Brasília – Sumiu do noticiário a propina de 100 milhões de dólares paga durante o governo Fernando Henrique Cardoso na compra, pela Petrobras, do conglomerado de energia argentino Perez Companc.

Para desviar o foco, inseriu-se no noticiário matérias requentadas sobre a Petrobras envolvendo a improvável participação do ex-presidente Lula. Tudo em nome da blindagem do governo FHC.

Imagino o constrangimento que causou à imprensa golpista ser obrigada a noticiar, ainda que no espaço mínimo, a revelação do delator Nestor Serveró citando diretamente o governo FHC. Imagino também o esforço editorial para desviar o foco com matérias requentadas.

Tudo em nome do esforço golpista.

E o desespero dos golpistas já está nas redes sociais com a informação sobre o parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, contra o pedido de impeachment da presidente Dilma apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O pedido de impeachment foi assinado pelos juristas Hélio Bicudo, que deixou o PT porque não foi nomeado embaixador na Suécia, e Miguel Reale Júnior, que é filiado ao PSDB e ligado ao ex-presidente FHC.

Isso, sem levar em conta que o presidente da Câmara usou o pedido de impeachment para barganhar e forçar o PT a ajudá-lo a se livrar da cassação do mandato por quebra do decoro parlamentar. Cunha mentiu quando negou possuir depósitos bancários no exterior.

Como se vê, carece aos golpistas mais do que legitimidade. O movimento golpista é movido por ressentimentos pessoais, com propósitos meramente revanchistas.

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