Brasília – O ano está terminando deixando para 2016 a definição de pendências que abalam a República desde 2014, quando se iniciou a Operação Lava Jato.
O ano de 2015 está sendo atravessado com sobressaltos e o mais serio deles foi a prisão do senador Delcídio do Amaral, que é o líder do governo.
Isso sem contar com a crise na Câmara Federal, causada pelas denuncias contra o presidente Eduardo Cunha, que terá de negociar a renuncia para se livrar da cassação.
Será um ano complicado e, ainda mais, 2016 tem eleição municipal.
A República está em xeque.
Quanto mais se puxa o fio do novelo, mais se revela quadros-negros. Até quando será possível conviver com essa situação, não dá para prevê. Mas chegará o momento em que a Nação dará um chega.
Um chega para os golpistas que torcem pelo quanto pior, melhor; e um chega para os que se aproveitam do momento para aferir vantagens – e, entre esses, estão os que atacam a Petrobras pra fragiliza-la e vende-la barato.
A prova maior de que é tudo fruto do grande e antiquíssimo conluio entre o político e o empresário, é que o banqueiro preso é amigo do Delcídio e amigo e padrinho de casamento do senador Aécio Neves.
Ou seja: as irregularidades que se pratica na República há tanto tempo são resultados de uma República que ainda não foi efetiva e filosoficamente proclama.