Brasília – O senador Aécio Neves foi o interlocutor do PSDB no acordo fechado com Michel Temer, que já é o presidente da República de fato.
O PSDB exigiu:
1)Que Temer não será candidato à reeleição e que apenas vai comandar a transição para 2018.
2)Que Temer apresentará ao Congresso Nacional o projeto para o fim da reeleição de presidente.
Temer topou e, por isso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reapareceu no jornalismo da televisão para defender a participação no governo Temer.
Mas, Temer não tinha escolha. Com 76 anos de idade era pegar ou largar a chance de ser presidente, ainda que fique na história com o histórico manchado.
Temer será a bucha de canhão do PSDB. As medidas impopulares que terá de adotar e mais o conceito negativo que a imagem de traidor passa são fardos pesados, mas Temer parece disposto a carregar, até porque não dá mais para desistir.
Enquanto isso, o espetáculo na apreciação do pedido de impeachment da presidente Dilma continua esforçando-se para dar aparência de legalidade onde não tem. É um golpe, e tanto é assim que o relator, senador Antônio Anastasia, é o soldado escalado pelo PSDB para recomendar o golpe.
Claro, no parecer, Anastasia vai enfeitar o babado citando juristas, artigos, pareceres e sentenças para impressionar. Alguém tem duvida de que Anastasia, filiado ao PSDB, ligadíssimo a Aécio Neves, vai dar um parecer contrário ao interesse do Aécio?
Nem o imbecil irrecuperável tem duvida!
O golpe apelidado de impeachment está assegurado. A dúvida agora é quando se ouvir aquela música:
Para todo operário do Brasil
Ele disse uma frase que conforta
Quando a fome bater na vossa porta
Meu nome é capaz de vos unir
É que a situação está ruim? Pois então pense numa situação sem o FIES, sem os programas sociais, sem o Minha Casa, Minha Vida, sem facilidade de acesso ao ensino superior público. Porque, se não for para destruir as conquistas sociais não faz sentido o governo Temer-PSDB.