Depois do Carnaval promovido por Bolsonaro no velório da rainha Elizabeth II, interrompendo o luto oficial no Reino Unido, o que haveria de se esperar do comportamento do presidente na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), senão mais vexame?
Nesse quesito de vexame internacional, que produz vergonha alheia, o presidente brasileiro é inimitável e não se poderia esperar nada de bom – ainda que envergonhando o país e a memória de Osvaldo Aranha.
Bolsonaro transformou o parlatório da ONU num palanque para fazer comício, mentir, atacar o adversário e tentar apagar a imagem indelével de misoginia consagrada mundo à fora. O Brasil do Bolsonaro na ONU é o Brasil da ficção e, como o mundo sabe disso, o discurso do presidente foi mais um vexame.
Em Londres, o presidente cumprimentou o rei sorrindo em pleno luto, e foi protagonista da cena bizarra ao tentar mostrar o preço da gasolina lá, comparada com o valor cobrado no Brasil, e omitindo – a omissão é deliberada e atende apenas aos seus seguidores com neurônios limitados -, sem, no entanto, comparar o valor do salário.
Lá não existe salário-mínimo, e no Brasil existe, mas não é corrigido pela inflação desde 2018, esse é um detalhe. Outro detalhe é que o trabalhador na Inglaterra recebe 9,18 libras esterlinas por hora trabalhada. Com a carga de 44 horas semanais de trabalho, no final do mês o trabalhador na Inglaterra recebe 1 mil 615 e 68 libras esterlinas, o que, convertido para o real, soma 5 mil 885 reais e 35 centavos.
Esse é o salário médio do trabalhador na Inglaterra, o que equivale a cinco vezes o salário-mínimo no Brasil. Bolsonaro omitiu isso e ele sabe o porquê.
Interessante é que, enquanto o presidente mentia em Londres, o portal UOL reproduzia a matéria da Folha de S. Paulo com o falso apoiador do presidente, que foi contratado pelo portal bolsonarista Foco do Brasil, para fazer a pergunta combinada dando a chance a Bolsonaro de atacar a Globo, a emissora de televisão que todos assistem no Palácio do Planalto e mente quem diz que não assiste.
O figurante da Ópera Bufa no cercadinho do Palácio do Planalto chama-se Anderson Azevedo Lopes, que contou ter sido contratado pelo publicitário Beto Viana, para fazer a pergunta combinada a Bolsonaro.
Da mesma forma, tem pelo menos três institutos de pesquisa fazendo pesquisa para colocar Bolsonaro liderança as intenções de votos, o que obviamente é mentira, além de crime. Uma dessas empresas de pesquisa já recebeu até agora 2 milhões e 700 mil reais para produzir essas mágicas numéricas que nem a Matemática Moderna, com os seus Conjuntos Vazios, pode explicar.
Sim, eu sei, a Ópera Bufa tem de continuar, embora seja mais fácil o sargento Garcia prender o Zorro, do que o Bolsonaro vencer a eleição no primeiro turno. Só o idiota irrecuperável acredita nisso.
Que desespero da esquerda, mas o choro é livre, é Bolsonaro no 1 turno, é melhor jair se acostumando, de novo.😎
Ou o Brasil acaba com Bolsonaro, ou Bolsonaro acaba com o Brasil.
Ô BOB, QUE VEGONHA MAIS VAMOS PASSAR COM ESSE PRESIDENTE ATÉ 31/12/22?
VOCÊ VIU A FACHADA DA ONU, ANTES DA FALA DELE?
” VERGONHA”
QUE VERGONHA BRASIL, QUE VERGONHA!!!