Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou a proposta para ampliação da terceirização do serviço público e propôs o pacto nacional em defesa do emprego, diante da situação econômica que o país atravessa.
– “Espero que a presidente Dilma compre essa ideia pelo pacto nacional em defesa do emprego” – acrescentou.
Renan não quer polemizar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ameaçou engavetar os projetos do Senado caso o Senado não decida logo sobre o projeto de terceirização do serviço público.
Mas a posição de Renan é clara; ele defende a regulamentação do serviço terceirizado, mas é contra a proposta vinda da Câmara que amplia a terceirização no serviço público por considerá-la nociva à classe trabalhadora.
Nos moldes em que foi aprovada na Câmara e é defendida pelo deputado Eduardo Cunha, o presidente do Senado discorda e deixou claro que o Senado vai modificá-la.
Trata-se sem dúvida de risco.
Cercado por jornalistas que cobrem o Congresso Nacional, Renan voltou a sugerir cautela à presidente Dilma na condução das propostas de ajustes da economia para evitar que a conta recaia na classe trabalhadora.
– “O governo precisa dar o exemplo cortando na própria carne” – disse.
E uma das propostas que Renan apresentou a presidente Dilma é exatamente a redução do número de ministérios dos atuais 38 para 20. Trata-se do exemplo positivo do governo antes de propor mais sacrifícios à população na busca do ajuste fiscal.
No 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho, o governo não tem o que comemorar e o senador Renan observou que a presidente Dilma não tem como se dirigir à classe trabalhadora.