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Temer se rende ao PSDB e consolida vitória do golpe apelidado de impeachment
   28 de abril de 2016   │     22:14  │  41

Brasília – O senador Aécio Neves foi o interlocutor do PSDB no acordo fechado com Michel Temer, que já é o presidente da República de fato.

O PSDB exigiu:

1)Que Temer não será candidato à reeleição e que apenas vai comandar a transição para 2018.

2)Que Temer apresentará ao Congresso Nacional o projeto para o fim da reeleição de presidente.

Temer topou e, por isso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reapareceu no jornalismo da televisão para defender a participação no governo Temer.

Mas, Temer não tinha escolha. Com 76 anos de idade era pegar ou largar a chance de ser presidente, ainda que fique na história com o histórico manchado.

Temer será a bucha de canhão do PSDB.  As medidas impopulares que terá de adotar e mais o conceito negativo que a imagem de traidor passa são fardos pesados, mas Temer parece disposto a carregar, até porque não dá mais para desistir.

Enquanto isso, o espetáculo na apreciação do pedido de impeachment da presidente Dilma continua esforçando-se para dar aparência de legalidade onde não tem. É um golpe, e tanto é assim que o relator, senador Antônio Anastasia, é o soldado escalado pelo PSDB para recomendar o golpe.

Claro, no parecer, Anastasia vai enfeitar o babado citando juristas, artigos, pareceres e sentenças para impressionar.  Alguém tem duvida de que Anastasia, filiado ao PSDB, ligadíssimo a Aécio Neves, vai dar um parecer contrário ao interesse do Aécio?

Nem o imbecil irrecuperável tem duvida!

O golpe apelidado de impeachment está assegurado. A dúvida agora é quando se ouvir aquela música:

Para todo operário do Brasil

Ele disse uma frase que conforta

Quando a fome bater na vossa porta

Meu nome é capaz de vos unir

É que a situação está ruim? Pois então pense numa situação sem o FIES, sem os programas sociais, sem o Minha Casa, Minha Vida, sem facilidade de acesso ao ensino superior público. Porque, se não for para destruir as conquistas sociais não faz sentido o governo Temer-PSDB.

Por que Temer demitiu o ministro da Justiça, antes da posse?
     │     14:31  │  10

Brasília – O presidente do golpe, Michel Temer, demitiu o “amigo-irmão” Antônio Claudio Mariz, antes de empossá-lo como ministro da Justiça do futuro governo do golpe.

Motivo: Mariz criticou a Operação Lava Jato e, dessa forma, confirmou a trama secreta para acabar com as investigações.

Pelo menos 210 deputados que votaram favoráveis ao golpe apelidado de impeachment, na Câmara, estavam preocupados com o desdobramento da Operação Lava Jato. Todos temem ser investigados.

Além disso, também o senador Aécio Neves, com pelo menos cinco citações por recebimento de dinheiro ilegal das empreiteiras, deveria estar sendo investigado.

Temer é amicíssimo de Mariz, mas foi aconselhado a desconvidá-lo devido a repercussão negativa da entrevista dele à Folha de S Paulo criticando a Operação Lava Jato e, especialmente, as delações premiadas.

Mas, não é apenas esse o problema que Temer tem que enfrentar quando o golpe for consolidado. Os golpistas estão preocupados com a reação das ruas, que deve se rebelar tão logo sejam anunciadas as seguintes medidas: 1) a volta da CPMF; 2) a redução drástica dos programas sociais, especialmente o bolsa família; 3) o fim do FIES, que financia o ensino superior à população carente; 4) a elevação da taxa de juros; 5) a abertura de 100% da Petrobras às empresas estrangeiras que cobiçam o Pé-Sal.

Quando o senador Antônio Anastasia apresentar o relatório dele favorável ao golpe apelidado de impeachment e a presidente Dilma for afastada por 180 dias, para não voltar mais ao poder, as medidas duras começam a ser implementadas.

A dúvida é quanto a capacidade de Temer, que está na história como traidor e com apenas 8% de apoio popular, para comandar essa operação de desmonte das conquistas sociais.

Mas, não tem volta. Convidado para ser o ministro da Fazenda, Henrique Meireles condicionou aceitar o convite se Temer adotar aquelas cinco medidas. De todas essas medidas, a mais complicada é a volta da CPMF.

Também a conhecida bancada da bala já apresentou a fatura pelo apoio na Câmara ao golpe apelidado de impeachment. Eles pedem a revogação da lei que restringe o uso e porte de arma de fogo.

Também a bancada evangélica apresentou a fatura pedindo mais regalias às igrejas, o combate à união entre pessoas do mesmo sexo e a retirada de símbolos católicos das escolas e repartições pública.

Já a bancada ruralista pediu o combate radical às invasões de terra, a ampliação dos créditos rurais e a revisão das dívidas com o Banco do Brasil.

 

 

 

 

 

Golpistas 50 e legalistas 31,é esse o placar do golpe se a eleição fosse hoje
   26 de abril de 2016   │     21:40  │  34

Brasília – Antes, vamos lembrar que na indicação do relator no julgamento político-eleitoral da presidente Dilma, deu a lógica do golpe apelidado de impeachment. O senador Antônio  Anastasia ( PSDB-MG) é assim, ó, com o senador Aécio Neves.

Por isso já se pode antecipar a conclusão do senador Anastasia favorável ao golpe apelidado de impeachment. Ou vocês acham que o senador assim, ó, com o Aécio não vai relatar favorável aos interesses do Aécio?

É por isso, entre outras brechas escancaradas, que se trata de golpe. O impeachment é um instrumento legal e não é isso o que se discute. A questão não é a legalidade do instrumento, no caso, o impeachment, mas a circunstância e, sobretudo, o legitimo interesse dos contestadores.

Enfim, o que se discute é se é justo separar os atores do mesmo crime?

A fundamentação são as pedaladas que a presidente Dilma praticou, mas todos, inclusive o vice-presidente Michel Temer, praticaram às escâncaras!

É por isso que o impeachment é golpe.   

Muitos dos que saíram às ruas gritando fora Dilma, fora Lula e fora PT, se opõem ao governo Dilma e rejeitam Temer. A rejeição a Temer se deve à ferradura de traidor que ele carregará para sempre.

Segundo a pesquisa do Ibope, apenas 8% dos entrevistados concordam com a posse de Temer, enquanto 62% dos entrevistados o rejeitam e defendem eleição direta para presidente, este ano. Na pesquisa, Dilma tem o apoio de 28% dos entrevistados.

O golpe apelidado de impeachment está desenhado e não vai mudar o desenho.  O senador Anastasia ainda não começou a trabalhar no seu relatório, mas só o inocente pueril ou imbecil já não sabe qual será a conclusão.

O senador Anastasia vai recomendar o golpe apelidado de impeachment.

Mas a ridícula popularidade de Temer preocupa aos golpistas, porque com o apoio de apenas de 8% da população Temer não terá condições de adotar as medidas duríssimas que atingirão as conquistas sociais dos últimos 15 anos.

Mesmo assim, se a eleição fosse hoje o placar seria esse: golpistas 50 votos e legalistas 31 votos.

Parecer de Anastasia é favorável ao golpe apelidado de impeachment. Quer apostar?
   25 de abril de 2016   │     22:00  │  36

Brasília – Lembrando o grande José Mujica:

– “Eu não acredito em bruxas. Mas, que elas existem, existem”.

Existem. O saudoso Raul Seixas também cantava:

– “O monstro existe e é arretado. E tá doido pra transar comigo”.

O golpe é irreversível; os dias seguintes é que são a incógnita. Há quem garanta que o Michel Temer não vai se segurar no cargo por muito tempo, mas a pressão não é só do PT e aliados; será também da bancada da bala, da bancada ruralista e da bancada evangélica – que vão exigir os seus quinhões no êxito do golpe apelidado de impeachment.

O líder da poderosa e influente Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( FIESP ), Paulo Skaff, passou cinco horas com Temer entregando-lhe a fatura por financiar o golpe apelidado de impeachment.

E a fatura não é barata.

Em seguida, foi a vez do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles, apresentar as condições para assumir o Ministério da Fazenda. E as condições passa por cortes monumentais de despesas, incluídos ai os programas sociais ( Bolsa Família, Bolsa Escola, FIES, etc. ).

É nitroglicerina pura, o que levará aos protestos sociais.

Temer vai se apressar e essa semana, provavelmente na quarta-feira, ele fará um pronunciamento como presidente da República por antecipação para tentar acalmar a opinião pública. Temer vai dizer que não haverá mudanças nos programas sociais, mas haverá sim.

Para quem está com a fama de traidor, Temer terá dificuldade de se fazer convencer. E na primeira medida impopular que adotar haverá o levante.

Está tudo assim, embolado e daí não dá para se prevê o que se sucederá nos dias seguintes.

Imagine que, para completar, até o parecer do senador Antônio Anastasia, no caso dele ser mesmo o relator do pedindo de golpe apelidado de impeachment, já se sabe com antecedência que será favorável ao golpe apelidado de impeachment.

Para tal, no relatório, Anastasia vai citar vários juristas, leis, artigos, pareceres, estudos e o que mais impressionar os incautos. Mas é só para enfeitar o maracá; o parecer já pode até ser adiantado, antes mesmo de ser escrito: o golpe apelidado de impeachment é legal e a presidente Dilma será derrubada do poder para não voltar mais.

Diga aí: qual é a República que você já sabe com bastante antecedência a conclusão do parecer de um relator que ainda não foi nomeado relator, mas, se for nomeado a conclusão será pelo golpe apelidado de impeachment?

É só no Brasil, abestado.

Brasília – Há mais de 120 dias o Supremo Tribunal Federal tem em mãos os substanciais elementos comprobatórios contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a esposa e a filha pela prática de crimes de desvio e lavagem de dinheiro em contas no exterior e nada decide.

Ele tem foro privilegiado – diz o inocente útil.

Sim, mas a esposa e a filha não têm. Considerando que o juiz Sergio Moro mandou prender uma inocente, ou seja, a cunhada do João Vaccari Neto, como entender que duas culpadas estão livres, leves, soltas e fagueiras até agora?

Diante do inexplicável e até mesmo do inadmissível privilegio, porquanto se sabe que a lei é igual para todos – é mesmo? -, as bolsas de apostas já batem o recorde com os apostadores que apostam em Cunha contra a lei.

Ou seja: Cunha concluirá o mandato de presidente da Câmara e a mulher e a filha dele, ao contrário de uma inocente que foi presa e humilhada, nada sofrerão. Aliás, Cunha tem tanta certeza da impunidade que já convidou os jornalistas que cobrem o Congresso Nacional para o jantar do final de ano em dezembro de 2016.

Deboche, ousadia ou certeza da impunidade?

Pode ser também que muita gente tenha medo do Cunha, não propriamente do tronco e membro, mas da cabeça porque é lá que se hospeda a língua.