Brasília – O ex-presidente Lula e o senador Romário estão processando a revista Veja por “calunia e difamação” e estão pedindo reparação de dano.
Os advogados do Lula citam o diretor de redação, Eurípides Alcântara e os repórteres Robson Bonin, Adriano Coelin e Daniel Pereira, que assinaram a matéria ( leia-se: assinaram as mentiras).
Já o Romário ainda estuda como vai pedir a reparação, que deverá incluir a despesa da viagem que ele fez a Genebra para obter pessoalmente as provas de que não tem dinheiro depositado em banco suíço conforme a Veja publicou.
Lendo a matéria fica-se a imaginar como se pode escrever um texto jornalístico empregando verbos tipo: “teria sido”; e frase tipo: “suposta intenção”.
Escreveu os autores da reportagem que “Marco Valério teria blindado o Lula” e “seria um antigo comparsa” ( do Lula ), de acordo com a Veja.
Segundo a Veja, a reportagem foi baseada na delação do empresário Leo Pinheiro, “que teria” ( novamente ) citado o Lula.
Depois do Lula será a vez do Romário processar a Veja pela reportagem dizendo que ele ( Romário ) “teria” ( novamente o teria) depositado em banco suíço R$ 7,5 milhões.
Numa mesma edição a Veja se ferrou e terá, mais uma vez, de reparar financeiramente os danos que causou. O que é de estarrecer é como jornalistas diplomados cometem erros inadmissíveis como o de utilizar “teria, seria, iria, poderia”, etc., se isto é inaceitável no texto jornalístico?
A dúvida é: trata-se de má formação profissional ou má fé?
Em ambos os casos, que a Veja prepare o bolso para registrar mais uma baixa na contabilidade negativa. Bem empregado.
Brasília – Autor do primeiro escândalo da República, Rui Barbosa se demitiu e se mandou para a Europa deixando o rombo incalculável e milhões de ações de empresas fictícias.
O golpe é conhecido como Encilhamento.
Conhecendo o golpe que Rui Barbosa deu com as ações de empresas que não existiam, em 1925 o pai do mais tarde presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, recusou a proposta de um corretor da Bolsa de Valores de Nova Iorque que veio lhe oferecer ações:
– Quando até meu engraxate está comprando ações, é sinal de que tem algo errado – respondeu o pai do Kennedy.
E assim o pai do Kennedy se livrou da tragédia com a quebradeira na Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, e que levou muita gente a se suicidar.
O Rui Barbosa que promoveu o golpe da República brasileira conhecido como Encilhamento é o mesmo Rui Barbosa a quem se atribui a frase: “De tanto ver triunfar a nulidade, a humanidade sentirá vergonha de ser honesta.”
Linda frase. Mas, com certeza, caberia melhor em quem nunca se envolveu com desonestidade – o que não é o caso do autor.
Ocorre que a memória curta do brasileiro permite a ressurreição de falsos heróis, e isto tem sido a prática usual da história do Brasil há priscas eras.
Esquece-se rápido e facilmente.
Esqueceram, por exemplo, do escândalo do navio comemorativo dos 500 anos do descobrimento do Brasil, que não conseguiu navegar e está encalhado no mar da Bahia como “elefante branco”.
E quem contratou a construção do navio? Alguém se lembra?
Só para reavivar: foi o governo Fernando Henrique Cardoso.
Assim como, o rombo descoberto na Sudene, no governo FHC, foi resolvido com uma medida radical que consistiu em acabar com a Sudene para, assim, acabar também com as provas.
Não havia, na época do FHC, Ministério Público, Polícia Federal nem juiz disposto a apurar os desmandos ou o governo FHC é ininvestigável?
Ah, já sei: o que passou, passou.
O leque escancarado das investigações que ora se processam a partir do Paraná, e que atinge o governo e aliados, parece mostrar que existe dois Brasis – um que tudo pode e outro que está na mira da lei ágil e abrangente.
É igual ao Rui Barbosa promotor do escândalo do Encilhamento e o Rui Barbosa autor da frase sobre honestidade. O primeiro é o autor do primeiro escândalo da República e o outro é o pensador e conselheiro da moralidade.
Não dá mais para disfarçar que o objetivo das operações comandadas a partir do Paraná é chegar ao ex-presidente Lula, nem que para isso tenha-se de percorrer atalhos.
Parece até que os atalhos já estão sendo seguidos mediante provocações, como a prisão e a humilhação imposta ao vice-almirante Othon, um brasileiro que orgulha o País, e o envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, à parte a pertinência da denuncia, é sem dúvida o atalho para se chegar ao que a oposição golpista torce avidamente – que é o terceiro turno da eleição
Brasília – A República brasileira proclamada devido a uma dor de cotovelo incurável do marechal Deodoro da Fonseca, parece estar condenada a ser a república de bananas.
( Com todo respeito à banana, que faz bem à saúde)
Imagino se o grande e honrado Pedro II não tivesse nomeado o senador gaúcho SilveiraMartins para substituir o Ouro Preto, ou se tivesse concordado com o veto do Deodoro, se a República que poderia surgir depois de 1889 não teria sido uma República proclamada com base na filosofia e na luta.
Deodoro vetou o senador gaúcho, mas não teve coragem de dizer ao imperador por qual motivo. Talvez por vergonha, pois o motivo do veto foi que Silveira Martins tomou a Baronesa de Triunfo, por quem Deodoro se apaixonou sem ser correspondido quando foi presidente ( governador ) nomeado do Rio Grande do Sul.
Proclamada na tarde de 16 de novembro de 1889, a República brasileira acumula no histórico vários golpes e muitas Repúblicas. Teve a República Velha que foi substituída pela República Nova, que também ficou velha e foi substituída pela Nova República, mas conservando na essência o vírus da traição.
Daí, sem nenhum constrangimento, os golpistas promoveram este ano manifestações em datas que o calendário nacional consagra como ode à traição.
Pensando bem, tudo a ver se Deodoro traiu Pedro II para proclamar a República que ele uma semana antes do dia 16 orientou aos seus comandados que repelissem, se necessário fosse, a ferro e fogo.
A crise econômica é mundial, mas nos noticiários parece que a culpa pela crise na China e na Bolsa de Valores de Xangai é do Lula e da Dilma.
Portugal, Espanha, França e Itália estão enfrentando dificuldades econômicas e sociais, isto sem falar na Grécia, mas a manchete é o Brasil.
O desemprego é mundial, ao ponto de a Europa discutir como barrar os imigrantes que singram arriscadamente os mares na busca da sobrevivência no continente europeu.
Mas, a crise é só no Brasil.
O dólar está fechando em alta e se aproxima dos 4 reais, mas ninguém diz que é resultado da crise na Bolsa de Xangai.
E, na pauta, uma nova manifestação programada pela elite ariana golpista que insiste no terceiro turno da eleição, enquanto no Paralelamente se tenta desmontar a Petrobras e as conquistas nacionais graças ao almirante Othon.
O país dev e muito, mas muito, a este heróis nacional de nome almirante Othon. Querem acabar com o País! Claro, a Dilma tem culpa porque mantém um chefe do Gabinete Civil, Aloiso Mercadante, que foi amigo do Luiz Travasso e …( KKKKKK) mas não é assim que se faz um País.
Justiça é quando a sociedade poder andar na rua com segurança. Ninguém quer saber se de Lava Jato. A sociedade quer saber se pode sair amanhã na rua e lavar a “bunda” no mar ou no rio sem saber que tem um assaltante roubando ou metendo o… no ( em francês) da sociedade encurralada e refém de bandidos que a polícia não acha nunca nem a justiça dá conta.
Mais de ano e eu acho que depois de prenderem um almirante e heróis nacional, o objetivo é saber se a espada do Duque de Caxias com adquirida com dinheiro roubado da Petrobras.
E tudo isto, por dor de cotovelo com a derrota nas urnas. Ou então, por que no Brasil com (s) tudo é possível.
Mas, pensando bem, a dor de cotovelo foi a razão da República brasileira ter sido proclamada. E aí, chegará o dia em que virá o salve-se quem puder. Ou quem tiver tempo.
Brasília – Por motivos mil, confesso que sou ressabiado em relação à pesquisa de opinião público. Trocando em miúdos: de ordinário, as pesquisas são manipuladas.
É a Matemática Moderna, que tem até Conjunto Vazio.
Na eleição presidencial do ano passado, um instituto de pesquisa conhecido chegou a divulgar a vitória do candidato a presidente Aécio Neves baseado em pesquisa de boca de urna que não se sabe onde foi realizada – ou pior: se foi realmente realizada.
Desmoralizado na prática, o instituto de pesquisa sumiu. Mas, com certeza, não desapareceu – apenas está dando um tempo apostando na memória curta da população.
Este ano, com antecedência de quatro anos para a eleição presidencial, várias pesquisas já foram divulgadas requentando números que apontam para a vitória do senador Aécio Neves e, obviamente, a derrota de Lula.
Como esse tipo de pesquisa com tanta antecedência deixa margem às dúvidas, o alvo mudou e agora é a avaliação do governo Dilma, cujo resultado tem sido, como não poderia deixar de ser, negativo em relação ao governo.
Não poderia deixar de ser negativo porque o objetivo dessas pesquisas é exatamente o de confundir. E tanto é assim que, na pesquisa CNT/MDA divulgada na semana passada apontando a Dilma com aprovação de apenas 7% dos brasileiros consultados, omitiu-se o dado que obviamente não interessa porque se refere ao Aécio.
E esse dado é importante, porque 47,4% responderam que o Aécio faria um governo pior. E é a pura verdade.
Já imaginaram o Aécio presidente da República?
Isola, isola, isola!…
O risco persiste porque o movimento golpista está em curso. E esse risco está diretamente apontando para a Petrobras, para o Banco do Brasil e para a Caixa Econômica Federal, que são objetos da cobiça da sanha dos que querem acabar com o patrimônio nacional.
A manipulação dos números das pesquisas, para blindar o inimigo oculto e ludibriar a opinião pública, persiste e não vai ser fácil derrotá-lo. Há o conluio conspiratório que está em todos os segmentos, com o respaldo da imprensa que direciona o noticiário de modo a apresentar à população um quadro que não é tão negro quanto é apresentado – leia-se: manipulado.
O risco persiste e o perigo é sério. Recomenda-se não ensarilhar as armas porque a luta contra o perigo continua.
Brasília – As décadas de 1960 e 1970 foram de sobressaltos; na Ásia, os guerrilheiros vietcongues mal armados e mal alimentados desafiavam o exército mais poderoso do mundo e encurralavam os Estados Unidos e, na América Latina, Cuba desafiava a sanha capitalista no quintal dos Estados Unidos.
A tentativa de invasão de Cuba pela Baía dos Porcos, estimulada e financiada pelos Estados Unidos, deu margem a crise dos misseis quando a então União Soviética acertou com o Fidel Castro a instalação de uma base militar em Cuba.
A década de 1960 foi de pavor mundial.
Tudo conspirava contra a paz e o mundo estava por um fio frágil que poderia estourar a qualquer momento. Parte dessa tensão se irradiou até em Alagoas. Entre 1970/71 eu servi ao exército e numa instrução na mata o tenente Irapuã ensinava a tropa a fazer uma armadilha criada pelos guerrilheiros vietcongues, quando interrompeu a instrução para observar:
– E se entre vocês tiver um guerrilheiro?…
Silencio total.
A armadilha consistia de uma espécie de gangorra, com um espeto na extremidade contendo fezes humanas. Os soldados norte-americanos caiam na armadilha e eram espetados. Morriam de gangrena. No treinamento, o tenente Irapuã ensinava a gente a caminhar conduzindo o FAL 50 centímetros na frente do corpo, que era para amortecer o impacto e evitar que fosse espetado.
A lógica da guerra diz que era impossível uma tropa tão mal armada e mal alimentada derrotar o exército poderoso igual aos Estados Unidos, mas a prática ensinou diferente. Tudo isto repercutiu no mundo.
Foi nesse contexto mundial de sobressaltos, que Fidel Castro, numa entrevista à imprensa europeia, respondeu a pergunta de quando Cuba e os Estados Unidos iriam reatar relações diplomáticas?
– Quando os Estados Unidos elegerem um presidente negro e quando o Vaticano escolher um papa latino-americano – respondeu Fidel.
Premonição? Milagre?
Milagre de San Fidel Castro de Cuba?
Pois então, que San Fidel Castro de Cuba, que já fez o milagre de criar a Medicina mais competente do mundo, rogai por nós!
