Monthly Archives: outubro 2014

PSDB pede recontagem dos votos para presidente
   31 de outubro de 2014   │     9:56  │  6

Brasília – O deputado Carlos Sampaio, do PSDB de São Paulo, protocolou na quinta-feira, 30, no Tribunal Superior Eleitoral, o pedido para auditagem no resultado da eleição para presidente da República.

É o terceiro turno da eleição presidencial.

O ministro Dias Tófoli, presidente do TSE, é quem vai decidir se aceita o pedido. Mas, a fundamentação do pedido é tida como “pouco convincente” porque se baseia em suposições e boatos – e a justiça não delibera sobre suposições e boatos.

A alegação de que o resultado foi apertado, com 3 milhões de votos de diferença, é pífia. Afinal, 3 milhões de votos são 3 milhões de votos; se fosse por apenas 3 votos o pedido de auditoria – para não dizer recontagem – teria sentido.

Em todo caso, vamos aguardar o terceiro turno da eleição – que agora se dará no tapetão. Ou não.

Tem que mexer no financiamento de campanha, quem mexe?
   30 de outubro de 2014   │     19:35  │  0

por Aprigio Vilanova*

A reforma política passa obrigatoriamente por alterar o atual modelo de financiamento de campanha. É claro que existem outras distorções que também terão que serem revistas, é o caso do coeficiente eleitoral, que faz com que os candidatos ao legislativo sejam eleitos sem terem nenhum voto.

É fato que urge em alterar este modelo bilionário que se tornaram as campanhas eleitorais e no caso das campanhas para presidente, ainda mais. O jornal O Globo publicou hoje (30) reportagem acerca das empresas que doaram recursos para campanha.

Os dados são resultado de pesquisas sobre o financiamento das eleições em 2010 realizada pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisas em Ciências Sociais (Ampoc). Do volume total da campanha de 2010, 75% foi doado por empresas.

A pesquisa revela também que 15 empresas respondem por quase um terço do financiamento em 2010. Esta é uma anomalia que causa danos a democracia brasileira, tudo indica que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá alterar, mas e a reforma política quem faz?

*é graduando em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto – MG

Roubaram as armas da polícia no quartel. Ai, égua…
   29 de outubro de 2014   │     14:32  │  2

Brasília – Vinte pistolas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro foram roubadas dentro do quartel.

Mas isto não é novidade; na Capital Federal, também roubaram as pistolas de um batalhão da PM no Plano Piloto.

E, em Alagoas, um cabo-kamikaze denunciou corrupção num batalhão da PM.

O que esses três crimes têm em comum é a impunidade. Duvida-se que alguém será punido.

No Rio de Janeiro, um coronel recém promovido a comandante supremo de vários batalhões foi preso por corrupção.

Alguém pode estar perplexo com tudo isto, mas não deve.

E por que não deve?

Porque, com raríssimas e honrosas exceções, a polícia brasileira, de ordinário, está envolvida em corrupção e crimes em geral. E não é só a polícia militar.

Leiam o livro do grande Zuenir Ventura, intitulado “Cidade Partida”, e conclua que a corrupção policial no Rio de Janeiro é antiga; muito antiga mesmo.

Aliás, o general Amaury Kruel, que garantiu o sucesso do golpe de 1º de abril de 1964, era compadre do João Goulart, que o nomeou secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

E quando o filho do general se aliou aos contraventores para também lucrar com os crimes ( jogo de bicho, roubo de carro, tráfico, etc. ) o presidente João Goulart foi obrigado a demitir o compadre.

Mas, na verdade, não foi uma demissão e sim uma promoção; João Goulart nomeou o general Kruel comandante do II Exército, a maior tropa militar do país, sediada em São Paulo.

Infelizmente, o general Kruel terminou por consolidar o golpe que apeou o compadre do poder.

Voltando à polícia que mata e rouba, fica a pergunta: é essa a polícia que cuida da segurança da sociedade?

Se for, só resta seguir o conselho na música do Chico Buarque de Holanda e chamar o ladrão.

Acorda amor/ Eu tive um pesadelo agora/ Sonhei que tinha gente lá fora/ Batendo no portão/ Que aflição/ Era a dua/ Numa multi-escura viatura/ Minha Nossa Santa Criatura/ Chamem, chamem o ladrão, chamem o ladrão…

Dilma recebe ligação de Obama
     │     0:53  │  1

por Aprigio Vilanova*

Com a confirmação da reeleição da candidata Dilma Rousseff, o presidente americano Barack Obama ligou para a Dilma parabenizando-a pela vitória no pleito.

Na ligação Obama reafirmou a vontade de trabalhar junto com o governo Brasileiro. O presidente americano também aproveitou para declarar que espera a visita de Dilma desmarcada em 2013.

Dilma cancelou a viagem de Estado marcada para outubro passado após as denúncias de espionagem do governo americano a presidente, membros do governo e a Petrobras.

Barack Obama elogiou o processo eleitoral e disse que as eleições demonstraram a solidez da democracia brasileira. Obama demonstrou interesse em programar mecanismos existentes para alinhar as agendas dos presidentes para 2015.

Além da visita de Estado entre os presidentes, Obama externou o desejo em encontrar Dilma, na reunião do G20, na Suíça, nos dias 15 e16 de novembro.

A presidenta demonstrou o interesse em estreitar os laços bilaterais entre os países.

*graduando em jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto – MG

Os números da eleição que preocupam e ninguém falou ainda
   27 de outubro de 2014   │     17:09  │  7

Brasília – O recado que veio das urnas, até  mesmo a página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet censurou.

Tem gente discutindo o escore apertado na vitória da presidente Dilma Rousseff e outros discutindo mais uma vez o Nordeste – que garantiu a reeleição de Dilma.

Todavia, ninguém até agora atentou para o número preocupante. E qual é esse número preocupante?

O número dos eleitores que não foram votar e que é chamado de abstenção. É surpreendente esse número porque revela a indiferença – o que é péssimo numa democracia.

No primeiro turno foram mais de 26 milhões de eleitores que não foram votar e no segundo turno subiu para 29 milhões. Estes, optaram por pagar 3 reais e ficarem quites com a Justiça Eleitoral, a terem de escolher um candidato.

E isto, sem falar nos que decidiram votar em branco e anular o voto; se somarem com os que s abstiveram o total ultrapassa a 33 milhões de eleitores, o que é muito mais da metade dos votos que os dois candidato a presidente da República obtiveram.

É tão grave que, talvez por isso mesmo, o TSE não disponibilizou os números na sua página na Internet nem os veículos de comunicações trataram do assunto.

É esse número dos que se abstém de votar que preocupa; a diferença no resultado da vitória da presidente Dilma não importa porque uma vitória por 1 a zero é vitória. O que importa são os milhões que não estão nem aí para as urnas nem para o Brasil. São alienados ou rebeldes?

Pense nisso.