.

A crise não é brasileira; a crise é mundial. A retração da China e a quebradeira na Grécia tem reflexo no resto do mundo, de modo que ninguém é capaz de fazer diferente do que está sendo feito. Não há milagre a fazer.

A visita da mandatária alemã ao Brasil deve ser interpretada assim: depois dos editoriais do The New York Time e do Financial Times, agora é a vez de a Alemanha se posicionar contra os golpistas juramentados.

 

Deu no The New York Times: impeachment, never!
   18 de agosto de 2015   │     21:50  │  27

Brasília – O editorial do influente The New York Times é o aviso aos navegantes que singram a onda golpista pregando o impeachment da presidente Dilma.

Impeachment, never! ( Nunca, jamais).

De forma educada, o influente jornal norte-americano defendeu que o Brasil terá de encontrar a saída para os problemas econômicos dentro da legalidade. Entenda-se por legalidade o processo democrático, sem traumas.

O jornal também avisou que o impeachment da presidente Dilma só agravaria o problema econômico, que seria robustecido pelo problema político, gerando instabilidade.

Na mesma linha de raciocínio, o Financial Times engrossou o recado e condenou a proposta de impeachment que a elite ariana golpista tenta impor a qualquer custo, só por vindita.

Pronto! Pode tirar o cavalo da chuva e recolher as panelas porque depois do editorial do The New York Times a ideia do impeachment é tão factível quanto à possibilidade de o sargento Garcia prender o Zorro.

Esse sentimento golpista é inato da República que, como já sabemos, surgiu de uma dor de cotovelo do marechal Deodoro. Mas parece ter chegado o momento de se fazer desta vergonha uma nação e a nação começou a ser formada quando se expandiu o ensino público superior.

E isso se deu a partir do governo Lula.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, percebeu que a nação estava caminhando para o impasse, que traria consequências gravíssimas. Renan protagonizou o gesto republicano  da maioridade política diante da rebeldia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, movido por uma questão pessoal com o Palácio do Planalto.

Essa fragilidade da República é tão latente, que a Rede Globo já se posicionou contrária ao golpe – que também é chamado de impeachment -, e agora o The Nyork Times e o Financial Times se declaram contrários ao impeachment porque sabem que se trata de golpe.

Ensarilhem as armas golpistas, ainda que continuem indo às ruas chiques protestar, porque deu no The New York Times: golpe, never!

Coxinhas vão acabar elegendo o Lula o mártir do Brasil
     │     17:58  │  15

Brasília – Uma pergunta: uma não; duas perguntas:

1)O Lula é presidente da República, é?

2)O Lula tem mandato?

Tem não? Então por que a elite ariana gastou uma grana para fazer o boneco do Lula com roupa de presidiário e anuncia que vai percorrer o País exibindo-o?

Mas, não é exibindo-o como troféu conquistado e sim como bibelô que dá azar em 2018. O eleitor que não pertence à raça ariana, com certeza, vai entender o bibelô como amuleto da sorte para a classe pobre e média baixa.

Ora, se a classe ariana elegeu antecipadamente o Lula como inimigo em 2018; se a classe ariana é contra o Programa Bolsa Família e contra universidade para preto, pobre e classe média baixa, então a classe ariana é contra preto, pobre e classe média baixa.

A eleição será em 2018 e não adianta pedir o impeachment porque a Republica de Bananas acabou, ou seja, não há nenhuma brecha legal nem moral por onde se possa enquadrar a presidente Dilma.

Sendo assim, se antes de 2018 tem uma eleição municipal; se 2018 ainda está distante, como explicar a campanha eleitoral açodada?

Até 2018 muita água ainda vai rolar embaixo da ponte.

A campanha eleitora açodada contra o Lula pode ter efeito contrário. O fato do Instituto do Lula receber dinheiro de empresas investigadas na Operação Lava Jato não é prova de desonestidade, e o mesmo vale para o Instituto do Fernando Henrique Cardoso.

Ou seja: e daí? Recebeu e não tem nada de ilegal.

Pega mal essa perseguição ao Lula. Mas, para o Lula é bom porque o inconsciente coletivo sempre opta em favor da vítima.

O Lula pode estar ouvindo aquele rock do Eduardo Araújo, que diz assim:

Eu não ligo para opinião/ De quem quer falar só por falar/ Daqueles que só pensam em destruir/ O que foi criado pra durar/ Acho graça: os cães ladram/ E a caravana passa.

É por aí…

FHC prega o impeachment? Tá todo mundo louco…
   17 de agosto de 2015   │     21:57  │  28

Brasília – Pela Internet, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu à presidente Dilma renunciar ou se penitenciar publicamente por ter faltado com a verdade.

Pegou pesado, o FHC, sabendo-se que o FHC, antes de deixar a presidência da República, se blindou ante a possibilidade de ser investigado.

No embalo da manifestação de domingo, que reuniu 500 mil manifestantes em todo o País, FHC reapareceu de carona e deitou falação.

Os institutos de pesquisam atestaram que de  cada 10 pessoas que compareceram ao protesto, 7 votaram no Aécio Neves, 1 defende a volta dos Militares e os demais defendem a volta da Monarquia ou estão momentaneamente insatisfeitos.

Não por coincidência, essas manifestações se restringem às áreas nobres das capitais onde a panela não é objeto da intimidade das madames arianas – que a segura sem intimidade. e batem-na sem convicção.

A história se repete em forma de tragédia e o que se assiste agora são capítulos de uma novela que reproduz a realidade do Brasil, quando levaram o Getúlio Vargas ao suicídio.

O FHC parece repetir o Carlos Lacerda, no papel de carbonário, porque deve ter percebido que falta voz na oposição. As manifestações, com 70% de eleitores do PSDB, não tem um líder político da oposição com coragem de assumir o comando.

Por que será?

Prega-se o impeachment sem nenhum constrangimento, porque é próprio do golpista não se apegar a pudores. Fala-se da diferença mínimo de votos, como se 3 milhões de votos de diferença não fizessem a diferença, e esquece-se que 30 milhões de eleitores não foram votar e outros 5 milhões anularam o voto.

Quem não foi votar, e foram 30 milhões de pessoas, é porque está satisfeito; e os 5 milhões que anularam o voto é porque, para esses, tanto faz como tanto fez.

Numa Republica proclamada por um monarquista devido a uma dor de cotovelo, tudo é possível de acontecer. Mas, o impeachment é uma proposta covarde demais para alguém patrociná-la.