Brasília – Os números das pesquisas avaliando a presidente Dilma nesse segundo mandato chegaram ao Palácio do Planalto por duas vias.
A primeira via desdenha dos números e assegura que foram manipulados em desfavor do governo; a segunda via prega humildade e aconselha a Dilma rever suas posições.
Há sim o entrave brutal na relação do governo com o Congresso Nacional e esse entrave tem nome. Chama-se Aloísio Mercadante.
O ex-presidente Lula aconselhou a Dilma a substituir o Mercadante no Gabinete Civil e ela concordou, mas em seguida recuou porque a mudança vazou à imprensa.
Dilma estava no Acre e, por telefone, desfez o que estava feito e deveria acontecer na semana passada – que era a reforma ministerial, com o deslocamento do ministro da Defesa, Jackson Wagner, para o Gabinete Civil.
Os números negativos das pesquisas avaliando o governo seguem por essas vias que complicam ainda mais a situação, porque a presidente parece acreditar na manipulação.
Não há a menor possibilidade de se aprovar o impeachment e isto, ao que parece, é levado em consideração com uma dosagem excessiva de otimismo.
Ocorre que o Brasil é um país Republicano regido por uma Constituição Parlamentarista e a presidente Dilma precisa entender isto, antes que seja tarde.