Brasília – Sendo 2016 o ano político que não vai acabar após a meia-noite deste sábado, 31, só resta desejar Feliz Ano Velho.
Empurraram para 2017 todas as pendências de 2016, o que equivale dizer que o ano que deveria ser novo trará os mesmos velhos problemas.
O pior é que não dá mais para culpar o governo velho – o governo Dilma é passado.
Aliás, logo na segunda-feira após a divulgação do resultado oficial da eleição em 2014 o golpe começou a ser praticado com a ação do PSDB pedindo a impugnação da chapa Dilma–Temer.
Mediante negociação e, obviamente, o compromisso de Temer de se sujeitar às ordens do PSDB, a solução foi encontrada o que evitou a convocação de nova eleição presidencial.
Sim, porque se o Temer fosse impedido de assumir teria de ser convocada nova eleição presidencial. Em 2017 essa exigência não se aplica mais, porque se cumpriu a metade, mais um dia, do mandato presidencial.
Mas, o Temer não pode vacilar. O processo do PSDB pedindo a cassação da chapa está para ser julgado no Tribunal Superior Eleitoral e tudo indica que o julgamento se dará no primeiro trimestre do ano novo.
Entenda-se por PSDB o senador Aécio Neves, que é o principal interessado no processo. Sabendo que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é candidato a presidente em 2018, o Aécio pode ser capaz de tudo – aliás, como tem sido.
Sendo assim, exceto no calendário, o ano é 2017. Mas, no diagnóstico político e, especialmente, por não ter resolvido os problemas do ano velho, 2016 permanecerá provocando sobressaltos.
Em 2017, que tenhamos todos um Feliz Ano Velho!