por Aprigio Vilanova (texto e vídeo)*
Na manhã de 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, monarquista convicto, após uma madrugada de febre, contrariando recomendações médicas, marchou em direção ao Campo de Santana, na antiga praça da Aclimação, sede do Ministério da Guerra, à frente de alguns soldados do Exército.
Deodoro era um fervoroso monarquista, além de ser amigo íntimo do imperador Pedro 2º. Dias antes do 15 de novembro, Deodoro envia uma carta declarando seu apoio ao Imperador e à Monarquia brasileira. Não foi o que aconteceu.
Na véspera, Benjamin Constant, cabeça da conspiração, sabendo que precisava de um militar de alta patente para liderar o movimento, convenceu Deodoro. O marechal encontrava doente e, reza a lenda, que saiu escondido da esposa e ainda febril para liderar o movimento golpista de 15 de novembro.
No ínicio, o movimento tinha como maior interesse demitir o Visconde de Ouro Preto, presidente do Conselho de ministros do Imperador Dom Pedro 2º. Fala-se que Deodoro tinha uma lista composta por seis nomes para apresentar a Pedro 2º, no qual o Imperador deveria escolher um para assumir a presidência do Conselho de Ministros.
Foi aí que Constant confidenciou a Deodoro que Dom Pedro já havia escolhido Silveira Martins, antigo desafeto do marechal Deodoro dos tempos que este servira na província do Rio Grande do Sul. Isto levou a Deodoro assinar o manifesto que proclamou a República e instalou o governo provisório, o que só veio a acontecer na noite de 15 de novembro.
O movimento não contou com o apoio dos setores populares. Na manhã de 16 de novembro, o advogado e jornalista Aristides Lobo escreveu o seguinte: ” O povo assistiu aquilo bestializado, atônito, surpreso sem conhecer o que significava. Muitos acreditavam seriamente estar assistindo uma parada (militar)”.
O francês, Luis Couty, residente no Brasil e que presenciou o movimento, disse: “A situação funcional desta população pode resumir-se em uma palavra: o Brasil é um país sem povo”. Para a historiadora Lilian Schwarcz, em seu livro “As Barbas do Imperador”, constatou: ” ao que parece, a República não foi se proclamou no berro, nem deu Deodoro um grito homólogo ao também suspeito grito do Ipiranga. A República do Brasil não foi proclamada, mas aclamada”.
O também historiador, José Murilo de Carvalho, no livro “Os Bestializados” conclui que: “Nossa República, consolidou-se sobre um mínimo de participação eleitoral, sobre a exclusão do envolvimento popular no governo. Consolidou-se sobre a vitória da ideologia reforçadora do poder oligárquico”.
Abolição e Reforma Agrária
A monarquia brasileira vinha perdendo força nos setores da elite brasileira, principalmente entre os fazendeiros escravocratas. A oligarquia rural e escravagista havia sofrido um duro golpe com o fim do modo de produção sustentado no trabalho escravo.
A abolição também não garantiu a indenização pretendida pelos produtores rurais, soma-se a isso o projeto de reorganização econômica do Brasil que pretendia promover uma ampla reforma agrária com o intuito de garantir terra e trabalho aos ex-escravizados.
Exílio de Pedro 2º
Pedro 2º e a família real partem, na madrugada de 17 de novembro, para o exílio na França imposto pelo governo provisório. O vapor Alagoas foi o navio destinado para levá-los à Europa, já embarcados Pedro 2º desabafa: “Já que estou no Alagoas, por que não me levam para Penedo?”.
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*Jornalista formado na Universidade Federal de Ouro Preto – MG
Ótima análise dos fatos e acontecimentos históricos do Brasil. Você tem minha admiração.
Ninguém sabe, mas tem uma personagem da novela Roque Santeiro na qual me inspirei. Aquela que foi sem nunca ter sido. E aí, já sabem de qual viúva estou falando???
Bom dia, deveria mudar de nome para piadista!!
Dilma foi chutada pelos mineiros e Lula tá preso.
Bom dia BÔBinho !!!! Já que o Sr falou em Golpe…como está o seu Presidente depois do Golpe que levou da brilhante, esfuziante, adorável Juíza Gabriela Hadart kkkkkkkkkk kkkkkkkkkk kkkkkkkkkk. O véio saiu mais tonto que gente que sofre de labirintite kkkkkkkkkk. O PHÊ THÊ já lançou nova campanha..# Ela não !!! Kkkkkkkkkk kkkkkkkkkk kkkkkkkkkk kkkkkkkkkk.
Olá, caiaqueiro fedorento. A mocinha bonita bem que se esforçou, mas o quê representa ela diante do gigante e melhor presidente que já governou esta nação?
HI HI HI HI HI HI HI HI
O engraçado é que nunca vi o proeminente jornalista se desfazer do 15 de novembro em anos anteriores, ou seja, mais do rancoroso sentimentos petralha encutido nas palavras do Gazeta de Alagoas, kkkkkk! Chora petralha, nossa bandeira nunca será vermelha! E com todos os erros e acertos eu sou mais Brasil!
Não é de agora que é dito neste blog que o Brasil é um país de múltiplos golpes. Quem o acompanha sabe. Só nesta última campanha foram vários: impedimento da candidatura do Lula, fuga de debate, fake news do zap zap, facada fake, etc,etc…