Brasília – Em 2001 eu era repórter da Gazeta de Alagoas e participei em Salvador do seminário sobre energia alternativa, promovido pela Petrobrás. Uma das conferencistas era a secretária estadual de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff.
A Dilma falou sobre a sua experiência como secretária de Energia no Rio Grande do Sul e os investimentos que realizou em termelétricas. No intervalo para o lanche das 15 horas eu me aproximei dela e me identifiquei.
Disse-lhe que era alagoano e que Alagoas produz 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com o detalhe: é gás dissociado do petróleo, praticamente puro, o que reduz substancialmente o custo de produção.
A então secretária Dilma Rousseff olhou para mim e respondeu com aquele seu jeito direto e curto de ser:
– Se o seu Estado produz isso mesmo que você está me dizendo e não tem uma termelétrica, desculpe-me, mas é um Estado de otários.
Concordo, mas em parte. Acho que é mais grave ainda.
Em 1981 eu viajei para Brasília com o então governador de Alagoas, Guilherme Palmeira, e fui à audiência com o ministro de Minas e Energia, Camilo Pena. Também estava presente o secretário estadual de Planejamento Evilásio Soriano.
O Guilherme lutava pela concessão da planta de PVC e MVC e sugeriu que o ministro autorizasse a divisão da planta com o Rio Grande do Sul. As alegações favoráveis a Alagoas eram muitas e a principal delas a abundância e a pureza da matéria-prima ( sal-gema).
O Evilásio propôs que, para obter o Dicloretano, a matéria-prima do Policloreto de Vinila (PVC) e do Monocloreto de Vinila (MVC), seria usado o Eteno produzido a partir do álcool, outro produto abundante em Alagoas.
O ministro Camilo Pena ouviu a explanação e depois abriu a gaveta do birô e virando-se para o Guilherme Palmeira entregou-lhe um dossiê produzido por um tal de Movimento pela Vida.
– Governador, leia isso aqui que me mandaram.
Esse tal de Movimento pela Vida mandou um documento mentiroso, sacana e covarde dizendo que o Polo Cloroquímico de Alagoas tinha sido construído numa área de mangue, em Marechal Deodoro, e que não tinha consistência.
Diante dessa declaração covarde e mentirosa produzida por maus alagoanos, Alagoas perdeu a planta de PVC e MVC para o Rio Grande do Sul.
A presidente Dilma tem razão em parte; Alagoas tem sido um Estado onde predomina a covardia. Otário não é sinônimo de covarde, mas covarde tem sido a tônica desses maus alagoanos que nos empurram para essa dança sinistra da vaca leiteira que produz leite para os outros beberem.
Até quando Alagoas vai continuar dançando?
Os maiores inimigos do polo cloroquímico de Alagoas foram os usineiros, isto é histórico.
Os covardes, estão mais atuantes do que nunca!
Que o diga o embrolho em torno do estaleiro Enor…
A questão política se sobrepondo a questão técnica, e tudo isso com um único objetivo, desgaste político de um determinado grupo, em beneficio de outro!
E Alagoas? Ora, “somos um Estado de otários”.
Dilma presidente, Renan Filho Governador, Collor Senador e Ciço Almeida voltará a prefeitura em 2016 nos braços do povo. Chupa essa Biu maleta, Prefeito RUIMzinho e a vereadora candidata dos Usineiros.