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Impeachment depende da aprovação dos Estados Unidos
   2 de dezembro de 2015   │     19:27  │  8

Brasília – Ao constatar essa semana que o governo lavou as mãos em relação ao seu caso político-judicial e que nada fará para salvá-lo da punição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, jogou a última cartada para tentar se salvar da punição.

Ao comunicar que aceitou o pedido de impeachment da presidente Dilma, ele imagina que vai desviar o foco e sobreviver.

A decisão foi dura, como ele próprio admitiu, mas porque está caracterizada que o pedido de impeachment é a moeda de troca com a qual Cunha podia barganhar – e barganhou -, para se livrar da punição.

Cunha vê nas ações contra ele os dedos dos ministros José Eduardo Cardoso, da Justiça, e Aloísio Mercadante, da Educação, mas com assento nas seletivas reuniões do chamado núcleo duro do governo capaz de influenciar os posicionamentos de Dilma.

Direcionado a dor posse ao candidato a presidente derrotado Aécio Neves, o pedido de impeachment fará o País sangrar ainda mais, mas às favas o País porque na República brasileira da dor de cotovelo o País é o que menos se conta.

Sabendo-se que o Brasil é o quintal dos Estados Unidos, a dúvida é se os Estados Unidos irão permitir o golpe. Sim, porque assim como a Independência e a República foram proclamadas com o aval da Inglaterra, hoje quem decide é os Estados Unidos.

Se os Estados Unidos aprovarem o impeachment a Dilma cai; se os Estados Unidos não aprovarem o impeachment, então o que se fez foi mais uma sacanagem com a República brasileira das sacanagens.