Monthly Archives: setembro 2015

Em tempos bicudos, o Cunha acunha a Nação
   30 de setembro de 2015   │     21:59  │  7

Brasília – Sabe aquele garoto que é o dono da bola e se o time dele estiver perdendo ele acaba o jogo e leva a bola para casa?

Pois é igualzinho o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que impediu hoje a sessão do Congresso Nacional porque o projeto de interesse dele não estava na pauta.

E sabe qual era a bola dele, digo, o projeto de interesse dele? É o financiamento privado de campanha, que é um dos apêndices da Operação Lava Jato.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, tentou demovê-lo da ideia do boicote ao Congresso Nacional, mas não conseguiu; Eduardo Cunha está irado, possesso e irredutível.

E para ampliar a sua ira, Cunha fê-lo aprovado o projeto que aumenta as despesas do governo. Trata-se da revisão das aposentadorias de servidores que permaneceram em atividade.

O projeto vai para o Senado, que tem sido o fator de equilíbrio da República e, especialmente, entre as loucuras de Cunha e sensatez do Senado.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, deu o recado:

– “A política não pode cuidar apenas dos seus caprichos” – disparou Renan.

O Senado deverá derrubar a proposta aprovada na Câmara, mas não é certo que Cunha finalmente entenda que o País é maior – e deve ser; tem que ser – do que qualquer questiúncula seja pessoal ou partidária.

Quem conhece Cunha garante que ele não aprenderá jamais e não está preocupado com a República nem com o País; no máximo se preocupa com a igreja evangélica dele, onde mantem a sua base de poder.

As denuncias contra Cunha não são de que recebeu dinheiro para a campanha eleitoral e sim de que recebeu propina para intermediar negócios entre empresas privadas e a Petrobrás.

Em uma dessas operações, a que envolve a compra de navios sondas para a Petrobras, Cunha recebeu 5 milhões de dólares ( 20 milhões de reais, no câmbio de hoje 30/09), de acordo com a confissão do delator.

E agora estoura o escândalo da conta bancária bloqueada na Suiça a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O presidente da Câmara tem duas saídas:

1)A sua igreja opera um milagre e ele se livra de todas as denúncias.

2)Continua peitando o governo para ter a desculpa de que foi perseguido.

A terceira saída seria renunciar, mas esta, para quem conhece Cunha, só depois que o sargento Garcia prender o Zorro.

Enquanto o Cunha poder acunhar, ele vai acunhar.

Mas o hilário da República da dor de cotovelo é ver Cunha e o jurista Hélio Bicudo juntos pedindo o impeachment do governo. E depois do hilário vem o trágico: o jurista Hélio Bicudo deixou o PT ressentido com o presidente Lula, por ter negado a sua nomeação para embaixador de qualquer país.

Lula alegou que já havia nomeado três embaixadores que não eram diplomatas e que não iria nomear mais ninguém que não fosse dos quadros do Itamarati.

Bicudo não gostou, obviamente, e saiu do PT.

Estamos assim, nessa. De recalque em recalque, de pirraça em pirraça, segue a oposição tramando contra o País para se vingar pelos seus interesses pessoais terem sido preteridos.

Se o Lula fez, o FHC fez muito pior
   29 de setembro de 2015   │     23:17  │  26

Brasília – O que é pior:

1) Uma empresa brasileira pedir ao governo para ajuda-la a conseguir obras fora do país.

2) O governo levar um banco à falência para que um banco estrangeiro, que lhe ajudou na reeleição, adquira todas as agências e passe a operar no país.

Se não houver má vontade ou predisposição para atacar o Lula, a resposta correta, patriótica e honesta é a de número 2.

Se o Lula fez lobby, pois fez muito bem e isto por dever patriótico. É dever do presidente da República fazer lobby em favor de empresas nacionais.

O erro seria o contrário, ou seja, a omissão e a incompetência.

Mas a oposição golpista não iria perder a viagem e quer transformar o ato patriótico e responsável numa prova de corrupção.

Lembram-se daquele chavão publicitário que dizia assim: o tempo passa, o tempo voa e o Bamerindus continua numa boa?

Era verdade. O Bamerindus tinha mais de cem agências espalhadas pelo País e vinha crescendo numa boa, até se recusar a dar dinheiro ao tesoureiro da campanha do Fernando Henrique Cardoso à reeleição.

É isso o que foi explicado.

Contaram que o presidente do Bamerindus se recusou a dar dinheiro para a campanha da reeleição do FHC, mas em compensação colocou à disposição do candidato o avião particular para a campanha a custo zero.

Mas não foi o suficiente e o HSBC substituiu o Bamerindus.

Tudo isto aconteceu sem questionamento, até porque, no governo FHC não havia um procurador-geral da República que procurasse investigar os maus feitos; pelo contrário, o mote da época era do “engavetador-geral da República”.

Ao mirar no Lula, o esforço dos investigadores coincide com o esforço que a oposição golpista vem fazendo desde a derrota legitima nas urnas na eleição do ano passado, para mudar o resultado da eleição no tapetão.

Observem que o nome da presidente Dilma foi citado exatamente porque é alvo imediato da trama golpista, que almeja matar dois coelhos com uma cajadada só.

O que o Lula fez foi ajudar a empresa brasileira a se expandir no exterior e o que o governo FHC fez foi ajudar um banco do exterior a engolir um banco brasileiro, e com direito a substancial ajuda.

E você? Ajudaria uma empresa brasileira a se expandir no exterior ou ajudaria um banco do exterior a engolir um banco brasileiro?

É verdade. O tempo passa, o tempo voa, mas só o Lula não está numa boa…

Governo vai cortar o vento para economizar atmosfera…
     │     13:16  │  14

Brasília – A crise está brava.

Calma! Refiro-me à crise que o governo enfrenta na Internet, que é patrocinada pela oposição golpista formada pelas “viúvas e órfãos” do Aécio Neves.

Sim, porque tem a oposição cientifica e a oposição coxinha.

A ex-senadora Marina Silva, por exemplo, lidera a oposição científica; já o senador Aécio Neves lidera a oposição coxinha.

E qual a diferença?

A diferença é que a Marina se opõe cientificamente, já o Aécio de opõe por vindita, ou seja, ele não quer, não pode e não sabe resolver os problemas do País, mas quer o governo.

Até o Fernando Henrique Cardoso, que só não vendeu o vento porque não conseguiu criar a Ventobrás, agora aparece como o “Sassá Mutema” para salvar a pátria que ele alienou por merreca.

Chega a ser hilário o que a oposição golpista promove.

Imaginem se, por arte do Lúcifer, o País estivesse hoje entregue ao PSDB!

A crise que os coxinhas estão fabricando tem o objetivo principal de preparar o golpe, que recebeu o apelido de impeachment. Se não der certo o golpe, o objetivo dois é dar sequência ao desmonte do Estado brasileiro iniciado no governo FHC.

Ou seja: os alvos dos coxinhas são a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

A sorte é que os coxinhas, mesmo unidos, estão sendo vencidos. Apesar do terrorismo que promovem.

Dilma na ONU, Cunha encrencado e o PMDB da Marta
   28 de setembro de 2015   │     20:15  │  11

Brasília – Não há milagre na economia, ainda que se possa fazer projeções. O discurso da presidente Dilma Rousseff na assembleia das Organizações das Nações Unidas ( ONU ) não maquiou a realidade, mas não prognosticou a tragédia que a oposição alardeia.

Dilma resumiu a questão como o esgotamento do esforço feito para estancar a crise em 2008, que envolveu os Estados Unidos e a Europa. De fato, no Brasil os efeitos não foram sentidos, mas isto tem o preço que é cobrado agora.

Ao falar na ONU, Dilma optou por ser realista sem ser pessimista e com razão: o País mantém uma reserva histórica considerável em dólares.

Se a questão econômica está nesse compasso de espera, o mesmo não se pode dizer do aspecto político com a dissidência do PMDB já assumida publicamente com o ingresso da senadora Marta Suplicy no partido.

Marta veio para o PMDB para disputar a Prefeitura de São Paulo contra o PT, do qual saiu exatamente quando soube que não seria a candidata do partido. E apenas por isso. Ela vai liderar a oposição ao PT com o discurso de arrependimento.

O problema dessa ala do PMDB é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que acumula fortes denuncias contra ele na Operação Lava Jato, e ele acredita que o Palácio do Planalto estimulou o ataque que vem recebendo agora.

Esse PMDB que a senadora Marta Suplicy influencia e que ela deve liderar para o pleito municipal do ano que vem, é anti-Dilma por procedência. Eduardo Cunha também é, mas Cunha tende a prejudicar mais do que ajudar a Marta.

Depois do discurso na ONU, Dilma encontrará a sua base aliada dividida por uma ex-amiga, talvez nem tanto amiga assim, mas com certeza companheira de militância e assembleias.

Transferida para o PMDB, a crise interna no PT que fez a Marta Suplicy deixar o partido ganhou essa conotação de, até nisso, o PT estar na cena dos acontecimentos que devem ir além da eleição para a Prefeitura de São Paulo.

Finalmente, a verdadeira República pode ser proclamada…
   26 de setembro de 2015   │     22:32  │  19

Brasília – A verdadeira Republica brasileira finalmente está perto de ser proclamada; é agora ou nunca!

No mínimo poderá demorar até a verdadeira República brasileira ser finalmente proclamada.

O impasse republicano atual é como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pode conduzir o impeachment se ele está sendo investigado?

Isto, sem falar na ausência da viabilidade jurídica do impeachment, se não há elementos jurídicos nos quais se possa enquadrar a presidente Dilma Rousseff.

A festa para receber a senadora Marta Suplicy como nova filiada do PMDB, e que contou com a presença do vice-presidente Michel Temer, se transformou numa assembleia de conspiração.

Marta saiu do PT porque queria ser a candidata do partido à Prefeitura de São Paulo e não conseguiu. Esse é o único e verdadeiro motivo da Marta ter saído do PT.

E foi para o PMDB sob a garantia de que disputará a prefeitura. Só por isso.

Se o governo superar essa crise programada, a República brasileira dará demonstração de maturidade e estará finalmente proclamada.

Do contrário, à crise financeira se juntará a crise de estabilidade política.

Nem todos no PMDB compactuam com o golpe. O presidente do Senado, Renan Calheiros, comanda essa ala sensata e é o fator de estabilidade contra as loucuras de Eduardo Cunha.

Quem defende o golpe, que está apelidado de impeachment, não quer resolver os problemas do País, mas se vingar.

Se vingar da derrota nas urnas; se vingar contra o recorde batido por um partido que mais tempo até hoje se manteve no poder.

Vamos torcer para que a República proclamada por um monarquista devido a uma dor de cotovelo der lugar à verdadeira República da lei, da ordem e do prograsso.