Monthly Archives: novembro 2016

Não corremos o risco das coisas melhorarem. Agora, segue-se no embalo da cantiga da perua…
   30 de novembro de 2016   │     12:13  │  40

Brasília – A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos gastos públicos é o cabresto que se coloca no país, para preparar o caminho para o PSDB assumir o poder em 2018.

Há outras providências em curso, entre elas a caça ao ex-presidente Lula, que é o único empecilho para o PSDB retornar à presidência.

Até agora, o PSDB tem o apoio integral da Operação Lava Jato, que não consegue fisgar um tucano, apesar das gravíssimas denúncias – e as provas -, contra líderes do partido.

Na lista de beneficiários de propinas da empreiteira Odebrecht, o codinome “Careca” não se refere ao ministro das Relações Exteriores, Jose Serra – que nem é careca. Ou o Serra é careca?

Assim como “Santo” não se refere ao governador de São Paulo e candidato a presidente da República em 2018, Geraldo Alckmin, porque não existe santo com nome de Geraldo – ou será que existe São Geraldo?

Ao patrocinar a derrubada da presidente Dilma, o PSDB colocou em prática o plano diabólico que envolve o desmonte das conquistas sociais, o sucateamento do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para favorecer os bancos privados e a falência do ensina público para favorecer o comércio privado de diploma de nível superior.

Essas ações nefastas e diabólicas estavam no plano do então presidente Fernando Henrique Cardoso, plano esse que o Lula desmontou. É interessante que a corrupção na Petrobras começou no governo Fernando Henrique Cardoso, que tinha dois operadores para as falcatruas: Delcídio do Amaral e Nestor Cerveró.

Mas, na trama diabólica, passaram a imagem de que tudo começou no governo Lula e tem incauto que acredita.

Não há, portanto, o risco de as coisas melhorarem e o país seguirá no embalo da cantiga da perua – é de pior a pior.

Com o Brasil à deriva, a pressão na Câmara para perdoar o caixa 2 ameaça o governo
   28 de novembro de 2016   │     8:37  │  67

Brasília – A aparição do presidente Michel Temer ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em pleno domingo, serviu para aumentar a desconfiança quando o objetivo era o de acalmar o país.

Temer reiterou que é contra o projeto de anistia do caixa 2 e disse que, na hipótese de a Câmara aprovar a anistia, ele a vetará.

Há o movimento na Câmara, que tem como um dos líderes o deputado Alberto Fraga, para aprovar a anistia para os beneficiários – que são muitos -, do caixa 2. Fraga é um policial licenciado da PM de Brasília, que se posiciona como paladino da moralidade, mas está muito preocupado com a manutenção da criminalização do caixa 2.

Por que será?

No momento em que a empreiteira Odebrecht se dispõe a contar o que fez e o que sabe sobre o caixa 2, com a delação de 76 funcionários e diretores, o clima é de suspense. São cerca de 200 beneficiários do esquema, entre políticos com mandato e sem mandato.

Por duas vezes o movimento na Câmara favorável a aprovação da anistia ao caixa 2 tentou aprovar o projeto; na última tentativa, a manobra por pouco não passou na Câmara e o presidente Rodrigo Maia foi obrigado a suspender a votação.

Todos agora estão sobressaltados.

O interessante é que a ex-presidente Dilma Rousseff havia apresentado a medida criminalizando o caixa 2 e isso aguçou a ira contra ela, na Câmara, apressando a sua derrubada do poder. O governo Temer está agora acuado – de um lado a pressão da base de sustentação do governo na Câmara; do outro lado a pressão popular contraria a anistia.

E se isso já não bastasse para ameaçar o governo, tem ainda as gravações que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, fez das conversas mantidas com Temer, com o ministro da Casa Civil, Elizeu Padilha, e com o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Interessante é que as gravações das conversas telefônicas da ex-presidente Dilma com o ex-presidente Lula, e que vazaram à imprensa, foram consideradas legítimas apesar da ilegalidade. Já as gravações da conversa do ex-ministro Calero com Temer, Geddel e Padilha, estão sendo consideradas ilegais.

O país está mesmo à deriva.

Caso Geddel é uma “marolinha”. O pior está a caminho com a delação da Odebrecht
   25 de novembro de 2016   │     12:39  │  67

Brasília – O que mais chama a atenção no caso Geddel Vieira Lima não é o comportamento ilegal do ex-ministro, mas a tentativa do Michel Temer de mantê-lo.

O Temer não se tocou de que é frágil e que o seu governo é sustentado exclusivamente pela mídia, que não pode ser contrariada.

No momento em que o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, luta para aprovar as reformas econômicas, essa demonstração de fragilidade do Temer compromete o governo.

Se já não bastasse ao Temer ser obrigado a viver na clausura, sem chance de sair à rua e encarar a sociedade, ainda tem o caso Geddel para escancarar o submundo do governo.

Imagine o ministro mais íntimo do Temer atuar em benefício próprio para forçar a burla da lei e aprovar um edifício de 30 andares numa área tombada, cujo gabarito máximo é de 13 andares.

O próprio Temer atuou para defender o interesse escuso do auxiliar.

Sabe-se agora que o ex-ministro da Cultura, Alexandre Calero, gravou as conversas com Temer, Geddel e com o ministro da Casa Civil, Alexandre Paxilha, e entregou as gravações à Polícia Federal.

O governo frágil e envolvido em escândalos não vai conseguir se segurar. E o pior ainda está a caminho, com as delações dos 76 funcionários e executivos da empreiteira Odebrecht atingindo em cheio o governo e toda a sua base de sustentação.

Ou seja: apesar da gravidade, o caso Geddel é uma “marolinha”. O pior está a caminho.

Por que o Temer segura o Geddel, igual ao naufrago segura a boia?
   23 de novembro de 2016   │     11:45  │  57

Brasília – O advogado Jaime Vieira Lima e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto, que defendem o “espigão” construído numa área tombada pelo patrimônio histórico em Salvador, são parentes do ministro Geddel Vieira Lima.

Jaime é primo de Geddel e Afrísio é sobrinho.

Afrísio é filho do deputado federal Lucio Vieira Lima, que é irmão de Geddel.

Geddel interviu para desembargar a obra de construção do “espigão”, que extrapolou o gabarito permitido para 13 andares e construiu 30 andares, obviamente, porque acreditava que o ministro da Cultura, ao qual o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está subordinado, não criaria embaraços.

Afinal, o ministro da Cultura, Marcelo Calero, nomeado pelo presidente Michel Temer, deveria obedecer a Geddel, que é o homem forte do governo. Mas, não foi isso o que aconteceu e Calero se impôs e acompanhou o parecer do Iphan, ou seja, vetou a obra.

Pressionado, Calero pediu demissão e acusou Geddel.

A acusação de Calero levou Geddel ao Conselho de Ética Pública da Presidência da República, que decidiu por aceitar a denúncia contra Geddel, mas aí o conselheiro José Saraiva, nomeado por Temer, pediu vistas do processo.

O pedido de vistas, que de ordinário é utilizado para impedir a aplicação da lei, repercutiu negativamente e Saraiva se viu obrigado a voltar atrás, ou seja, desistiu do pedido de vistas.

O governo está preocupado com a repercussão e por mais que tenta se esforçado para aparentar normalidade, não consegue disfarçar. O governo já escondeu o Geddel, que não apareceu na importantíssima reunião com os empresários, mas não tem conseguido minimizar a crise.

Para piorar a situação, o governo escolheu o Roberto Freire para substituir o Calero. Mas, o Roberto Freire já não pode mais se esconder na máscara que por algum tempo iludiu os incautos.

Roberto Freire é aquele personagem que o jornalista Sebastião Neri “biografou” revelando um histórico inglório em Pernambuco. Tá feia a coisa na Cultura nacional.

Mas, fica a pergunta: por que o  governo Temer precisa tanto, mas tanto, do Geddel Vieira Lima?

Apesar do esforço de Moro, testemunhas de acusação não acusam o Lula
   21 de novembro de 2016   │     20:34  │  56

Brasília – Deu em água a primeira tentativa de criminalizar o ex-presidente Lula.

O Ministério Público Federal do Paraná, que protagonizou o espetáculo circense num hotel em Curitiba para apresentar “convicção” como prova de crime, mais uma vez se saiu mal. Nenhuma das quatro testemunhas de acusação ouvidas, entre elas o ex-senador Delcídio do Amaral, confirmaram o que eles queriam que confirmassem.

Mas, isso não quer dizer que eles vão desistir.

Na primeira audiência realizada nesta segunda-feira 21, em Curitiba, o juiz Sergio Moro pressionou o máximo o ex-senador Delcídio do Amaral na tentativa de arrancar dele o sinal, mínimo que fosse, de que o Lula ganhou o apartamento no Guarujá da empreiteira OAS.

Apesar do esforço, não conseguiu; Delcídio foi taxativo nas respostas mesmo pressionado pelo magistrado que, ao contrário do interrogatório da mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, quando se limitou a ouvir e não fez nenhuma pergunta, desta vez foi insistente e persistente.

Mas não adiantou. A desistência de Moro se deu quando Delcídio taxativamente afirmou:

Ele ( Lula ) não me dava brecha para isso.

Referiu-se, o Delcídio, à pergunta sobre se ele ( Delcídio ) sabia que a empreiteira OAS havia dado o apartamento no Guarujá de presente ao Lula.

É…parece que agora só inventando outra convicção para pegar o Lula. Das duas, uma: o Lula é muito espeto ou a convicção dos procuradores do Paraná é uma cédula de 3 reais legtima.