Monthly Archives: julho 2016

Estes senhores juram salvar o Brasil e tem quem acredite
   31 de julho de 2016   │     18:40  │  14

por Aprigio Vilanova

As eleições se aproximam e o clima dentro do governo interino é de tenebrosas transações.

No sábado (30/07), o ministro interino da Casa Civil Eliseu Padilha, enviou mensagens pelo aplicativo Whatsapp para todos os ministros informando como devem se comportar nesta eleição que se aproxima.

O direcionamento foi orientação do presidente interino Michel Temer e define regras de como os ministros devem se comportar nas campanhas. O sinal é claro para tentar manter a estrutura parlamentar que sustenta este estado de coisas.

A preocupação é não rachar a base pouco comprometida com um projeto de nação e mais interessada na manutenção de influências e privilégios. O troca-troca já começou e vale tudo, menos colocar em risco a sustentação promíscua do governo interino.

A regra é simples: Aonde houver disputa dentro da base os ministros estarão proibidos de fazer campanha. Para Padilha o que não pode é um falar mal do candidato do outro. O jogo pequeno da política começou a ser jogado.

O caso mais gritante é o de São Paulo, a candidata do partido do presidente interino é a senadora Marta Suplicy, mas o candidato do PSDB, João Dória, também é da base do governo interino, assim como o candidato Celso Russomano do PRB.

Enquanto a sociedade se entorpece no terrorismo midiático, estes senhores juram que irão salvar o Brasil e o pior, tem quem acredite.

*Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto – MG

O discurso único reproduzido pela televisão entorpece e aliena
   29 de julho de 2016   │     17:54  │  16

por Aprigio Vilanova

Acho que os termos que tentam limitar um ou outro a isso ou aquilo é sempre perigoso, pois assim não há limite; apenas as abstratas palavras. Mas o momento em que vive o Brasil precisa ser pensado para além disso.

Coxinhas e Mortadelas não resumem nossa sociedade, nós somos mais que isso. Mas somos muito menos também. Experimentamos o poder, na prática, que a mídia exerce de forma alienante em grande medida.

Até a eleição de 2014 a maioria da população votou em uma plataforma política minimamente progressista, mas a avalanche de notícias de corrupção mudou a mentalidade do eleitorado brasileiro pouco politizado.

Hoje assistimos perplexos o desmantelamento do mínimo projeto progressista que vinha sendo implementado. A grande mídia brasileira é responsável pela despolitização da população.

O Brasil é um país de analfabetos e a maioria da população se informa única e exclusivamente pela televisão. A TV exerce um poder onipresente, onisciente e onipotente, em nenhum país a televisão tem tanta importância.

O discurso único reproduzido pela televisão entorpece e aliena. Os oprimidos acabam por concordar com os opressores e são levados ao ódio. O desmantelamento começou e o plano entreguista já começa a tomar forma.

O fica de esperança é o curto período deste governo comprometido com os interesses dos historicamente beneficiados. É preciso muito mais esforço para desconstruirmos a mentalidade brasileira de vira lata.

* Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto -MG

 

Meio milhão de reais em uma hora no regabofe de Serra
   28 de julho de 2016   │     14:48  │  10

por Aprigio Vilanova

O atual ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), decidiu que o boca livre destinado a 45 chefes de estados, 55 ministros de esportes, todos com direito a um acompanhante, será no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.

A recepção será para 1.500 convidados, durará uma hora e custará ao erário meio milhão de reais. Cada convidado custará R$ 333,33 a hora regados a muito coquetel e canapés. O anfitrião da festa será o presidente interino Michel Temer.

As Olimpíadas do Rio contará com a presença de delegações de 206 países, mas apenas um pouco mais de 20% mandarão seus chefes para a cerimônia de abertura. O principal motivo é o momento de instabilidade política que atravessa o país.

Os principais líderes não virão participar. Em reportagem da Folha, alguns integrantes dos governos dos EUA e Japão reconheceram a saia justa diplomática.

Uma presidente afastada e que passa por um processo de impeachment e um presidente interino em exercício tem gerado desconforto em termos de protocolo. A presença de líderes será menor que nas três últimas olimpíadas.

Brasília – O aeroporto de Cláudio-MG sabe-se de quem é; o avião sabe-se de quem é; o piloto sabe-se quem é, mas não-sei quantos quilos de cocaína pura da melhor qualidade que estavam escondidos na aeronave não se sabe de quem é.

Pode isso, Arnaldo?

Pode.

E como pode?

O ex-senador Eduardo Suplicy respondeu ao justificar a sua prisão em São Paulo, por defender famílias de sem-teto e de sem eira nem beira que estavam sendo despejadas. O Suplicy disse:

– “Fui preso porque não sou do PSDB”…

Misericórdia…

Saindo em defesa do pai, o cantor Supla desabafou nas redes sociais:

– “Prenderam o Eduardo errado” – disse o cantor referindo-se ao Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e cujas provas robustas e irrefutáveis contra ele, a mulher e a filha não serviram até agora para nada.

E assim como não serviu para nada as denúncias contra os integrantes do PSDB, tais como o “helicóca”, que virou pó – refiro-me às denúncias, claro.

E nessa grande comédia humana e desumana também, que ora se assiste, os lances hilários estão registrados nos anais da história durante o processo de votação do pedido de impeachment na Câmara Federal.

Lembremo-nos do “celebre” desabafo e da cena com o deputado tucano mineiro Caio Narcio enrolado na Bandeira Brasileira e declarando solenemente seu voto favorável à derrubada da presidente Dilma:

-“Veras que o filho teu não foge à luta! Por um Brasil onde o meu pai e o meu avô diziam que decência e honestidade não era (eram) possibilidade, mas era (eram) obrigação, eu voto sim senhor presidente. Fora Dilma!”

Lindo, não?! Confesse que se arrepiou quando ouviu tão patriótico e imaculado desabafo! Mas, um detalhe: sabem onde está o pai do deputado? Está preso. E sabe o motivo? Desvio de dinheiro público, peculato e corrupção ativa.

É, o Supla tem razão. Prenderam o Eduardo errado…

Brasília – O aeroporto de Cláudio-MG sabe-se de quem é; o avião sabe-se de quem é; o piloto sabe-se quem é, mas não-sei quantos quilos de cocaína pura da melhor qualidade que estavam escondidos na aeronave não se sabe de quem é.

Pode isso, Arnaldo?

Pode.

E como pode?

O ex-senador Eduardo Suplicy respondeu ao justificar a sua prisão em São Paulo, por defender famílias de sem-teto e de sem eira nem beira que estavam sendo despejadas. O Suplicy disse:

– “Fui preso porque não sou do PSDB”…

Misericórdia…

Saindo em defesa do pai, o cantor Supla desabafou nas redes sociais:

– “Prenderam o Eduardo errado” – disse o cantor referindo-se ao Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e cujas provas robustas e irrefutáveis contra ele, a mulher e a filha não serviram até agora para nada.

E assim como não serviu para nada as denúncias contra os integrantes do PSDB, tais como o “helicóca”, que virou pó – refiro-me às denúncias, claro.

E nessa grande comédia humana e desumana também, que ora se assiste, os lances hilários estão registrados nos anais da história durante o processo de votação do pedido de impeachment na Câmara Federal.

Lembremo-nos do “celebre” desabafo e da cena com o deputado tucano mineiro Caio Narcio enrolado na Bandeira Brasileira e declarando solenemente seu voto favorável à derrubada da presidente Dilma:

-“Veras que o filho teu não foge à luta! Por um Brasil onde o meu pai e o meu avô diziam que decência e honestidade não era (eram) possibilidade, mas era (eram) obrigação, eu voto sim senhor presidente. Fora Dilma!”

Lindo, não?! Confesse que se arrepiou quando ouviu tão patriótico e imaculado desabafo! Mas, um detalhe: sabem onde está o pai do deputado? Está preso. E sabe o motivo? Desvio de dinheiro público, peculato e corrupção ativa.

É, o Supla tem razão. Prenderam o Eduardo errado…