Contratada pela empresa Genial Investimentos, a pesquisa realizada pelo instituto Quaest Consultoria apontou o Lula eleito presidente da República no primeiro turno, com 52% dos votos válidos, se a eleição fosse hoje.

Bolsonaro ficaria em segundo lugar, com 34% dos votos válidos, ou seja, subtraindo-se os votos brancos e nulos.

Lula (PT): 52,87%

Jair Bolsonaro (PL): 34,48%

Ciro Gomes (PDT): 8,04%

André Janones (Avante): 2,29%

Simone Tebet (MDB): 1,14%

Pablo Marçal (Pros): 1,14%

A reação aos números da pesquisa, por parte do rebanho de imbecis que acreditam e repetem o que o Bolsonaro diz, é mostrar o presidente sendo “ovacionado pelo povo” e mandar o Lula sair às ruas.

Mas, na realidade, o Palácio do Planalto, que também realiza pesquisam para consulta interna e tem os mesmos números, tenta reverter esse quadro fazendo o Bolsonaro aparecer rodeado de crianças e de mulheres, principalmente mulheres negras, para mostrar “um homem cordial, educado, democrático e cristão”.

– Sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração -, esse é o bordão usado pelo presidente, mas que, na avaliação do próprio governo, não tem surtido os efeitos desejados porque Bolsonaro sabotou as medidas de proteção contra a pandemia, atrasou deliberadamente a compra de vacinas, fez chacotas com quem adoeceu e, sobre a corrupção, colocou sob sigilo de 100 anos os encontros com os dois pastores que negociavam liberação de verbas no Ministério da Educação cobrando propinas em dinheiro e barras de ouro.

Esses dois pastores, que estão sendo agora investigados, participara de mais de 80 reuniões com o governo no ano passado e tem vários registros deles com visitas ao Palácio do Planalto. O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em depoimento à Polícia Federal que recebia os dois pastores atendendo a pedido de Bolsonaro.

Na avaliação dos analistas que atuam no assessoramento do governo, essas notícias negativas influenciaram na avaliação do eleitorado e justificam o resultado dessas pesquisas colocando o presidente em desvantagem na disputa pela reeleição, e podendo perder já no primeiro turmo.

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