Monthly Archives: maio 2017

JBS paga a Cunha preso e Temer diz: tem que manter isso aí. Viu?
   17 de maio de 2017   │     20:29  │  85

por Aprigio Vilanova

Segundo reportagem publicada na versão online de O Globo, os irmãos Batistas, donos do grupo JBS, estiveram na tarde desta quarta (17) no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para amarrar os detalhes para firmar a colaboração premiada do grupo a Lava Jato.

A Polícia Federal montou uma operação para fisgar os envolvidos e conhecer o caminho do dinheiro pago nas propinas do JBS. Foram distribuídos ao todo R$ 3 milhões durante o mês de abril.

Dinheiro para pagar propina controlado pela numeração, micros chips com rastreamento por GPS implantados em bolsas e malas, filmagens  das transações entre os representantes do grupo e dos políticos, gravação feita pelos policiais infiltrados, áudios de políticos.

Todas as medidas autorizadas judicialmente.

A delação de Joesley Batista revela gravações que coloca o presidente Michel Temer no olho do furacão. Batista revelou ao presidente Temer que estava pagando uma mesada ao ex-deputado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao Lúcio Funaro, para que ficassem em silêncio.

O presidente Temer afirmou: “Tem que manter isso aí. Viu?”

Em outra reunião, o presidente Temer foi gravado indicando o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding controladora da JBS). O deputado foi gravado, posteriormente, recebendo R$ 500 mil reais.

Nas gravações tem registro do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pedindo dinheiro aos irmãos Batista. Aécio pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, o primo Frederico Pacheco de Medeiros, de Aécio foi filmado pela PF recebendo os valores e após o rastreamento chegou ao também senador Zézé Perrela (PMDB-MG).

 

 

 

Temer renegocia com prefeitos, agora vem a indústria e o agronegócio
   16 de maio de 2017   │     19:47  │  37

Por Aprigio Vilanova

O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou, na vigésima Marcha dos Prefeitos, a medida provisória (MP) que renegocia as dívidas das prefeituras com a previdência social.

O texto aumenta o prazo, de 60 para até 200 meses, o parcelamento dos débitos previdenciários, reduz em até 80 por cento a cobrança de juros e em 25 por cento a cobrança de multas e encargos.

Este ano a estimativa é que cerca de quatro mil municípios terminem o exercício com R$ 65 bilhões de dividas com a previdência.

Temer pretende garantir assim o apoio dos prefeitos as reformas apresentadas, o presidente acredita que com o apoio dos prefeitos aumenta a pressão aos deputados para votarem favoráveis as reformas.

Ao mesmo tempo em que anunciou a renegociação com as prefeituras, o presidente Temer já sinalizou aos industriais e ao agronegócio que está aberto para discutir novas regras para renegociar as dívidas destes setores com a previdência.

Segundo dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o setor industrial tem uma dívida de R$426 bilhões, o que representa quase três vezes o déficit previdenciário apresentado em 2016.

Ainda segundo dados da PGFN, 4.013 pessoas físicas e jurídicas detentoras de terra devem um pouco mais de 900 bilhões de reais, uma dívida maior que o PIB de 26 estados e seis vezes o déficit do ano passado.

O governo pretende conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da previdência na Câmara dos Deputados e os 41 votos para aprovação da reforma trabalhista no Senado.

Dias Toffoli analisa liberdade de Renato Duque, Janot é contra
   15 de maio de 2017   │     13:18  │  37

Por Aprigio Vilanova

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou o posicionamento do procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, acerca da extensão do benefício de liberdade concedido a José Dirceu pelo STF para outros presos preventivamente.

Rodrigo Janot se posicionou contra o pedido de extensão feito pela defesa dos empresários Eduardo Meira e Flávio Henrique Macedo, sócios na construtora Credencial, e de Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás.

A relatoria da Lava Jato, no STF, continua com o ministro Luiz Fachin, mas os pedidos de extensão do benefício, concedido a Dirceu, ficam a cargo de Dias Toffoli devido à prevalência de sua tese no STF, no julgamento de José Dirceu.

Para Rodrigo Janot não há similaridade nos casos analisados com a situação de José Dirceu. Toffoli solicitou posição de Janot antes de decidir, agora pode julgar de forma individual ou encaminhar para o colegiado.

Suspeitas de forjação de prova atinge delação de Mônica Moura
   14 de maio de 2017   │     1:03  │  64

Por Aprigio Vilanova

A delação do casal de marqueteiros, João Santana e Mônica Moura, ganhou grande repercussão na imprensa devido as revelações que colocam Lula e Dilma diretamente nas negociatas envolvendo caixa dois.

O depoimento do casal era considerado bombástico justamente por atingir Dilma e Lula. Mas mal veio a público e já começa a sofrer duros golpes que atinge em cheio a credibilidade dos depoimentos dos marqueteiros.

No depoimento, Mônica Moura, afirma que criou uma conta de e-mail que foi utilizado para a comunicação com a ex-presidente. A marqueteira registrou em cartório o print que fez da caixa de entrada do e-mail.

Mas, observando o documento mais criteriosamente, foram encontrados indícios que podem revelar a forjação de provas por parte de Mônica Moura. A data que aparece no e-mail é a de 22 de fevereiro e não aparece o ano da postagem.

O e-mail do Google só registra o ano das atividades antigas, nas atividades recentes fica registrado o mês e o ano e este é o caso da prova apresentada pela marqueteira. Para aumentar a desconfiança acerca da prova apresentada, o print da tela do computador de Mônica Moura suprimiu a barra inferior do Windows que registra a hora e a data em que foi feito a captura da tela.

Registro em cartório da conta de e-mail criada por Mônica Moura

Mônica Moura e o marido João Santana foram presos em 23 de janeiro e o registro do e-mail data de 22 de fevereiro. É possível que a captura da tela possa ter sido feita em anos anteriores, mas a supressão da barra do navegador alimenta as especulações.

Na conta de e-mail consta o registro do recebimento de cinco e-mails, não há registro de envios e consta, na aba dos rascunhos, uma mensagem que a delatora atribui com sendo da ex-presidente da República Dilma Roussef.

No Brasil de Temer não existe Lava Jato
   12 de maio de 2017   │     12:54  │  78

Por Aprigio Vilanova

O presidente Michel Temer reuniu o governo para fazer o balanço de um ano à frente da presidência. Como era esperado, o discurso de Temer teve como estratégia construir um cenário de ações do governo para solucionar os problemas do país.

Não precisa estar acompanhando as decisões políticas para enxergar que a situação nacional não faz parte deste cenário pintado pelo presidente Michel temer. O Brasil vive uma crise que atinge os três poderes da república.

No registro de um ano de governo Temer, não existe a Operação Lava Jato. Temer fugiu do assunto, assim como os ministros presentes a reunião. Também pudera, o presidente é citado várias vezes e tem oito ministros investigados no âmbito da Lava Jato.

No país de Temer existe desemprego, mas a culpa é da herança maldita herdada. Vale ressaltar que, neste ultimo ano, o desemprego aumentou e atualmente atinge mais de 14 milhões de brasileiros.

Temer falou de sua relação com o poder legislativo, fez questão de enfatizar que seus mais de vinte anos, na Câmara dos Deputados, lhe permitem conhecer a engrenagem. O presidente disse que o Poder Legislativo, em seu governo, não é um apêndice do executivo.

Mas na prática o é divulgado é justamente o contrário. Justamente por conhecer os meandros do poder legislativo é que Temer atua fortemente dentro do Congresso, seja direta ou indiretamente.

Para aprovar as reformas trabalhista e da previdência o governo tem feito de tudo. Ameaçou e puniu os deputados da base, que votaram contrários, com a exoneração de pessoas indicados pelos parlamentares.

Por outro lado, tratou de agraciar os deputados que se manterem fiéis ao governo. Anunciou que irá acelerar a liberação de R$ 1,9 bilhão, até o fim do ano, em emendas parlamentares, para os deputados obedientes.

É o velho clientelismo brasileiro imperando nas relações políticas para conseguir a governabilidade.