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Por que o padre Cícero, que ainda hoje faz milagre, não é santo?
   2 de abril de 2014   │     15:27  │  14

Brasília – O cardeal Joseph Ratzinger presidiu a comissão encarregada de investigar os milagres do padre Cícero Romão Batista. Ninguém mais, na Igreja Católica Apostólica Romana, conhece melhor a vida do padre Cícero que o cardeal Ratzinger.

Tem muitos santos que a Igreja Católica Romana reconhece e que fizeram muito menos que o padre Cícero, e o cardeal Ratzinger sabe disso. Sabe e teve tudo para fazer justiça e nada fez; pelo contrário – Ratzinger engavetou o que ele mesmo apurou sobre o padre Cícero.

Em tempo: para quem não sabe, o cardeal Joseph Ratzinger virou o papa Bento 16 e está na história da Igreja romana como um dos poucos que renunciou ao papado, protagonizando esse fato raro de o mundo católico ter um ex-papa vivo.

E por que o cardeal Ratzinger, que deu declarações favoráveis à canonização do padre Cícero, não sustentou a palavra quando virou papa e comandou a Igreja Católica?

A resposta está com o saudoso frei Damião; uma vez ele me repreendeu durante uma entrevista para a GAZETA DE ALAGOAS, porque eu disse que ele era o segundo padre Cícero.

Não me compare ao padre Cícero não, viu?! Eu não desobedeci ao papa – respondeu abusado o frei Damião, ao lembrar o fato do padre Cícero ter continuado celebrando missa, apesar de proibido pelo papa.

Só depois, quando eu fui estudar a chamada “Santa Missão”, que o frei Damião comandou no Nordeste brasileiro, é que eu entendi a reação abusada do frei quando o comparei inadvertidamente ao padre Cícero – reação esta que ainda prospera no Vaticano e impediu o para Bento 16 de concluir o trabalho dele como cardeal.

É que havia – e ainda há – o temor de que o padre Cícero possa se tornar num líder de uma Igreja Católica Apostólica Brasileira. Aliás, esse temor é antigo e antecede aos “milagres do Juazeiro” e ao próprio padre Cícero.

Sim, porque muito antes do padre Cícero aparecer no Juazeiro outro padre, chamado Ibiapina, já andava pela região do Cariri como se fosse uma espécie de São João Batistra anunciando a vinda do Messias.

Erra quem pensa que a religiosidade arraigada na região cearense começou com o padre Cícero. Na verdade, o padre Cícero se tornou mais famoso, mas não foi o único nem o movimento religioso em torno do Juazeiro começou com ele.

Na verdade, Juazeiro era um povoado do Crato que cresceu em torno da fé e dos milagres do padre Cícero – que a Igreja Católica Romana, por temor, não admite; mas santifica o padre Anchieta, que não fez milagre algum.

Não tenho nada contra o padre Anchieta, mas eu esperava que o Vaticano santificasse primeiro o padre Cícero – que fez e ainda faz muito mais milagres.

Como dizia o ex-governador de Pernambuco, Nilo Coelho, o padre Cícero “é o fator de contenção da revolta dos que sofrem no Nordeste”.

E este milagre se repete todos os dias, ainda hoje.

E tem mais: na história da Religião Católica, Apostólica, Romana, o padre Cícero é o único integrante que é venerado sem ter sido peregrino – o que já é um milagre.

O frei Damião, por exemplo, era italiano. Serviu ao exército e brigou na I Guerra Mundial com o nome de guerra de “soldado Giannotti”; terminada a I Guerra Mundial ele deu baixa e entrou para o convento, onde se ordenou frei e foi nomeado reitor do Convento de Brindsi.

E foi na condição de reitor que veio para o Brasil para ser o frei Damião.

Já o padre Cícero era do Crato, estudou e se ordenou em Fortaleza, e está na história – queira ou não o Vaticano – como o primeiro santo que fez milagre em casa.

Viva o padre Cícero Romão Batista! Viva. 

Até a eleição, mais 34 bancos serão assaltados em Alagoas
   1 de abril de 2014   │     9:02  │  4

Brasília – Um amigo está contando quantas agências bancárias já foram assaltadas neste ano eleitoral em Alagoas e chegou a 17.

São 17 bancos assaltados no ano eleitoral em Alagoas e ninguém preso; os assaltantes presos até agora pertencem ao bando do Eli Zeu.

Ou seja, todos lisos.

Esse número permite projetar mais 34 assaltos a bancos em Alagoas até a eleição. No mínimo, mas pode ser mais se o preço do voto disparar.

E, como diria o saudoso Odorico Paraguaçu, talqualmente aconteceu em eleições anteriores, nenhum assalto será apurado – até porque, eleição é de dois em dois anos.

Mas, pelo sim pelo não, da para abrir uma aposta: quantos bancos serão assaltados na eleição este ano em Alagoas?