Quando o Lula mandou colocar a CUT novamente na rua, ele esperava reverter o resultado negativo que ficou com a mobilização apartidária e anti-sindical do meio do ano.

Mas convenhamos que não lhe restava outra saída; de onde Lula estar, e é até agora um lugar incerto e não sabido, só lhe restava isso.

Lutar ou morrer.

A tentativa de dizer que a manifestação do meio do ano era invenção dele para voltar fortalecido em 2014, não prosperou.

E, pior, o desmentido se deu em São Paulo, quando os manifestantes apartidários expulsaram a delegação do PT da manifestação.

Um parêntesis.

É errado dizer que a manifestação do meio do ano é apolítica, porque só o fato de sair às ruas já é um ato político.

É apartidária? É.

Mas não significa dizer que não querem um partido. Querem sim, com exceção dos que estão aí – e são 39 partidos, a maioria deles “barrigas de aluguel”.

Evidentemente que terão de retornar novamente às ruas e paralisar o país durante a Copa do Mundo, porque só assim a reforma política será realizada.

Um detalhe: é imperiosa também a reforma do judiciário, sem a qual todas as demais reformas serão em vão.

Mas, gente, o pior é que alguns ainda não entenderam o recado. Ou entenderam e fazem de conta que não.

O senador Paulo Paím, do PT, convocou uma reunião com os jovens líderes do movimento do meio do ano em Brasília e esqueceu de convidar o verdadeiro responsável pela manifestação. Chamou apenas o presidente do “DCE” ( e ainda existe?) da UNB, uma líder do movimento negro ligada à CUT, e dois outros agregados. E não convidou o verdeiro responsável pela mobilização em Brasília.

Trata-se do jovem Jimmy Lima. Tudo começou com ele.

O Jimmy tem 1.000 amigos adicionados no Facebook e convocou cada um deles para um protesto que seria restrito, lá na Praça do Museu da República.

Qual o quê!

Apareceram 5 mil pessoas, segundo calculo da própria polícia, e o Jimmy não suportou a emoção e chorou.

– “Cara! Eu não sabia que tantos amigos!”

Na semana seguinte, outra manifestação e estavam lá 35 mil pessoas – segundo calculo da própria polícia.

Ah, que triste! Na manifestação partidária e sindical desta semana a polícia calculou que havia apenas 600 manifestantes – que na verdade não eram manifestantes, mas militantes, o que é diferente.

A própria CUT e a Central Sindical em Brasília admitiram que tinha pouca gente. Tinha mil pessoas, segundo essas centrais.

Isto significa quatro vezes menos gente do que na manifestação dos 1.000 amigos do Facebook, do jovem Jimmy.

Que, com certeza, para o ano vai convocar pelo Facebook uma nova manifestação durante a Copa do Mundo.

E tenham cuidado porque, dessa vez, eles podem derrubar a Bastilha!

Porque, pelo visto, tá chegando a hora.

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