Monthly Archives: maio 2015

Nem as mortes a faca mudam o discurso dos golpistas
   25 de maio de 2015   │     19:08  │  1

Brasília – O fundamento da economia se resume na lei clássica da oferta e da procura, e é imutável.

As medidas econômicas, que são chamadas de pacote, apresentadas pelo governo para o ajuste da economia independem de quem esteja no comando da nação.

As críticas da oposição são oportunismos deslavados, porquanto a receita adotada é única. A única diferença, e para pior, é que se o Aécio Neves tivesse sido eleito a dosagem do arrocho seria maior.

Ou seja: o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que ajudou a elaborar o programa econômico da proposta de governo do Aécio, teria triunfado na defasa do corte de 80% no Orçamento.

Aliás, o ministro Levy não foi à apresentação da proposta econômica exatamente para não se desdizer no que vinha afirmando para o Aécio durante a campanha presidencial – que era para cortar 80% das despesas públicas.

Como agora ele iria aparecer ao lado do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciando o corte de 69% no Orçamento se defendia os 80%.

Evidente que a realidade econômica atual adversa tem explicação no ufanismo de um momento favorável, mas que se caberia ser cauteloso e, mais que isto, parcimonioso.

Por exemplo: não dava para confiar indefinidamente no preço favorável do petróleo.

Foram erros de avaliação combinados com as circunstâncias do ano eleitoral, quando é da tradição se protelar as ações antipopulares ainda que em detrimento da economia.

E é preciso entender que, mesmo diante desse quadro adverso, os brasileiros que viajam à Europa ainda são tratados com delicadeza que antes não se conhecia especialmente na Espanha.

E isto, porque na Espanha, assim como em Portugal, na França e na Grécia, eles estão carentes dos dólares que os brasileiros ainda estão podendo gastar, apesar das “viúvas do Aécio” que pregam o apocalipse.

E enquanto a mídia continua insistindo no golpe sórdido contra a Dilma, a violência urbana está fora de controle e a delinquência agora está matando à faca.

E foi preciso matar a faca um médico conhecido no Rio de Janeiro para a mídia, finalmente, mudar o foco do jornalismo que mais parece panfletagem de campanha eleitoral.

 

Pátria que me pariu
     │     1:11  │  4

Por Aprigio Vilanova*

O assassinato do médico na região nobre carioca repercute, assim como repercute os casos de violência envolvendo pessoas nobres da sociedade brasileira. Longe de mim achar que o caso não mereça comoção.

Merece, assim como também merece os assassinatos sociais diários dos filhos da nossa mãe historicamente não muito gentil e que não ganham a mídia e nem as lágrimas da nossa sociedade seletivamente emotiva.

Não é muito difícil entender que o problema no Brasil não é apenas de violência, a violência parece compor a carga genética do homo-sapiens. Mas por aqui o problema sério é de criminalidade, dessas de tomar carteira, celular, bicicleta e por aí vai.

O guri que o Chico Buarque tão bem sintetizou é fruto dessa nossa sociedade hipócrita. Construímos diariamente as condições para que essas situações aconteçam cotidianamente. O brasilianista Thomas Skidimore, ao estudar o país, afirmou se referindo as favelas que estavamos criando um Freinkstein.

E criamos, o monstro da ficção cientifica existe simbolicamente no Brasil. Ele é o exercito de miseráveis desprovidos, muitas vezes, de qualquer fundamento de humanidade. O cotidiano vivenciado é de abandono e de segregação. Somos responsáveis e não adianta culpar a vitima.

Estamos a um passo de reduzir a maioridade penal, e tudo isso para saciar a sede hipócrita dos responsáveis pela violência no país. Enquanto tratamos o problema da criminalidade no país desse jeito, só iremos ajudar ainda mais a criminalidade.

Alguém pensou em educação para nossas crianças e adolescentes?

*graduando em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto – MG

A briga das tesouras no ajuste fiscal
   23 de maio de 2015   │     23:29  │  5

Brasília – A ausência do ministro da Fazenda, Joaqum Levy, no anuncio das medidas econômicas deixou margem às dúvidas:

O ministro Levy estaria mesmo gripado ou insatisfeito?

Mais precisamente, o ministro da Fazenda entrou em choque com o ministro do Planejamento Nelson Barbosa?

Tudo indica que a gripe do ministro Levy foi a desculpa que ele encontrou para dizer assim: se não der certo a culpa não é minha.

Levy defendia o corte de 80% nas despesas do governo e o ministro do Planejamento advogava o corte menor e venceu a queda de braço.

O corte ficou em menos de 70% e, ainda assim, dolorido para alguns segmentos.

Outro ponto que teria colocado os ministros da Fazenda e do Planejamento em rota de colisão foi a proposta – aliás, de última hora –, para aumentar os impostos que os bancos pagam.

O que se deve dizer à população é que, qualquer que fosse o presidente eleito, o corte teria de ser realizado a qualquer custo.

Nesse particular, sem dúvida, é melhor a tesoura da Dilma do que a tesoura do Aécio Neves. Todos sabem que o PSDB não tem compromisso social com a população.

A questão agora é a dúvida sobre o sucesso do arrocho que o governo promoveu. Pela reação do ministro Levy há dúvida sobre o êxito da proposta, mas há os que assegurem que a tesoura do Levy é ávida demais – aliás, o ministro da Fazenda é conhecido pela voracidade da sua tesoura.

A expectativa permanece e a discussão sobre o pacote do governo tem muito mais de cunho eleitoreiro do que compromisso com os acertos.

O PSDB torce para não dar certo e não contribui para o acerto. O governo torce pelo acerto, mas, ao manter o gigantismo da máquina pública com 38 ministérios, dá margem às especulações de que está jogando às cegas.

O que conforta o governo é a certeza de que, Dilma, Aécio ou quem mais fosse o presidente eleito, não teria outra saída para ajustar a economia.

A montanha pariu um rato
   22 de maio de 2015   │     19:14  │  15

Brasília – Os cortes no orçamento anunciados pelo governo não surpreendeu pelo montante nem pelas áreas atingidas. Mas a oposição fez o seu “cavalo- de- batalha”, como se não fosse obrigada a realizar os mesmos cortes caso tivesse elegido o Aécio Neves.

Felizmente, para a sorte do país e a felicidade geral da nação, o PSDB não elegeu o presidente.

O senador Romero Jucá, relator do Orçamento, considerou os cortes dentro das previsões e dos números que vinham sendo discutidos e apresentados. Ou seja: o “cavalo- de- batalha” da oposição está manco.

Seria cômico se não fosse cinismo ouvir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticar as ações econômicas do governo. Mas seria uma tragédia se, por infelicidade geral da nação, op Aécio Neves tivesse sido eleito.

Além dos cortes que ele seria obrigado a fazer tem ainda o precedente do governo tucano, que odeia o Estado, odeia os bens públicos e, especialmente, odeia o servidor público. Não esqueça que o FHC chamou o servidor público brasileiro de vagabundo.

Logo ele, que se aposentou aos 36 anos de idade…

Coisas da oposição.

E apesar do suspense e dos cortes, pelo que já se sabia e se anunciava os 69,9 bilhões ficaram aquém do que a oposição apostava e torcia.

A montanha pariu um rato, e ainda que o rato roa a roupa, pior seria se fosse o Aécio o presidente porque a receita do PSDB já se conhece: é pau pra comer sabão e pau para saber que sabão não se come.

Como fez o governo do FHC. Lembra não, é?

 

 

 

Mamãe eu quero ir a Cuba, quero ver a vida lá…
     │     15:32  │  3

Brasília – Os Estados Unidos autorizaram o banco Stonegate, com sede na Flórida, a fazer transações financeiras com cubanos que vivem em Cuba.

Antes, as transações financeiras só eram realizadas com os cubanos que deixaram a ilha.

E a União Europeia, que é formada por 28 países, despachou o holandês Frans Timmermans para negociar diretamente com os cubanos os acordos comerciais.

O que está acontecendo? Quem mudou?

No mês passado deu-se o encontro histórico entre o presidente Barack Obama e o mandatário cubano Raul Castro.

Em seguida, Raul Castro se encontrou com o papa Francisco para agradecer a interferência dele em favor da ilha segregada há mais de 50 anos – e, mesmo assim, sobreviveu.

Quem mudou?

Os cubanos estão ensinando ao mundo a praticar um tipo de Medicina que elimina a cobiça e a ganância, e retoma o ensinamento de Hipócrates há muito tempo relegado.

Ou seja: os médicos cubanos têm por principio tratar a causa e não o efeito das doenças.

E pense a tensão que esses médicos cubanos vivem no Brasil, com a perseguição da máfia que lucra com a doença.

Ao desembarcarem no país, os médicos cubanos foram agredidos por um grupo de pilantras que não estão preocupados em curar nem salvar vidas, e sim se locupletar a qualquer custo com as doenças.

De vez em quando se inventa mentiras que se espalham na Internet na tentativa de denegrir o trabalho dos médicos cubanos.

E recentemente também, e com certeza a contragosto, a mídia se viu obrigada a divulgar a transação comercial dos Estados Unidos para comprar vacinas produzidas em Cuba.

O que mudou ou, mais precisamente, quem mudou? Cuba ou os ante-Cuba?

Ah, já sei. Pode ser o receio da China, cuja reserva de liquidez ultrapassou os 9 trilhões de dólares e já passa da metade da reserva norte-america, que é de 15 trilhões de dólares.

E estão todos agora como se estivessem a cantar a música do genial Caetano Veloso: mamãe eu quero ir a Cuba, quero ver a vida lá…