por Aprigio Vilanova*
Quem conhece um pouco da história brasileira há de concordar que estamos entrando na antesala de um período que pode trazer de volta fantasmas que assombraram a vida política e democrática nacional.
Tudo parece bastante estranho, existe uma paranóia delirante na extrema direita nacional que resolveu, desde junho de 2013 e se acentuou com o impedimento da presidente Dilma Rousseff, colocar suas asas de fora.
A negação da política e das soluções dentro da democracia é o combustível que dá energia para esses grupos se alimentarem, a intolerância já bate a porta de todos nós e o resultado deste fenômeno tem tudo para ser devastador.
Militares de alta patente, da ativa e da reserva, mandaram às favas os escrúpulos e já opinam abertamente acerca do processo eleitoral. Fica clara a preferência, agem como cabos eleitorais e tentam tutelar o regime democrático.
É claro que agem, sobretudo, influenciados por setores da elite nacional que com sua gênesis escravagista continuam com sua mentalidade anti-povo. E nesse processo não podemos deixar de fora setores da grande mídia que nutriram o ódio e pariu a intolerância.
O momento que passamos é por demais parecido com as vésperas do golpe militar de 1964. A construção da narrativa do perigo que os comunistas representam para a sociedade brasileira é comum aos dois momentos.
O discurso de que a família tradicional se encontra ameaçada pelos ideais dos partidos de esquerda é também presente nestes dois momentos da nossa história. O apelo as questões morais são sempre lançados em momentos que antecedem o extremismo.
E para engrossar o caldo de desinformação vigente, apelam para o perigo da quebra da lei e da ordem. Mas se olharmos à História, em perspectiva, veremos que a lei e a ordem foram sempre rompidas por estes mesmos setores que aforam a sua defesa.
A história brasileira é marcada por momentos autoritários, a elite política e econômica não é dada a democracia. Aliás, a democracia é sempre colocada em xeque quando avaliam que podem ter seus privilégios diminuídos.
Se faz mais que necessária a união dos setores democráticos e progressistas da sociedade para criar um movimento nacional que garanta a democracia e as conquistas democráticas. Fora da democracia perigamos jogar o país em uma guerra civil.
*Jornalista formado na Universidade Federal de Ouro Preto – MG
JÁ DISSE EM OUTROS COMENTÁRIOS E REPITO: LUGAR DE MILICOS É NOS QUARTÉIS. MILITAR QUE VEM A PUBLICO EXPOR SUAS REFERENCIAS POLÍTICAS NÃO CONDIZ COM O REGULAMENTO E MUITO MENOS COM A CONSTITUIÇÃO. ISSO NÃO É BOM E NEM VIÁVEL PRA DEMOCRACIA. POIS DAR UM SENTIDO DE AMEAÇA. OS ÓRGÃOS DE CONTROLE (STF, MPF, PGJ) TEM QUE AGIR E COLOCAR ESSES ALUNOS DE FASCISTAS NO LUGAR DELES. FICAM DISSEMINANDO ÓDIO E ISSO NÃO É BOM PRA DEMOCRACIA.
Já estamos esperando é que o empregador de fantasmas e parentes no serviço público logo coloque em seu lugar, na cabeça de chapa, a mulher ou um dos filhos, haja vista o histórico de nepotismo de Jair Bolsonaro.
A SOLUÇÃO PARA ESSE ASSANHAMENTO DOS MILITARES CHAMA-SE FERNANDO HADDAD. LULA APOIA E O POVO VAI ELEGER.