por Aprigio Vilanova
Segundo reportagem publicada na versão online de O Globo, os irmãos Batistas, donos do grupo JBS, estiveram na tarde desta quarta (17) no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para amarrar os detalhes para firmar a colaboração premiada do grupo a Lava Jato.
A Polícia Federal montou uma operação para fisgar os envolvidos e conhecer o caminho do dinheiro pago nas propinas do JBS. Foram distribuídos ao todo R$ 3 milhões durante o mês de abril.
Dinheiro para pagar propina controlado pela numeração, micros chips com rastreamento por GPS implantados em bolsas e malas, filmagens das transações entre os representantes do grupo e dos políticos, gravação feita pelos policiais infiltrados, áudios de políticos.
Todas as medidas autorizadas judicialmente.
A delação de Joesley Batista revela gravações que coloca o presidente Michel Temer no olho do furacão. Batista revelou ao presidente Temer que estava pagando uma mesada ao ex-deputado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao Lúcio Funaro, para que ficassem em silêncio.
O presidente Temer afirmou: “Tem que manter isso aí. Viu?”
Em outra reunião, o presidente Temer foi gravado indicando o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding controladora da JBS). O deputado foi gravado, posteriormente, recebendo R$ 500 mil reais.
Nas gravações tem registro do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pedindo dinheiro aos irmãos Batista. Aécio pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, o primo Frederico Pacheco de Medeiros, de Aécio foi filmado pela PF recebendo os valores e após o rastreamento chegou ao também senador Zézé Perrela (PMDB-MG).